Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Brasileiros consomem 62 litros de cerveja em um ano?


Comentei no post do show do Hypocrisy sobre o Hopfriends, que nada mais é que vários amigos que sempre frequentam o Hopfen e que decidiram criar um grupo no WhatsApp para conversar sobre cervejas, churrascos, amenidades e, claro, zoar com a cara do outro. Afinal de contas, The Zoeira Never Ends!

Certo dia, um brother postou a foto acima com o ranking dos países que mais consomem cerveja. Fazendo uma busca rápida na internet, vi no site Área H que tal pesquisa foi realizada pela empresa alemã Barth-Haas Group (líder mundial na produção e fornecimento de lúpulo, um dos ingredientes da cerveja), revelando quem são os maiores fabricantes e consumidores da bebida. O levantamento, correspondente ao ano de 2011, foi feito com dados dos 40 países que, juntos, representam 91,8% da produção global.

Segundo o 'gráfico' acima, o Brasil encontra-se na 17ª posição, onde são consumidos por 62 litros por habitante. Parando pra pensar que somos 198,7 milhões de brasileiros (dados de 2012), são mais de 12 bilhões de litros de cerveja que consumimos anualmente, bem mais que os 1,5 bilhão de litros consumidos na República Tcheca, sendo que a população de lá, em 2012, é de 10,51 milhões. 

Sendo assim, é um pouco complicado fazer este tipo de comparativo. A impressão que grande parte da mídia passou, na época da publicação desta pesquisa, foi "Nossa, não somos os mais beberrões! Que pena!!". É aquele velho conceito brasileiro que o Brasil tem que ser primeiro em tudo, mas tudo bem...


Mas enfim. Críticas a parte, hora da parte interessante: como que uma pesquisa dessas se aplica para a galera que curte uma cerveja especial? Será que você consome 62 litros de boas cervejas? 

Vamos supor que você frequente um bar de cervejas especiais uma vez por semana e beba três garrafas de 330ml (a famosa long neck). Sinceramente, essa não é uma conta absurda e, se você for acompanhado ou juntar com uma galera, essa conta pode aumentar ainda mais. Isso sem contar que você aproveite o fim de semana tomando um chopp Brahma ou uma Antártica gelada com seus amigos no churrasco. Ou seja, estou excluindo esses dados nesta análise.

Mantendo a conta com as três garrafas, você chega a marca de 990ml. Arredondando para um litro, você precisaria de exatas 62 semanas. Ou seja, você não consegue atingir a 'média nacional'. Entretanto, se você beber na mesma semana mais uma garrafa de 330ml, na 47ª semana do ano você supera a marca.

Você pode até se perguntar "ah, mas e quem bebe cerveja de trigo? As garrafas são maiores!". Pois bem, cervejas como Paulaner e Erdinger tem 500ml. Se você for ao bar uma vez por semana e beber duas garrafas (um litro de cerveja), também vai precisar das mesmas 62 semanas. Entretanto, se você beber na mesma semana mais uma garrafa de 500ml, na 42ª semana do ano você supera a marca.

Agora, para finalizar, vamos ao caso extremo: e se você for aquele consumidor fiel de Brahma ou Antarctica? Como cada garrafa possui 600ml, bastaria você beber duas ampolas por semana para atingir naturalmente a marca de 62 litros durante um ano (Na verdade, seriam 62,4 litros). 

E então, caro amigo, você acha que chegará aos 62 litros no dia 31 de dezembro de 2014?
Lembrando que esta analogia que fiz neste post foi somente uma brincadeira para ver se os amigos que curtem cervejas especiais bebem a mesma quantidade indicada na pesquisa. Pelo o que pude observar em pesquisas anteriores, cerca de 52% da população brasileira podem ser classificados como bebedores. Se formos levar isso a sério, passaríamos horas discutindo sobre o tema.

Caso pessoal: fiz uma conta rápida aqui e, nos primeiros 50 dias de 2014, bebi cerca de 12 litros (isso sem contar com chopes e suco de milho). Mantendo a 'rotina', chegaria a mais de 80 litros no meio de dezembro. Você considera muito ou pouco?

sábado, 26 de abril de 2014

Chicago Blues Robust Smoked Porter


Essa foi indicação do Vinícius, um dos sócios do Hopfen, após beber a Bodebrown Wee Heavy.

Novamente, recorri ao blog O Contador de Cervejas para a descrição deste projeto:

O Projeto The Beers é uma iniciativa que envolve o tradicional Clube do Malte de Curitiba (bar, loja on-line e clube de cervejas) e a cervejaria Gaudenbier. Capitaneado respectivamente por Douglas Salvador e Thiago Silva,  a idéia é lançar rótulos sempre com inspiração musical.

Cerveja escura, de cor preta e com pouca formação de espuma. Engraçado é que essa característica é o que menos vejo em outros sites e fóruns. Sempre falam que é uma cerveja com espuma de cor marrom e com boa formação. Estranho, mas tudo bem. O aroma não me surpreendeu muito, já que esperava algo mais "smoked". Só consegui notar malte torrado. No sabor que foi notar o "smoked", mas nada muito exagerado. Está lá, presente, mas não é intenso. Fora isso, chocolate e café. Carbonatação média. Álcool bem escondido.

Conclusão: é uma boa cerveja e com ótimo custo x benefício. O único problema é que a achei leve demais, mas vale o investimento. Aliás, é uma outra boa cerveja para os fumantes.

INFORMAÇÕES
Chicago Blues Robust Smoked Porter
Estilo: Smoked Beer
Álcool: 6,2%
Cervejaria: Gaudenbier Cervejaria
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 16,00

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Hypocrisy - 22/04/2014 (Teatro Odisseia, Rio de Janeiro)


Existem bandas que faço questão de ver um show ao vivo. Compro ingresso antecipado, ouço o provável setlist até enjoar e, se for o caso, até me planejo para viajar.

Existem bandas que nem me esforço para assistir, seja pelo fraco setlist ou desempenho medíocre ao vivo. Nem perco meu tempo e dinheiro para, no fim do show, me arrepender amargamente.

Agora, tem bandas que analiso uma série de variáveis para definir se vou ao show ou não, como setlist, dia e local do show, preço do ingresso, se não existe outra atividade para fazer no mesmo dia etc. Foi mais ou menos assim que decidir ir ao show do Hypocrisy, que rolou no dia 22 de março lá no Teatro Odisseia.

Talvez este post não seja para você que é fã da banda. O que você vai encontrar aqui é um texto de alguém que sabe muito pouco sobre o Hypocrisy. Sim, tenho que admitir que mal conheço o trabalho deles. Digo isso porque só so cnheço algumas músicas dos álbuns "Abducted", "The Arrival" e "Virus" (melhor capa, disparada). Cheguei a ouvir o "End of Disclosure", último trabalho da banda, mas daquele jeito: descompromissado, como fundo musical para uma outra atividade que exigia mais concentração. Ou seja, não dei muita bola.


Mas, para quem já está habituado com as postagens, sabe que procuro não ser muito específico para não tornar a leitura entediante. 

A tendência natural era não ir a este show e gastar o rico dinheirinho com os Hopfriends (grupo criado no WhatsApp pela galera que frequenta o Hopfen). Só que uma bela e digníssima pessoa soprou a voz da experiência em meu ouvido (ou melhor, digitou as palavras certas no Facebook):

- Vamos no Hypocrisy amanhã?

Era o convite certo, feito pela pessoa ideal. Como verifiquei que os valores gastos nos dois eventos (cerveja com amigos x show com amigos) seriam praticamente iguais, com a vantagem de ouvir um bom heavy metal, parti para o Teatro Odisseia.

A começar pelo local escolhido para o show. Nunca fui ao Teatro Odisseia. Localizado na Lapa, o ambiente é de um antigo casarão de três andares, onde já funcionou um armazém. A capacidade máxima é de 700 pessoas, talvez incluindo todos os pavimentos: térreo (onde são realizados os shows), mezanino (com mesas e cadeiras, com vista para o palco) e o tal terceiro andar, que não sabia que existia, onde "são realizadas exposições e performances teatrais, além de contar também com um restaurante".


Outra novidade para mim foi a banda de abertura: Refuse. Originalmente paraguaia (sem trocadilhos rs), ela tem uns sete anos de existência. Criada pelo guitarrista e vocalista Daniel Benítez, o som da banda é um death metal bem bacana. De acordo com o site Sopa Brasiguaia, "Refuse é uma banda que utiliza suas canções para expressar seu rechaço aos desmandos oriundos da concentração de poder na sociedade atual. Deste modo, fome, guerra, doença e corrupção são temas presentes nas canções de Refuse, sempre abordadas com uma fúria característica".


O show do Hypocrisy começou um um certo atraso, mas nada que desanimasse a galera, que já aguardava a abertura da casa uma hora antes do previsto. Quando começou a introdução da primeira música, geral ficou louco. Dava pra ver que ali tinha muita gente que curtia mesmo o som da banda. Fiquei quieto no meu canto até o início da quarta música, até que não resisti e passei o resto do show na roda.



Realizada em uma casa que abrigou muito bem o público presente e com uma boa qualidade no som (não ouvi ninguém reclamando sobre isso), este show ficou com um gostinho de 'quero mais' para muita gente. Tudo bem que foram 16 músicas, mas o show estava tão bom que todos saíram realizados do Teatro Odisseia. 


Que o Hypocrisy não demore para voltar ao Brasil. Para os headbangers de plantão ou para quem curte um bom death metal, é um show que não pode passar em branco. 


Setlist Hypocrisy

End of Disclosure 
Tales of Thy Spineless 
Fractured Millennium 
Killing Art 
The Eye 
Valley of the Damned 
Fire in the Sky 
Pleasure of Molestation / Osculum Obscenum / Penetralia 
Buried 
Elastic Inverted Visions 
44 Double Zero 
War-Path 
The Final Chapter 
Roswell 47 
Adjusting the Sun 
Eraser 

Bodebrown Wee Heavy


Como é difícil descrever uma cerveja que já foi premiada em diversos concursos e é muito elogiada por todos do mundo cervejeiro. Como disse em postagens anteriores, fico com certo receio de provar essas cervejas que todos falam. Crio uma expectativa falsa e, quando chega a hora, não acho nada de excepcional.

Cansado de beber IPA e querendo provar uma 'cerveja escura', busquei uma bem conceituada para tentar quebrar esse paradigma criado em minha mente insana: Bodebrown Wee Heavy. 

A começar pelo rótulo. Ao todo, são seis prêmios estampados, procurando evidenciar o quanto que a Bodebrown já conquistou com esta cerveja. Nada contra, mas acho isso um tremendo tiro no pé. Afinal de contas, se a cerveja é boa mesmo, não preciso mostrar quantos prêmios ela já ganhou. Um rótulo mais 'clean' fatalmente despertaria meu interesse. Claro que tem pessoas que preferem que as 'credenciais' da cerveja estejam no rótulo, até para facilitar a escolha. Enfim, gosto individual de cada um que varia de pessoa para pessoa =P

Rótulo antigo: mais limpo



Rótulo atual: 'propaganda' dos prêmios já conquistados

Sobre a cerveja, ela apresenta uma cor marrom bem escuro, turva e com espuma de longa duração. Ao sentir o aroma desta cerva, pela primeira vez consegui notar algo que lembrasse madeira. Outro ponto que me surpreendeu foi a semelhança com whisky. Muito parecido mesmo. No sabor, além da lembrança do whisky, fica bem claro o malte tostado, caramelo e algo defumado. Não percebi lúpulo, até porque não acredito que o objetivo seja destacar o amargor. Álcool bem presente. Literalmente, é uma cerva que 'esquenta o corpo'. Carbonatação média.

Conclusão: olha, por uns três anos, a minha bebida alcoólica preferida (e única) era o whisky. Ter uma cerveja com gosto parecido é como voltar no tempo. Se você está buscando uma cerveja escura, com álcool bem presente e que esquente o dia, pode ir na fé que o sucesso é garantido. Ah, e se você fuma, talvez seja uma ótima pedida.

INFORMAÇÕES
Bodebrown Wee Heavy
Estilo: Strong Scotch Ale
Álcool: 7,2%
Cervejaria: Cervejaria Bodebrown
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 29,00

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Coronado Mermaid's Red Amber Ale


Estranho quando a gente se apega a um estilo de cerveja e não consegue largar de forma alguma. Assim como tenho um 'relacionamento enrolado' com as IPAs, tem um brother que vira e mexe aparece no Hopfen que só bebe red ale ou outros estilos semelhantes. É nessas horas que você tem a oportunidade de conhecer novas cervejas que não está habituado a pedir. Foi nessa que conheci a Coronado Mermaid's Red Amber Ale

Como é a primeira cerveja da Coronado que provo, novamente recorro aos sites que visito para me auxiliar. Dessa vez, o texto vem do blog O Contador de Cervejas

A cervejaria leva o nome da cidade onde foi fundada em 1996, Coronado, ao sul de San Diego na Califórnia.  Praticamente na fronteira com o México,. Coronado é na verdade um istmo entre a baía de San Diego e o Oceano Pacífico. A cervejaria foi uma das pioneiras da revolução americana e o sonho dos irmãos Ron e Rick Chapman. 

Trata-se de uma cerveja de cor vermelha (bem fechado), ligeralmente turva e com espuma de média duração. O rótulo dela é bem interessante, ainda mais porque a arte é gravada na própria garrafa. O aroma lembra muito caramelo e algo que lembra chá. No sabor, um dulçor e um tostado que acredito que sejam do malte utilizado. O lúpulo é um pouco mais presente do que as outras cervejas deste estilo, mas nada exagerado. Carbonatação combina direitinho com a cerveja (ponto positivo), já que esperava algo que 'pinicasse' mais na língua.


Conclusão: bem interessante, mesmo não gostando do estilo. Se destacou das outras que já provei. Vale a pena gastar seu rico dinheirinho.

INFORMAÇÕES
Coronado Mermaid's Red Amber Ale
Estilo: American Amber Ale
Álcool: 5,7%
Cervejaria: Coronado Brewing
País: Estados Unidos
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 27,00

terça-feira, 22 de abril de 2014

Ballast Point Sculpin IPA


O que dizer de uma cerveja que tem a nota máxima no ratebeer em seu estilo? Pois é, essa é a Ballast Point Sculpin IPA.

Sobre a Ballast Point
A Ballast Point surgiu do sonho de um estudante, Jack White, que já nos tempos da faculdade produzia suas próprias cervejas no quintal de casa. Logo após se formar, dadas as dificuldades da época para comprar insumos em San Diego na California, Jack uniu-se à Yuseff Cherney, também homebrewer, e montou uma pequena loja. Da loja surgiu então em 1996 a cervejaria. De lá para cá a Ballast Point cresceu tornando-se a 3˚ maior cervejaria artesanal da cidade e a 46˚ maior do país. Além de cervejas a Ballast produz também artesanalmente gin, rum e vodka.

Só o rótulo dela já desperta o interesse. É a típica cerveja que conquista o cliente só no olhar. O peixe em destaque é o sculpin (ou peixe escorpião), característico no hemisfério norte. Três grandes características desta espécie são: não gosta de muita atividade (vivem em repouso no fundo do mar), possuem espinhos venenosos em suas barbatanas (mais venenosos que os do peixe-leão) e sua carne é extremamente apreciada, considerada uma iguaria gourmet.


Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada bem marcante, turva e com espuma de média duração. No aroma já dá pra notar que essa cerva vale cada centavo. Bem lupulada, lembrando limão e maracujá, e com dulçor que parece mel. O sabor acompanha o aroma. É uma cerveja com corpo e o álcool é bem inserido, exatamente no ponto. A carbontação baixa ajuda (e muito) a cada gole.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não. Muito encorpada e lupulada (amarga). Prove a Ballast Point Big Eye antes dessa
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Mais ou menos
É fácil de encontrar? Mais ou menos, em bares especializados
Observações: Sem dúvida, é uma das melhores que já bebi. Como dito anteriormente, vale cada centavo. Excelente cerveja! Não deixe de conferir!

INFORMAÇÕES
Ballast Point Sculpin IPA
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 7,0%
Cervejaria: Ballast Point
País: Estados Unidos
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 26,00

segunda-feira, 21 de abril de 2014

2cabeças Funk IPA


Data: 13 de fevereiro de 2014. Dia do lançamento da Funk IPA, produzida pela cervejaria carioca 2Cabeças. O evento, batizado de "Bailão da 2cabeças", foi um baile funk com uma seleção de músicas que foram do Motown até Furação 2000. O 'único' e grande problema estava justamente no local escolhido: Cerveja Social Clube, um local pequeno, com lotação máxima de umas 50 pessoas (todas em pé, obviamente).

Como o evento foi divulgado aos quatro ventos nas redes sociais (só no Facebook, foram 210 confirmados) e foi tema de várias reportagens (inclusive pela Veja e O Globo), a casa ficou lotada. Mal dava pra Funk IPA ficar gelada. Resolvi garantir algumas unidades e partir para outro canto que ficou conhecido como o salão VIP do evento: Hopfen Cervejas Especiais.


Recorrendo novamente aos sites que acompanho, o blog "A volta ao mundo em 700 cervejas" fez uma matéria interessante sobre o lançamento desta cerva:

Mais do que fazer boas cervejas, a 2Cabeças tem investido pesado - metaforicamente falando, não que eles tenham milhões para gastar - em um marketing de contracorrente. Não é a toa. A escocesa Brew Dog, provavelmente a mais agressiva neste quesito no mercado artesanal mundial, é uma das referências declaradas do cervejeiro Bernardo Couto, "capataz" (como ele se denomina) da 2Cabeças. 

- A Funk IPA nasce para acabar com preconceitos, musicais ou cervejeiros, como de que a cerveja precisa ser lager e sem graça para agradar no calor brasileiro, ou que cerveja só pode combinar com Rock. Engula o seu preconceito! - afirma ele, no comunicado a respeito do lançamento.

Cerveja dourada e opaca, levemente turva e com espuma de curta duração. No aroma, fica bem assertivo é a presença de lúpulo. No sabor, o amargor fica em primeiro plano, lembrando um pouco laranja, com um caramelo bem discreto. É uma cerva que não tem corpo, um pouco aguada. Carbonatação baixa. 


Conclusão: servida bem gelada e no calor, desce redondo. Talvez seja essa a proposta da cervejaria: uma IPA para cair no gosto da galera. Pra mim, faltou equilíbrio, além do amargor do lúpulo lembrar um tipo de laranja que eu não gosto.

INFORMAÇÕES
Funk IPA
Estilo: India Pale Ale
Álcool: 4,7%
Cervejaria: 2cabeças
País: Brasil
Comprada em: Cerveja Social Clube
Preço: Duas unidades por R$ 15,00 (no dia do lançamento)

Flying Monkeys Stereovision


Outro rótulo que tirei para provar na minha última visita ao Mr Beer foi a StereoVision, da Flying Monkeys Craft Brewery. O estilo dessa cerva é meio que uma incógnita: enquanto o Untappd classifica como American Pale Wheat Ale, o Rate Beer classifica como Amber Ale e beeradvocate como American Dark Wheat Ale. O pior de tudo é que nem no site da Flying Monkeys encontrei nada sobre essa cerva. 

Então, decidi manter aqui a classificação que consta no Untappd pelo simples fato de ser uma amber ale com trigo.

Flying Monkeys Brewery
A Cervejaria Flying Monkeys é uma cervejaria artesanal, localizada em Barrie, província de Ontário, Canadá. Fundada em 2005 por Peter Chiodo (que passou a infância vendo os avós produzirem cervejas artesanais no sótão de casa), o primeiro nome da cervejaria foi “Robert Simpson Brewing Co”, numa homenagem à Robert Simpson, primeiro prefeito da cidade e cervejeiro quem governou no final do século 19. Por razões de marketing, em 2009 a cervejaria foi rebatizada com a atual nomenclatura, trazendo uma abordagem gráfica ousada e psicodélica, além de adortar o slogan "normal is weird"


Cerveja meio que dourada, meio que âmbar (definir cor é complicado... rs), turva e com espuma de média duração. No aroma, ela lembra um pouco as cervejas de trigo, mas sem aquele dulçor que lembra banana. Aliás, isso é o que você menos vai encontrar nessa cerva. É muito tênue. O que é mais aparente nela é caramelo e lúpulo, com um pouco que parece ser fruta seca ou algum outro cereal. Não sei ao certo, essa é a cerveja mais difícil da Flying Monkeys. A grande vantagem é que ela tem uma boa drinkability. Carbonatação média


Conclusão: também é uma cerveja que não possui uma característica marcante, assim como a Amber Ale, mas tem um pouco de personalidade. Por curiosidade, vale a pena experimentar

INFORMAÇÕES
Flying Monkeys Stereovision
Estilo: American Pale Wheat Ale
Álcool: 5,5%
Cervejaria: Flying Monkeys
País: Canadá
Comprada em: Mr Beer - Botafogo Praia Shopping
Preço: Uns R$ 25,00

Flying Monkeys Amber Ale


Depois de ter provado a Netherworld, fiquei na curiosidade de conhecer as outras cervejas da Flying Monkeys. Aproveitei um dia que tive que ir ao Botafogo Praia Shopping, escolhi o melhor banco do Mr Beer e pedi duas cervas canadenses. Hoje falarei sobre a Amber Ale.

Flying Monkeys Brewery
A Cervejaria Flying Monkeys é uma cervejaria artesanal, localizada em Barrie, província de Ontário, Canadá. Fundada em 2005 por Peter Chiodo (que passou a infância vendo os avós produzirem cervejas artesanais no sótão de casa), o primeiro nome da cervejaria foi “Robert Simpson Brewing Co”, numa homenagem à Robert Simpson, primeiro prefeito da cidade e cervejeiro quem governou no final do século 19. Por razões de marketing, em 2009 a cervejaria foi rebatizada com a atual nomenclatura, trazendo uma abordagem gráfica ousada e psicodélica, além de adortar o slogan "normal is weird"


Cerveja de cor dourada escura, ligeiramente turva e com espuma de curta duração. No aroma, predomina um dulçor bem suave que lembra caramelo e lúpulo. O sabor acompanha o aroma. Só bebendo que dá pra sentir algo como se fosse malte torrado, mas bem suave. É uma cerva com corpo médio e que não se destaca em nada. Carbonatação baixa.



Conclusão: fui na expectativa de encontrar uma cerveja tão boa quando a Netherworld, mas acabei me decepcionando. Custo x benefício altíssimo. Conheça outras antes de dar uma chance pra essa.

INFORMAÇÕES
Flying Monkeys Amber Ale
Estilo: American Amber Ale
Álcool: 5,0%
Cervejaria: Flying Monkeys
País: Canadá
Comprada em: Mr Beer - Botafogo Praia Shopping
Preço: Uns R$ 25,00

domingo, 20 de abril de 2014

Schneider Weisse TAP 5 Meine Hopfenweisse


Já que o cardápio está sempre em constante evolução, quando vou ao Hopfen pergunto a Vinícius e Thiago quais são as novidades da casa. Certo dia, quando já tinha experimentado todas as IPAs disponíveis, eis que eles me oferecem uma cerveja de trigo com uma 'dose extra' de lúpulo: Schneider Weisse TAP5 Meine Hopfenweisse.

Sobre a Weissbierbrauerei G. Schneider & Sohn
Clássica cervejaria bávara fundada em 1872 por Georg Schneider I e seu filho homônimo, quando o rei Ludwig II desistiu da exclusividade de produzir cervejas de trigo, diante do declínio nas vendas. Originalmente as fábricas se localizavam em Munique mas após terem sido destruídas por bombardeios na II Grande Guerra Mundial em 1944, foram reconstruídas na cidade de Kelmheim, também na Bavária. Propriedade familiar é hoje comandada por Georg Schneider VI.


A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor âmbar, turva e com formação de espuma infinita! Verdade! Para vocês terem ideia, ficou uns 30% de cerveja na garrafa. Nem preciso dizer que a espuma é de longa duração, né? Simplesmente fantástico. No aroma, a surpresa: banana e cravo, características cervejas de trigo que já bebi, ficam em segundo plano. O destaque aqui fica para o lúpulo, bem presente. O sabor acompanha o aroma, com a adição de algo adocicado que lembra caramelo. É uma cerva densa, difícil de beber. Parece uma refeição, assim como a Paulaner. Carbonatação média.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Difícil opinar aqui, viu. Se você já está acostumado a cervejas mais encorpadas E a cervejas amargas, existe a probabilidade de você gostar. Agora, se sua caminhada está apenas começando, experimente outras.
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Não.
É fácil de encontrar? Mais ou menos, em bares especializados
Observações: se você tá enjoado de beber cerveja de trigo e quer experimentar uma com personalidade, ela foi feita para você. Show de bola! Entretanto, lembre-se que é uma cerveja que vai 'render' no seu copo.

INFORMAÇÕES
Schneider Weisse TAP5 Meine Hopfenweisse
Estilo: German Weizenbock
Álcool: 8,4%
Cervejaria: Weissbierbrauerei G. Schneider & Sohn
País: Alemanha
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 25,00



Curiosidade: Recorrendo aos sites/blogs que frequento, um pouco da história desta cerveja retirei do Homini Lupulo:

Quando se ouve falar de uma cerveja como essa, se percebe como o mercado está mudando. Uma cerveja de trigo, de uma marca bem tradicional da Alemanha, fazer uma parceria com americanos apaixonados por lúpulos e cervejas extremas? Pois esta é a Schneider Weisse Tap 5  Meine Hopfenweisse, em parceria com a Brooklyn Brewery. Interessante é que ela é também fabricada por esta nos EUA com o nome de Brooklyner-Schneider. E basta abrir esta garrafa para entender o inusitado: já sobe um marcante aromado lupulado, algo inimaginável em uma weizen alemã. As duas cervejarias produziram a mesma receita, que de acordo com o Beer Advocate é uma hoppy weissbock. Porém, cada leva recebeu o lúpulo da região. A versão alemã ficou com o Hallertauer Saphir, enquanto a americana recebeu doses generosas de Amarillo. 

sábado, 19 de abril de 2014

Titanic Pier 54


Interessante quando um projeto é criado para homenagear algo ou para que, de certa forma, a história jamais seja esquecida. É mais ou menos assim que nasceu a Titanic Brewery.

A cervejaria Titanic foi fundada em 1985 em Burslem (Stoke on Trent, Inglaterra). Nesta cidade que nasceu o Capitão Edward John Smith, que comandou um dos maiores e mais luxuosos navios de passageiros da história, o Titanic. E foi justamente em homenagem ao navio que esta cervejaria foi nomeada. 


Sendo assim, a cerveja de hoje é a Titanic Pier 54, nomeada em homenagem ao Pier 54. Localizado no Rio Hudson (Nova York, EUA), este pier está associado a dois eventos da década de 1910: 
• foi criado em 1910 e era o destino final do navio RMS Titanic. Infelizmente, o pier só recebeu alguns sobreviventes
• foi de lá que partiu o navio RMS Lusitania em 1915, com destino a Liverpool. Atingido por um torpedo disparado de um submarino alemão, o incidente tornou-se o grito de guerra para o envolvimento americano na Primeira Guerra Mundial



Cerveja com cor de cobre, translúcida e com espuma de média duração. No aroma é possível notar bem evidente o dulçor característico de malte. O sabor acompanha o aroma, lembrando um gosto de guaraná, misturando um pouco com um amargor do lúpulo (este beeeem em segundo plano). É uma cerva que não tem corpo, ou seja, é aguada. Carbonatação média e bem encaixada com a cerva. Álcool totalmente escondido.

Conclusão: tem muita gente que bebe cerveja que não gosta das inglesas justamente por não terem corpo. Se você já provou uma penca de cervejas e ainda não degustou essa, dê uma oportunidade a Titanic Pier 54. Se você está começando, dê prioridade a outras.

INFORMAÇÕES
Titanic Pier 54
Estilo: American Pale Ale
Álcool: 5,4%
Cervejaria: Titanic Brewery
País: Inglaterra
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 25,00

Rick Astley - 12/04/2014 (Vivo Rio, Rio de Janeiro)


Não sei quanto a vocês, mas meu celular é repleto de músicas de bandas e/ou cantores que tiveram seu auge há mais de 20 anos. Não tenho como negar que sou um eterno saudosista quando o assunto é música. Com exceção do Slipknot, Bruno Mars, Hibria e Muse (como acho que estou esquecendo de alguém, vou atualizando o post aos poucos), quase nada que surgiu neste milênio despertou meu interesse.

Certo dia, estava em um táxi e o comercial anunciava "o show de um ícone dos anos 80": Rick Astley. Até então, não tinha associado o nome às músicas. Mas, quando tocou trechos de "Together Forever", "Cry For Help" e "Never Gonna Give You Up", pensei comigo mesmo: eu TENHO que ir nesse show. 



Antes de falar sobre o show, tenho que dedicar um parágrafo para a Festa Ploc, uma ideia muito bem bolada para suprir uma lacuna histórica na noite carioca, de grandes festas especializadas dedicadas aos anos 80 e 90. Apesar de virar alvo de muita chacota no início, há dez anos atrás, a Festa Ploc realmente se consolidou, mostrando para todos o quanto que os anos 80 foram no mínimo extremamente divertidos. Quem não viveu essa época, nem imagina como as coisas eram difíceis. Ter uma festa que lembre a parte boa dessa história é sensacional. 

Como foi muito bem escrito no site Cult Magazine, o evento foi crescendo de tal forma que ocupou definitivamente o lendário Circo Voador no Rio de Janeiro, gravação de dois DVDs, colocou os anos 80 devidamente na “crista da onda” (desenhos animados, jogos, novelas da época, roupas, adereços, TUDO que compunha um cenário extremamente rico e representativo), virou uma bela e lucrativa franquia, e o principal: o resgate de vários artistas com sonoridades das mais diversas, basicamente sendo recolocados dignamente no mercado, de onde nunca deveriam ter saído.

Pois bem, mesmo pagando um pouco caro pelo ingresso (muito por culpa minha mesmo, deixei para comprar na última hora), cada real foi devidamente investido. Logo na entrada do Vivo Rio, a organização tratou de colocar um Mega Drive, um Atari e um Tele Jogo para a galera que não queria curtir a animação dos DJs Dom LV & Rebechi e da VJ Lê Pantoja que, sinceramente, mandaram muito bem e não deixou ninguém parado. Tocaram até David Bowie! 


 

Com sua voz grave e marcante, Rick Astley fez com que a plateia cantasse em coro (no estilo Joel Santana ou não) seus maiores hits, como “Together Forever”, “It Would Take A Strong Strong Man”, "Never Gonna Give You Up", “She Wants To Dance With Me”, além das músicas românticas que ainda hoje fazem sucesso, como “Hold Me In Your Arms” e “Cry For Help”.


Sempre muito simpático e carismático, o cantor justificou o fato de nunca ter se apresentado no Brasil, pois naquele tempo se ganhava mais dinheiro fazendo discos do que com shows (quem diria que isso se iria inverter com o tempo...) e, por isso, dedicou maior tempo gravando seus LPs, videoclipes e participando de programas de TV, além de ter dado uma pausa na carreira em 1993 para priorizar sua família, com o nascimento de sua filha. Rick Astley também parou para comentar sobre sua aparência ao pegar seu primeiro LP de uma fã que estava na primeira fila, tirou várias fotos com o público e chegou a chamar uma jovem para dividir o palco. Infelizmente, ela aparentava não saber NADA da música, nem mesmo o ritmo. Hilário e lamentável!


Com a casa lotada (literalmente!), Rick Astley retribuiu com muita alegria e fez um show impecável. Voz perfeita e com uma banda mais que sensacional. Tocaram alguns covers memoráveis, como "My Girl" (The Temptations), "Get Lucky" (Daft Punk) e "Don't You Worry Child" (Swedish House Mafia), essa última tocada a exaustão em toda e qualquer academia. Somente um músico experiente (afinal de contas, são 27 anos de estrada) não iria decepcionar um público que nunca viu seu show ao vivo. 

Ao reconhecer  todo carinho do público carioca, o cantor prometeu que não iria demorar para retornar ao Brasil. Por favor, que você cumpra sua promessa o mais rápido possível, porque seu show vale cada centavo!

Vida longa próspera para a Festa Ploc. Que a organização do evento continue a proporcionar momentos inesquecíveis como o que vivemos no último dia 12! Que venha o próximo show!


Setlist Rick Astley

Together Forever 
It Would Take a Strong Strong Man 
She Wants to Dance With Me 
When I Fall in Love (Jeri Southern cover)
Don't Say Goodbye 
Take Me to Your Heart 
Hold Me in Your Arms 
My Arms Keep Missing You 
Lights Out 
Cry for Help 
Ain't Too Proud to Beg (The Temptations cover)
My Girl (The Temptations cover)
Don't You Worry Child (Swedish House Mafia cover)
Everybody Dance (Chic cover)
Get Lucky (Daft Punk cover)
Whenever You Need Somebody 
Never Gonna Give You Up 

Curiosidade sobre os shows que ele fez aqui no RJ e em SP =P