Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Blue Moon Belgian White


Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal.
Neste ano, como eram poucas pessoas, foram abertas apenas três garrafas: Ballast Point Sculpin Habanero, Ashby Wheat Orange e a Blue Moon Belgian White, a cerveja de hoje.

Sobre a Blue Moon Brewing Co.
A Blue Moon é uma popular cervejaria baseada em Denver, Colorado. Ela foi comprada pela Coors recentemente e por isso tem distribuição absurda nos EUA, atingindo 18 estados.
Tudo começou com o mestre cervejeiro, Keith Villa, querendo criar uma cerveja inspirada nas witbiers belgas. Então, ele produziu sua própria cerveja, misturando a casca de laranja Valência com a tradicional casca de laranja Curaçao. Acrescentou aveia e trigo para criar um acabamento suave e cremoso. Como toque final, decorou a cerveja com uma fatia de laranja para aumentar o aroma cítrico.

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarelo escuro/dourado, ligeiramente turva, com espuma de média formação e curta duração. Em poucos minutos, a espuma cedia, ficando apenas uma fina camada. No aroma, notas cítricas, lembrando laranja, e alguns condimentos (acredito que seja coentro). O sabor acompanha o aroma, so que de forma menos intensa. Dá pra notar um dulçor que estava imperceptível no aroma, que facilita a degustação. Retrogosto adocicado e levemente cítrico. Álcool na medida certa. Corpo leve/médio. Carbonatação média.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, uma cerveja de entrada. Entretanto, não crie expectativas, pois é um estilo diferente do que o brasileiro está acostumado
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Mais ou menos
É fácil de encontrar? Mais ou menos, em supermercados e bares especializados
Observações: mesmo não gostando deste estilo, tenho que admitir que é uma cerveja refrescante e que deve ser incluída em sua lista. Entretanto, a Blue Moon é tão enaltecida por aqui que, novamente, fui traído pela expectativa. Vale o investimento, mas não caia na mesma cilada que eu caí. Antes de tudo, lembre-se que é uma cerveja comum, não tem nada de especial.

INFORMAÇÕES
Blue Moon Belgian White
Estilo: Witbier
Álcool: 5,4%
Cervejaria: Blue Moon Brewing Co. (Molson Coors)
País: Estados Unidos
Comprada em: Super Prix
Preço: Uns R$ 20,00


Ashby Wheat Orange


Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal.
Neste ano, como eram poucas pessoas, foram abertas apenas três garrafas: Blue Moon Belgian White, Ballast Point Sculpin Habanero e Ashby Wheat Orange, a cerveja de hoje.

Sobre a Cervejaria Ashby
A Cervejaria Ashby fica localizada em Amparo-SP, local privilegiado  para a produção de cerveja em virtude da água de excelente qualidade que aí existe. Ao longo dos anos, mais propriamente desde 1993, a Ashby tem procurado criar cervejas e chopps de alta qualidade e de formulação exclusiva, sob a batuta do mestre-cervejeiro Scott Ashby.

A Wheat Orange é uma das cinco novas cervejas da Ashby, lançadas em outubro de 2015, e seu rótulo é inspirado na Califórnia da década de 1970.

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarela/laranja, turva, com espuma de baixa formação e curta duração. Em poucos minutos, não havia espuma no copo. No aroma, notas de laranja (e não de lúpulos cítricos que lembram laranja, é bom ressaltar), além de algo cítrico e um dulçor que não soube identificar. No sabor, as mesmas notas de laranja e um azedo de fruta cítrica. Também dá pra notar um dulçor que lembra mel, mas em segundo plano. Retrogosto de laranja, mas com o dulçor que lembra mel se intensificando a cada gole. Carbonatação baixa. Álcool inexistente (mesmo sendo 6,7%). Corpo leve/médio.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Talvez, para provar novos estilos. Entretanto, não crie expectativas, pois é uma cerveja frutada (Fruit Beer)
Tem um bom custo-benefício? Não
É fácil de beber? Não, divida a garrafa
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados
Observações: apesar do rótulo bem elaborado, a cerveja é muito adocicada. Se não fosse pelo álcool, diria que estava bebendo um suco. Faltou um pouco mais de acidez e do azedinho da laranja pra ficar bacana. Tem potencial, mas a fórmula atual não atende em nada e pode afugentar os que estão conhecendo cervejas especiais. 

INFORMAÇÕES
Ashby Wheat Orange
Estilo: Fruit Beer
Álcool: 6,7%
Cervejaria: Cervejaria Ashby
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Guanabara
Preço: Uns R$ 8,00

Ballast Point Habanero Sculpin


Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal.
Neste ano, como eram poucas pessoas, foram abertas apenas três garrafas: Blue Moon Belgian White, Ashby Wheat Orange e Ballast Point Sculpin Habanero, a cerveja de hoje.

Como o nome da cerveja já diz, leva pimenta habanero em sua receita.
Será que essa combinação ficou boa?

Sobre a Ballast Point
A Ballast Point surgiu do sonho de um estudante, Jack White, que já nos tempos da faculdade produzia suas próprias cervejas no quintal de casa. Logo após se formar, dadas as dificuldades da época para comprar insumos em San Diego na California, Jack uniu-se à Yuseff Cherney, também homebrewer, e montou uma pequena loja. Da loja surgiu então em 1996 a cervejaria. De lá para cá a Ballast Point cresceu tornando-se a 3˚ maior cervejaria artesanal da cidade e a 46˚ maior do país. Além de cervejas a Ballast produz também artesanalmente gin, rum e vodka.

O rótulo é quase o mesmo da Ballast Point Sculpin IPA, com o sculpin (ou peixe escorpião), característico no hemisfério norte. A única diferença está no que seria o 'cascalho' no fundo.

Pimenta habanero
Agora sim, a cor do cascalho faz sentido

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: dourada, levemente translúcida, com espuma de média formação e duração. No aroma, parece com a Sculpin, trazendo notas cítricas (lembrando limão, laranja e maracujá) e um dulçor que parece mel. A pimenta está bem discreta. No sabor é que a parada muda totalmente de figura, pois a pimenta torna-se o centro das atenções. Todas as partes da minha boca e garganta queimaram no primeiro gole. Até os lábios queimaram. Parecia que estava mordendo uma pimenta habanero ou bebendo um licor de pimenta. Como a cerveja é lupulada, a intensidade da ardência aumentava a cada gole. A pimenta predomina tanto nesta cerva que até quem não é 'degustador oficial' percebe que há um certo desequilíbrio. E olha que foram dois nordestinos amantes de comidas apimentadas (minha digníssima mãe e eu). E não adiantou comer chester, pernil ou tender, pois a ardência era total. Retrogosto de pimenta, com algo cítrico bem discreto. Carbonatação média. Álcool na medida. Corpo médio.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não, não mesmo, nem pensar. Agora, se você se acha brabo, pimenteiro, pica das galáxias ou qualquer outro adjetivo que enalteça sua bravura, boa sorte. 
Tem um bom custo-benefício? Não.
É fácil de beber? Não, não mesmo.
É fácil de encontrar? Um pouco difícil, em bares especializados.
Observações: não se trata de uma cerveja com pimenta habanero. É um molho de pimenta habanero com cerveja. O cheio, realmente, te convida pra tomar o primeiro gole, mas esse será um erro fatal para você. Para quem gosta de cozinhar pratos usando cerveja, talvez seja uma boa. Quem sabe, um hambúrguer.

INFORMAÇÕES
Ballast Point Habanero Sculpin
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 7,0%
Cervejaria: Ballast Point
País: Estados Unidos
Comprada em: Lidador - Shopping Rio Sul
Preço: Uns R$ 35,00

Tormenta Hoppy Night


Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? 
A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night, a cerveja de hoje.

Sobre a Cervejaria Tormenta
A Cervejaria Tormenta é formada pelo casal de cervejeiros de Piraquara-PR, Tiago Beetz e Lívia Fernandes. A Tormenta nasceu na cozinha de casa e o hobby foi ficando sério de maneira natural. A cena cervejeira de Curitiba cresceu muito nos últimos anos e nós participamos desde o início dessa revolução. 

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, ligeiramente turva, espuma de média formação e duração. No aroma, tudo muito suave. As notas de malte adocicado, malte torrado e de cítricas estão lá, mas nenhuma delas se sobressai. O sabor acompanha o aroma, com as notas cítricas e torradas predominando. Retrogosto com notas cítricas e adocicadas. Um pouco estranho, mas tudo bem. A cada gole, a boca fica seca. Carbonatação média. Álcool surpreendentemente bem escondido. Corpo leve. 

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Talvez. Quem gosta de cerveja lupulada (amarga) e de café, pode se identificar
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Mais ou menos
É fácil de encontrar? Mais ou menos, em bares especializados
Observações: não espere uma Hi 5 ou Virgulino da vida. A Hoppy Night é uma Session Black IPA, ou seja, você vai encontrar uma cerveja amarga (lupulada) com notas torradas, mas tudo em 'menor escala'. É uma cerva bem honesta e, se não estiver aquele calor absurdo, desce redonda. Se fosse mais acessível, seria uma ótima pedida. Mesmo assim, vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Hoppy Night
Estilo: Black IPA
Álcool: 7,0%
Cervejaria: Tormenta
País: Brasil
Comprada em: Yeasteria - Ponto Cervejeiro 
Preço: Uns R$ 20


Therezópolis Or Blanc


Por diversas noites, a galera da pós graduação se reunia para estudar e, de quebra, tomar aquela cerveja gelada.

Foi numa dessas que degustamos duas cervejas da Therezópolis: Rubine (que já tinha provado no passado) e Or Blanc, a cerveja de hoje

Sobre a Cervejaria St. Gallen
A empresa foi fundada em 1912 por Alfredo Claussen, descendente dos imigrantes dinamarqueses que povoaram o município de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, no início do século XX. Após fechada por muitos anos, devido a problemas de importação de matéria-prima após o fim da Primeira Guerra Mundial, foi reaberta por empresários descendentes de Claussen em 2007. Recentemente, a cervejaria lançou um empreendimento turístico chamado Vila de St Gallen, uma grande vila germânica com biergarten, pub e bistrô. 

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarela, turva, com espuma de média formação e curta duração. Aliás, a espuma cede facilmente, uma pena. No aroma, notas de frutas cítricas (laranja) e de coentro. O sabor acompanha o aroma. Entretanto, não espere uma cerveja amarga. O sabor de frutas cítricas é bem leve, assim como o coentro. Também tem algo que lembra casca de limão, mas parece ser algo artificial, tipo picolé ou refrigerante. Corpo leve. Carbonatação média/alta. Álcool abaixo da medida. Retrogosto meio adocicado, meio cítrico.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não, pode afastar quem não conhece cervejas especiais
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Mais ou menos, uma garrafa para um pode dificultar as coisas
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e em alguns bares especializados
Observações: parece que a Therezópolis quis ampliar seu portfólio, mas esqueceu da qualidade nesta cerveja. Pode até ser refrescante, mas tem ingredientes que parecem artificiais. Talvez seja uma cerveja para colocar numa degustação de witbiers, com a Or Blanc sendo a primeira. Fora isso, dê oportunidade a outro rótulo.

INFORMAÇÕES
Therezópolis Or Blanc
Estilo: Witbier
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria St. Gallen
País: Brasil
Comprada em: qualquer supermercado de médio/grande porte
Preço: Uns R$ 9,00

PS: postagem dedicada aos amigos Beatriz Vieira, Denise Castro, Gustavo Luizon, João Henrique, José Eduardo e Luiz Filipe

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Amazônia, The Classic Brazilian Beer

 

Escolher uma cerveja só pelo fato dela ter sido premiada é uma cilada? Claro que não! 
Além de você estar provando uma cerveja que ficou entre as melhores de um concurso, a probabilidade de você estar investindo em um produto de baixa qualidade é pequena.

Sendo assim, resolvi dar um crédito a uma cerveja premiada e que anda meio 'despercebida' nas prateleiras: Amazônia, The Classic Brazilian Beer.

Cervejaria Germânia
Apesar do nome idêntico, não se deve confundir esta cervejaria com uma que existiu no início do século XX e que, entretanto, desapareceu. A atual Germânia foi fundada em 1991 na cidade de Vinhedo - SP. Após um início difícil, a contratação de um mestre cervejeiro e o investimento no desenvolvimento da fábrica fez com que a empresa se tornasse conhecida, especialmente na venda de chopp.
Hoje, a Germânia responde por 10% do mercado de chopp de São Paulo e prepara-se para obter a mesma performance longe da região Sudeste.

'Amazônia The Classic Brazilian Beer' ou 'Amazônia Brazilian Beer'?

Lançada em 1993, a Amazônia Brazilian Beer foi exportada para Itália, 
onde obteve ótimo desempenho e fez sucesso entre os italianos, chineses, americanos, franceses etc. (Fonte: website da Germânia)

Em 2014, esta cerveja recebeu dois prêmios: medalha de prata no World Beer Challenge, em Estoril (Portugal); e a medalha de bronze no Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau (Santa Catarina).

Entretanto, somente em 2015 que a Cervejaria Germânia resolveu comercializar a Amazônia aqui no Brasil, conforme publicação da New Age Bebidas.

Ou seja, trata-se da mesma cerveja, mas com nomes diferentes.



A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, espuma de média formação e curta duração. Aroma bem suave de malte, com lúpulo discreto. Já dá pra notar que ela é mais 'amarga' que uma Brahma, por exemplo. No sabor, o leve amargor se confirma, lembrando um pouco uma Heineken, só que mais 'fraca'. O malte fica em segundo plano. Corpo leve. Álcool na medida certa. Carbonatação média. Retrogosto amargo e um pouco seco.

Essa cerva eu tive que provar duas vezes.
Na primeira garrafa, vacilei com o armazenamento. Como deixei muito tempo exposta em ambiente claro, a cerveja ficou 'fedendo' (sabor indesejado, off-flavour em inglês, chamado lighstruck ou skunky), igualzinho como acontecem com algumas Heinekens.

A primeira garrafa: cuidado redobrado com garrafas verdes e/ou transparentes

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, principalmente para quem quer beber algo mais 'forte' que Antárctica ou Brahma
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Sim. Geladinha então, a ampola seca fácil
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados
Observações: o rótulo é um capricho a parte, com seis animais típicos da região. Como a garrafa é verde, tome cuidado com o armazenamento. Fora isso, é uma ótima cerveja para uma reunião entre amigos, churrasco ou qualquer outra situação que você vá beber um pouco acima da média. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Amazônia The Classic Brazilian Beer
Estilo: German Pilsner
Álcool: 5,0%
Cervejaria: Cervejaria Germânia
País: Brasil
Comprada em: Supermercado Mundial
Preço: Uns R$ 2,50


Parque Nacional do Iguaçu - Foz do Iguaçu/Brasil



Após visitar o Iguazú Argentina, nada melhor que conhecer o Parque Nacional do Iguaçu, o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, para fazer as devidas comparações.

Apesar do Parque Nacional do Iguaçu possuir uma boa estrutura para turistas e contar com uma infraestrutura adequada para visitantes de qualquer idade, este passeio pode ser um pouco entediante para as crianças, tendo em vista que o parque é mais voltado para contemplar a natureza e tirar boas fotos.

Dicas iniciais: pagamentos e vestuário

Ao contrário do parque argentino, não é necessário reservar dinheiro em espécie, pois todo o parque também aceita cartões (débito/crédito) para pagamento. Isso já é um grande adianto.

Mesmo sendo menor que o Iguazú Argentina, a dica para o vestuário também está valendo para o Parque Nacional do Iguaçu: leve uma muda de roupa extra na sua mochila (caso resolva fazer um passeio no Macuco Safari) e protetor solar. Capa de chuva é totalmente dispensável (eu levei porque estava gripado). Vá de tênis e, se possível, separe um chinelo. Leve água e comida dentro da mochila, pois tudo no parque é caro.  

Horário de partida: saia cedo do hotel

Primeiramente, o planejamento para este passeio é essencial.
Se você estiver com tempo sobrando durante sua viagem, dedique um dia inteiro para conhecer o Parque das Aves o Parque Nacional do Iguaçu. Esta logística é perfeita, tendo em vista que as duas atrações são bem próximas (é só atravessar a rua, literalmente).


Como se trata do maior ponto turístico da cidade, é recomendável que você chegue cedo ao local, principalmente se você for durante um feriadão. As fotos ficam melhores e o calor não vai ser um inimigo.
Você até pode ir a tarde, mas será um passeio bem mais cansativo (acredite, eu fui a tarde).


Parque Nacional do Iguaçu: como foi o passeio?

Para começar, é indiferente você comprar o ingresso na hora ou pela internet. A única 'vantagem' de comprar online é que a fila para troca do voucher pelo ingresso é menor. Entretanto, com ingresso na mão, você encara a fila para embarcar nos ônibus. Li relatos na internet que a espera é de 40 minutos. No meu caso, o tempo foi bem maior: 2 hora e 30 minutos. 



Como você vai aguardar um bom tempo para embarcar no ônibus, reveze com sua dupla ou galera para conhecer o terminal, que possui lojas especializadas com souvenirs, banheiros e painéis informativos.


Os ônibus do parque são temáticos, com dois andares e levam os passageiros do Centro de Visitantes até o terminal dos mirantes, fazendo paradas intermediárias para os que querem fazer os passeios como Macuco Safari, Voo de Helicóptero e Trilha do Poço Preto (obviamente, passeios que são pagos a parte).
O lado negativo deste sistema de transporte é que os ônibus partem do terminal com lugares vazios, na expectativa de outros passageiros embarcarem nos pontos intermediários.
No total, o ônibus demora cerca de 20 minutos para chegar o terminal dos mirantes.

A trilha do parque brasileiro é única e ligeiramente estreita. Como tem muita gente indo e vindo, é necessária uma boa dose de paciência para tirar a foto perfeita. 

Caso você tenha visitado o lado argentino primeiro, é possível visualizar todas as quedas dágua que você viu por lá. Afinal de contas, somente no lado brasileiro que você consegue ver 100% das quedas dágua.




A melhor parte do passeio é no Mirante Central. É a vista mais bela do parque. Vai ser lá também que você vai se molhar. Um colírio para os olhos e para renovar as energias. 


Existe também a opção de você fazer um passeio no Rio Iguaçu, assim como no parque argentino. Caso você tenha coragem de chegar bem de perto de algumas quedas dágua, é só desembarcar na parada Macuco Safari. O passeio é pago a parte e, na época (setembro/2015), custava R$180.
A título de curiosidade, na Argentina, este passeio custava R$100 a menos.





Problemas encontrados: falta de educação e desrespeito

Quando lembramos deste passeio, lembramos da falta de educação do brasileiro e do desrespeito dos organizadores do parque.

Falta de educação porque os 'agentes' de turismo, por diversas vezes, reservavam um lugar na fila para o grupo que eles estavam guiando. Começava aí uma série de discussões sobre 'furar fila', já que muitos brasileiros gostam de 'se dar bem' em toda e qualquer situação. 

Entretanto, acredito que o pior de tudo é o desrespeito dos organizadores do parte com seus visitantes, tendo em vista que o sistema de transporte é falho sob diversos quesitos. Este descaso gera desconforto entre os visitantes e um sentimento de 'felicidade' quando o ônibus partia do Centro de Visitantes. 
Comemorar por conseguir embarcar após 2 horas e meia? Me desculpe, mas isso não é motivo para comemorar. Se você celebra isso, está compactuando com o descaso.


Início da fila: 14h30
Embarque no ônibus no Centro de Visitantes: 17h
Fim do passeio, desembarque no Centro de Visitantes: 19h20

Conclusão

Visualmente falando, é uma excelente experiência. Foi um passeio um pouco corrido, mas muito agradável. 
Se você busca contato com a natureza, esqueça. O parque brasileiro é voltado para um passeio mais tranquilo, tirar excelentes fotos para facebook e/ou instagram e gastar dinheiro, muito dinheiro. 

"Chico, então é melhor visitar o lado argentino né?”
Sim, certamente. Visite o lado argentino primeiro para visitar o lado brasileiro. São dois passeios que se completam. 
Enquanto o lado argentino possui como vantagens o contato com a natureza e a proximidade com a Garganta do Diabo, o lado brasileiro tem a seu favor a vista panorâmica e a proximidade com seu hotel.

Detalhe: ao olhar do lado brasileiro para o lado argentino, o que mais me chamou atenção foi a bandeira da Argentina, Já do lado argentino, o que mais me chamou atenção foi o hotel. Nada de bandeira do Brasil. Infelizmente, é nessas horas que percebemos o quanto que somos 'patriotas'.

O Parque Nacional do Iguaçu fica aberto todos os dias, das 09h às 17h.

Parque Nacional do Iguaçu
Avenida das Cataratas, BR-469, KM18
Foz do Iguaçu - Paraná, Brasil
Cartões: crédito e débito (principais bandeiras)

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Dama Bier Stout


Não duvide desta afirmação: cerveja combina com qualquer tipo de comida, inclusive com doces.
A cerveja de hoje, Dama Bier Stout (antigamente chamada de Dama Bier Dark Lady), é mais uma daquelas que combina muito bem com um chocolate. Em Penedo, obviamente, o chocolate escolhido foi o do Joulupukin Suklaa, loja que fica em frente à Casa do Papai Noel.

Dama Bier
Fundada em 26 de Janeiro de 2010 na cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo, a Dama Bier é uma empresa familiar. Seus proprietários viajaram por diversas regiões do mundo, buscando o que há de melhor para produção de cerveja. A fábrica está situada em uma área de 1900m2 localizada no bairro Piracicamirim, e tem capacidade produtiva de 60.000 litros/mês.
A cervejaria está focada na produção de cerveja com diferencial em qualidade e com grande personalidade sensorial. Cada um dos estilos produzidos possui características particulares, tais como: cor, teor alcoólico, amargor, sabor e aroma.
Produziu a série Santa Muerte (Nut Brown Ale e Session IPA) especialmente para a cadeia de lojas Mr. Beer em parceria com o estúdio de tatuagem Tatto You (responsável pela arte do rótulo)

Rótulo antigo

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, opaca, espuma de média formação e curta duração. No aroma, uma explosão de notas de café, ao ponto de sentir o cheio a uns 20cm de distância do copo. O álcool também dá pra sentir no aroma. No sabor, muito café torrado e chocolate meio amargo. O amargor do lúpulo mal dá pra sentir, assim como algo defumado. Retrogosto é amargo, lembrando café. Fica por um bom tempo na boca. Álcool na medida certa, ao contrário do que se esperava no aroma. Carbonatação média/baixa. Corpo médio.
Ao harmonizar com chocolate, as notas de café se potencializam, tornando a experiência bem agradável.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, principalmente quem gosta de café, para se adaptar ao estilo
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Mais ou menos. É boa pra dividir. Com chocolate, facilita
É fácil de encontrar? Sim, em bares especializados
Observações: o rótulo mudou pra melhor, sem dúvidas. A apresentação da cerva decepcionou um pouco, mas compensou e muito quando rolou a degustação. O gosto de café não é tão agressivo, mas também não é suave. Além disso, a cerva tem um dulçor pra ajudar a cada gole. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Dama Bier Stout
Estilo: Stout
Álcool: 6,0%
Cervejaria: Dama Bier
País: Brasil
Comprada em: Bartho Cervejas Especiais - Penedo/RJ
Preço: Uns R$ 20


Tormenta Hoppy Day


Mais uma rodada de degustação durante minha visita a Penedo em 2014. Desta vez, fizemos uma pausa no Don Castro de Havana e provamos dois rótulos: Penedon Red Ale e Tormenta Hoppy Day, a cerveja de hoje.

Sobre a Cervejaria Tormenta
A Cervejaria Tormenta é formada pelo casal de cervejeiros de Piraquara-PR, Tiago Beetz e Lívia Fernandes. A Tormenta nasceu na cozinha de casa e o hobby foi ficando sério de maneira natural. A cena cervejeira de Curitiba cresceu muito nos últimos anos e nós participamos desde o início dessa revolução. 

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, espuma de média formação e baixa duração. Confesso que dei uma leve brochada, pois os relatos eram de uma espuma de alta formação e duração. No aroma, somente lúpulos, trazendo notas de frutas cítricas. No sabor, as notas cítricas predominam (maracujá e abacaxi), deixando a cerva com um amargor característico do estilo. Em segundo plano, tinha algo que lembrasse mel, provavelmente do malte que utilizaram. Retrogosto bem seco e amargo, mas que convida pro próximo gole. Carbonatação média. Álcool presente. Corpo leve.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Talvez. Ela é amarga, mas não tão amarga quanto as outras. Pode ser uma das primeiras pra você experimentar deste estilo
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? No calor, sim
É fácil de encontrar? Sim, em bares especializados
Observações: digamos que seria uma 'light' IPA. Tem todas as características do estilo, mas com tudo suavizado. Somente o amargor do lúpulo que é bem presente. A apresentação me decepcionou, mas tem seu valor. Não crie expectativas.

INFORMAÇÕES
Hoppy Day
Estilo: India Pale Ale
Álcool: 6,5%
Cervejaria: Tormenta
País: Brasil
Comprada em: Don Castro de Havana
Preço: Uns R$ 20


Penedon Red Ale



Mais uma rodada de degustação durante minha visita a Penedo em 2014. Desta vez, fizemos uma pausa no Don Castro de Havana e provamos dois rótulos: Tormenta Hoppy Day e Penedon Red Ale, a cerveja de hoje.

Penedon Brew Pub
Quando o advogado Sérgio Buzzi voltou, em 2001, de uma temporada nos Estados Unidos, quis iniciar um negócio diferente em sua terra natal – Penedo, na Região Serrana do Rio. Logo percebeu que faltava no pequeno distrito de colonização finlandesa (o que moldou o gosto local por sorvete e chocolate) no município de Itatiaia, um lugar que servisse um belo churrasco à moda argentina. Surgia, no ano seguinte, o restaurante Parrilla Penedo, anexo a um hotel.
Bebedor típico das tipo pilsen nacionais, tornou-se representante de vendas da Brahma na região. Ao ganhar de presente um guia sobre cervejas, em 2009, espantou-se com uma informação simples: é possível fazer cerveja em casa
Sendo assim, desde 2011, o Parrilla Penedo deu lugar ao Penedon Brew Pub. Com diversos prêmios já arrecadados neste curto período, a cervejaria tornou-se parada obrigatória em Penedo para os amantes da boa cerveja.

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor marrom escuro, levemente turva, espuma de média formação e duração. No aroma, predomina o malte caramelizado e tostado, com baixo amargor do malte. Sabor acompanha o aroma, com o amargor do lúpulo bem em segundo plano, bem sutil. Retrogosto lembra mate tostado, mas não incomoda. Álcool na medida certa. Carbonatação média. Corpo leve.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, para se adaptar ao estilo
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Mais ou menos. É boa pra dividir
É fácil de encontrar? Fora de Penedo, em pouquíssimos bares especializados
Observações: uma cerveja honesta. Não é o estilo que curto, mas achei um bom rótulo para se apresentar. Vale o investimento, mas não crie expectativas.

INFORMAÇÕES
Penedon Red Ale
Estilo: Irish Red Ale
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Penedon Brew Pub
País: Brasil
Comprada em: Don Castro de Havana
Preço: Uns R$ 20

Casa do Fritz Vienna Lager


Durante minha visita a Penedo em 2014, viagem esta que ficará na minha memória por muito, muito tempo, tive a oportunidade de experimentar dois rótulos da Casa do Fritz: Lager-Hopfen e Com Centeio. A Vienna Lager, a cerveja de hoje, trouxe para experimentar em casa.

Casa do Fritz
Penedo: um pedaço da Finlândia no Brasil.
É no coração do distrito de Itatiaia-RJ que está localizada a Casa do Fritz, o restaurante perfeito para saborear a típica comida suíça e alemã, além de degustar cervejas artesanais especialmente desenvolvidas com matéria-prima de alta qualidade e água pura das montanhas da Região das Agulhas Negras, proporcionando sabor único.
O 'Fritz' – a forma como todos chamam – é muito mais que um restaurante, é também o 'point' do Penedo, um lugar para encontrar os amigos e ver o movimento tomando um chopp bem gelado com petiscos deliciosos e pratos típicos, como o Bratwurst (salsichão branco), o Einsbein (joelho), o Kassler (carré defumado), Chucrute Garnie e batatas.  

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor de cobre/marrom, ligeiramente turva, espuma de alta formação e média duração. No aroma, leve malte tostado e caramelo. No sabor, o mesmo malte tostado e caramelo, com a adição de um amargor de lúpulos herbais (ervas). Retrogosto amargo, lembrando malte. Álcool na medida certa. Carbonatação baixa. Corpo leve.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, boa para apresentar o estilo
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Um pouco
É fácil de encontrar? Fora de Penedo, é bem difícil
Observações: Não é a Vienna Lager dos sonhos, mas é um bom rótulo para conhecer o estilo. Honesta. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Casa do Fritz Vienna Lager
Estilo: Vienna Lager
Álcool: 5,5%
Cervejaria: Casa do Fritz
País: Brasil
Comprada em: Casa do Fritz
Preço: Uns R$ 15

Casa do Fritz Com Centeio


Durante minha visita a Penedo em 2014, viagem esta que ficará na minha memória por muito, muito tempo, tive a oportunidade de experimentar dois rótulos da Casa do Fritz: Lager-Hopfen e Com Centeio, a cerveja de hoje.

Casa do Fritz
Penedo: um pedaço da Finlândia no Brasil.
É no coração do distrito de Itatiaia-RJ que está localizada a Casa do Fritz, o restaurante perfeito para saborear a típica comida suíça e alemã, além de degustar cervejas artesanais especialmente desenvolvidas com matéria-prima de alta qualidade e água pura das montanhas da Região das Agulhas Negras, proporcionando sabor único.
O 'Fritz' – a forma como todos chamam – é muito mais que um restaurante, é também o 'point' do Penedo, um lugar para encontrar os amigos e ver o movimento tomando um chopp bem gelado com petiscos deliciosos e pratos típicos, como o Bratwurst (salsichão branco), o Einsbein (joelho), o Kassler (carré defumado), Chucrute Garnie e batatas.  

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarelo palha, ligeiramente translúcida, espuma de média formação e curta duração. Aroma muito fraco e peculiar, com notas de pão e algo que lembre camomila e cana de açúcar. Sabor acompanha o aroma, com a adição de um dulçor que lembra doce de laranja, mas muito tênue, bem fraco. Álcool imperceptível, mesmo sendo 5,5% de teor alcoólico. Carbonatação baixa. Corpo leve.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não, pode afastar quem não conhece cerveja especial
Tem um bom custo-benefício? Não
É fácil de beber? Não, não mesmo
É fácil de encontrar? Fora de Penedo, é bem difícil
Observações: Da apresentação no copo até o retrogosto, foi um desastre. Certamente, o pior rótulo da Casa do Fritz, o único que você deve evitar. Vale somente para degustação do rótulo no local.

PS: Essa degustação foi realizada em conjunto com a amiga Mariana Diniz. Saudade de tu, criatura divina!

INFORMAÇÕES
Casa do Fritz Com Centeio
Estilo: American Wheat/Rye
Álcool: 5,5%
Cervejaria: Casa do Fritz
País: Brasil
Comprada em: Casa do Fritz
Preço: Uns R$ 15

Casa do Fritz Lager-Hopfen


Durante minha visita a Penedo em 2014, viagem esta que ficará na minha memória por muito, muito tempo, tive a oportunidade de experimentar dois rótulos da Casa do Fritz: Com Centeio e Lager-Hopfen, a cerveja de hoje.

Casa do Fritz
Penedo: um pedaço da Finlândia no Brasil.
É no coração do distrito de Itatiaia-RJ que está localizada a Casa do Fritz, o restaurante perfeito para saborear a típica comida suíça e alemã, além de degustar cervejas artesanais especialmente desenvolvidas com matéria-prima de alta qualidade e água pura das montanhas da Região das Agulhas Negras, proporcionando sabor único.
O 'Fritz' – a forma como todos chamam – é muito mais que um restaurante, é também o 'point' do Penedo, um lugar para encontrar os amigos e ver o movimento tomando um chopp bem gelado com petiscos deliciosos e pratos típicos, como o Bratwurst (salsichão branco), o Einsbein (joelho), o Kassler (carré defumado), Chucrute Garnie e batatas.  

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, espuma de alta formação e duração. Durante toda degustação, a espuma permaneceu lá, até o fim. Já conquista o cliente pela apresentação. No aroma, fica bem perceptível frutas críticas (laranja) e um dulçor interessante. No sabor, as frutas cítricas predominam (laranja e limão), com um malte em segundo plano. Retrogosto bem seco, convidando para o próximo gole. Álcool na medida certa. Carbonatação média.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para Iniciantes? Sim, para se adaptar à cervejas lupuladas (amargas)
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Sim, altíssima drinkability. Desce redonda 
É fácil de encontrar? Fora de Penedo, é bem difícil
Observações: certamente, é um dos melhores rótulos da Casa do Fritz. Digamos que é uma 'quase' IPA. Vale o investimento.

PS: Essa degustação foi realizada em conjunto com a amiga Mariana Diniz. Saudade de tu, criatura divina!

INFORMAÇÕES
Casa do Fritz Lager-Hopfen
Estilo: Premium American Lager
Álcool: 4,6%
Cervejaria: Casa do Fritz
País: Brasil
Comprada em: Casa do Fritz
Preço: Uns R$ 15

sábado, 5 de dezembro de 2015

Cervejaria Serra Gelada - Visconde de Mauá/RJ

No rótulo de cada cerveja, a araucária, árvore típica de Visconde de Mauá

Em junho deste ano, visitei o município de Itatiaia, Região Serrana do Rio de Janeiro, e tive a oportunidade de conhecer os distritos de Penedo, Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. 

Em Visconde de Mauá, uma grande propaganda me chamou atenção: tratava-se de uma cerveja de pinhão, produzida na própria cidade. Lembrei dos amigos que sempre visitam cervejarias em suas viagens e pensei: tá pra mim! Vou na fábrica da Serra Gelada e fazer uma postagem bacana no blog!

Antes de contar como foi a peregrinação para chegar à cervejaria, a Serra Gelada possui duas lojas próprias em Maringá. Seguindo pela estrada RJ-151, vindo de Visconde de Mauá, escolha o percurso Maringá/RJ. A primeira loja fica bem no início do Centro da cidade. Por lá, você deve encontrar, no mínimo, um chope plugado (quando fomos, tinham dois: Dourada e Defumada) e as cervejas da casa, incluindo a famosa sazonal de pinhão.

Neste ponto da RJ-151 que você fará sua escolha
À esquerda, você conhecerá Maringá e Maromba. À direita, o lado mineiro de Maringá e a Cervejaria Serra Gelada
Imagem: Google Maps

A outra loja (bem maior que a primeira) fica em Alto Maringá, um pouco antes do Hotel Warabi e do Maresia de Mauá, ex-Dona Mathilde. Entretanto, por lá, eles só comercializam as garrafas.

Se você viajar para a região e um dos seus objetivos for apenas provar a cerveja local, comprar/degustar os três rótulos já é mais do que suficiente. Caso esteja passando por Maringá ou Maromba e quiser fazer aquela pausa pra tomar um chopinho, melhor ainda. Agora, se você quiser ir além, ou seja, conhecer a cervejaria, prepare as canelas.

Para chegar à cervejaria, seguindo pela estrada RJ-151, vindo de Visconde de Mauá, escolha o percurso Maringá/MG. No final da estrada, você vai passar por uma ponte de madeira, que representa a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

"Mas, Chico... quer dizer que a Serra Gelada não é produzida em Visconde de Mauá?"

Sim e Não.
Não porque ela é produzida no município de Bocaina de Minas
Sim porque parte da vila turística de Visconde de Mauá, em sua maior parte no estado do Rio de Janeiro, ultrapassa a divisa e localiza-se no território de Bocaina de Minas.

Imagem: http://destinocervejeiro.com



Seguindo o percurso, vá em direção à Casa das Velas, pela Alameda Gastronômica. Quando você chegar no Buhler Hotel, o asfalto dá lugar ao cascalho com terra em mão única (que, na verdade, é mão dupla) e será assim até a cervejaria. Ao chegar na Casa das Velas, siga a estrada à direita. Há uma placa escrito "Rua Sem Saída". Ignore a informação e siga até o fim. Vire à esquerda. No fim, haverá uma subida ingrime. Se você for a pé, tomara que você esteja bem condicionado fisicamente. Agora, caso você for com um carro de passeio popular 1.0, assim como eu, boa sorte. Você precisará subir de uma vez. Se parar, vai 'dar ruim'...

Não preciso nem dizer que 'deu ruim' pra mim, certo?
No fim da subida, deixei a rotação do carro cair e ele parou em cima de uma pedra por longos 10 minutos.
Foi então que Miguel, funcionário da cervejaria, apareceu para nos ajudar a sair daquela situação. 
No total, foram longos 20 minutos até que o bravo vermelhinho saísse do lugar. Graças ao Anjo Miguel :P

O galpão da cervejaria é bem simples, tudo bem artesanal. Não há um guia de visitação, mas Miguel nos explicou como funciona cada equipamento, desde a fervura até o envase. 



Por sorte, estava rolando no dia o envase da Serra Gelada Dourada e rolou uma prova diretamente 'da fonte'. Para fechar com chave de ouro, o Anjo Miguel nos presenteou com uma garrada desse chope, devidamente degustado assim que chegamos no Rio de Janeiro.

Sim, essa é a Cervejaria Serra Gelada. Bem simples, mas que produz uma boa cerveja de pinhão

A Cervejaria Serra Gelada fica aberta para visitação de terça a sábado, das 7 até às 16 horas. Quando tem feriadão, eles costumam esticar até às 17 horas
Não é necessário agendar visitação: é só passar lá e dá um oi.
Se estiver chovendo, pense duas vezes, pois a estrada não é muito boa.




INFORMAÇÕES
Cervejaria Serra Gelada
Endereço: Alameda Gastronômica, s/n (10min de carro a partir da Casa das Velas) - Vila de Maringá - Bocaina de Minas/MG 
Fone: (24) 3387-1210 / 3387-1476 / 99811-7048 
Site: http://cervejariaserragelada.blogspot.com.br (não atualizado desde 2014)



O mapa não indica a posição exata da cervejaria, mas este é o caminho a ser seguido.
Não tem erro deste ponto em diante. Você vai conseguir chegar lá

domingo, 29 de novembro de 2015

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos



No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

Neste ano, resolvi adquirir o passaporte para os quatro dias de festival. Uma decisão sábia, tendo em vista que eram mais de 800 rótulos a disposição e o evento foi uma ótima oportunidade para rever grandes amigos que a correria do dia-a-dia impiedosamente trata de nos separar.

Se não tivesse tirado foto do ingresso, jamais teria essa recordação

De todos que reencontrei neste ano, três pessoas merecem um destaque especial: Vinícius Aleixo (um dos sócios do Hopfen Cervejas Especiais), Adilson Rodrigues (um dos sócios do CervejáRio) e Ton Salomão (um dos caras que mais me ensinou a analisar cervejas artesanais). 

O que eles três tem em comum? 
Foi com a ajuda deles que fiz esta postagem, identificando os pontos positivos e negativos do 3º Mondial de La Bière Rio. 

Pontos Negativos

Obviamente, vamos começar 'metendo o malho' na organização. É o que os 'formadores de opinião' sempre fazem :P

• Climatização: temos que reconhecer que São Pedro deu aquela força no evento, porque o calor que fez na quinta-feira foi absurdo. Não havia diferença entre ficar dentro ou fora do Armazém 4. Já no Armazém 3, com o entra-e-sai da galera, o ar condicionado pedia totalmente sua eficácia. Quem foi nos outros três dias e achou 'abafado', agradeça por não ter comprado ingresso pra quinta-feira.

• Pontos de hidratação: mas como assim reclamar dos pontos de hidratação, Chico? Você ficou maluco? 
Claro que não! É uma excelente ideia da organização colocar vários pontos de hidratação e a reposição era rápida. Entretanto, servir água quente para o público (ou em temperatura ambiente, como preferir) não foi nada legal. Caso o visitante quisesse beber água gelada, tinha que desembolsar 5 reais. 

Imagem: Guia Virtual das Cervejas Artesanais do Brasil

• Cartão de crédito: nesta edição, para comprar as fichas, os caixas só aceitavam pagamentos em dinheiro ou débito. Espero que, no próximo ano, a opção crédito volte a ser aceita.

• Banheiros: o verdadeiro "Calcanhar de Aquiles" deste ano. A reclamação foi geral, ao ponto do público feminino ficar mais de 30 minutos na fila para utilizar o banheiro. Para piorar a situação, a organização fez 'pouco caso' com a reclamação de um dos meus amigos (sim, a atendente não deu muita credibilidade para a queixa realizada por alguém do sexo masculino). 
A logística do banheiro foi bastante falha, tendo em vista que as filas cruzavam os corredores do evento. Há quem diga que existiam banheiros químicos (sim, eu os vi), mas cadê que eles estavam indicados no mapa?

• Logística das cervejarias: quem optou por ir somente no domingo ficou decepcionado com algumas cervejarias. Tupiniquim, por exemplo, só tinham 4 torneiras disponíveis. Na Bodebrown, todos os barris roncaram no sábado. Invicta nem plugou o Damiana (até sábado, não vi plugado). Isso sem contar com algumas cervejarias que fizeram falta neste ano, como Dum, Way, Pagan etc.

• Internet: muita gente reclamou que o sinal estava péssimo no local, fato este que não aconteceu nas edições passadas. Afinal de contas, o público era maior e todo munto queria tirar aquela selfie bacana para postar nas redes sociais ou creditar mais um check-in no Untappd.
Aliás, muita gente sugeriu que a organização disponibilizasse wi-fi gratuito na próxima edição. Um exagero, mas...

• Aplicativo: boa sacada da organização disponibilizar um aplicativo oficial do evento. Entretanto, como sou usuário do Windows Phone, não fui contemplado. Até entendo a complexidade de elaborar aplicativos para a plataforma, mas planejamento poderia ser uma palavra chave para atender os usuários dos três principais sistemas operacionais de smartphones.

• Público: Sim, o público foi um ponto negativo deste evento por diversos aspectos. 
- Muita gente furando fila dos banheiros (principalmente mulheres)
- Muitos desentendimentos por conta dos homens solteiros cobiçarem as mulheres acompanhadas
- Muitos homens solteiros achando que aquilo era micareta, ao ponto de ouvir frases hilárias como "perai que vou ali pegar uma mulher" ou "cara, você é linda, juro, muito linda"
- Roubo de utensílios das cervejarias como, por exemplo, o barril da 2cabeças da Marry me in Rio, receita produzida na Dinamarca em parceria com a cervejaria Amager Bryghus. 
- Pessoas que se achavam donas das cadeiras e não levantavam por nada, ao ponto de ver pessoas comendo em pé, enquanto os preguiçosos estavam sentados papeando.
- Pessoas que reclamavam dos valores cobrados pelos chopes e pelo copo ser de 'apenas' 200ml, medida esta padrão desde a primeira edição do festival.

Ou seja, tudo girou em cima da falta de educação, um grande problema que assola a população brasileira

Copo de 2014 (a esquerda) e de 2015 (a direita)
Quem inventou a história que, no ano passado, cada dose era de 300ml estava mentindo


Pontos Positivos

A lista também será grande, até porque o evento foi um grande sucesso.

• Transfer: quando ouvi que o evento seria no Pier Mauá, logo pensei no caos que seria chegar até lá. Com a cidade em obras, encontrar com bom caminho seria desafio semelhante a um dos 12 trabalhos de Hércules. Entretanto, a organização acertou em cheio, ao disponibilizar ônibus partindo da Candelária. 


• Pier Mauá: obviamente, o local escolhido merece destaque. Impressionante como o festival era realizado num espaço minúsculo. Somente nos stands mais badalados (ex: Bodebrown, Tupiniquim, Brassaria Ampolis, Jeffrey etc) que era difícil de circular e, aos olhos dos visitantes, a infraestrutura para os expositores era razoavelmente boa. 

Mesmo em obras, o Pier Mauá foi uma excelente escolha pra sediar o evento

• Alimentação: esquecendo o lance das cadeiras e do calor infernal, foi uma ótima sacada ter colocado diversos food trucks ao longo da área externa do Pier, com vista panorâmica para a Baía de Guanabara. Conversei com Felipe Barbosa, que estava no food truck do Boteco do Toninho e ele me disse que a ralação foi monstruosa em todos os dias de evento. Parece a fome da galera foi além do que a organização esperava rsrs


• Compra de tíquetes: com vários pontos de venda de tíquetes (ou estalecas ou cartoletas ou INSIRA O SEU APELIDO PARA O DINHEIRO AQUI), não vi dificuldade alguma para comprar. As filas também eram bem reduzidas nos stands das cervejarias, tendo em vista o maior número de opções neste ano.

• Preços: mesmo com aumento dos impostos sobre os insumos para produção de cervejas, os preços desta edição estavam bem razoáveis. Claro que alguns rótulos estavam com preços inflacionados (leia-se, cervejas badaladas que caíram no gosto popular), mas o que dizer da Bodebrown Perigosa a 6 reais? Weird Barrel Pirate´s Flip a 8 reais? Tupiniquim Polimango, Colorado Vixnu e Penedon Bauréééti a 10 reais? Tudo era questão de pesquisa, algo disponível no...

• Cardápio: outro ponto positivo do evento. O cardápio foi disponibilizado com certa antecedência, dando tempo para pesquisar e montar a lista de cervejas a serem degustadas com antecedência. O único problema foi não divulgarem os preços das cervejas no Petit Pub, mas isso é o de menos.

• Limpeza: eles contrataram aqueles robôs do Wall-E, só pode. Vira e mexe alguém deixava o copo cair e, milagrosamente, não tinha um caco de vidro no chão. 

• MBeer Contest: pela primeira vez, o concurso para eleger a melhor cerveja do Mondial de La Bière é realizado no Brasil. Como o resultado foi anunciado na sexta-feira, 15/11, pela curadora do festival internacional, Cilene Saorin, só mostra a importância do evento, que cada vez mais se solidifica em solo nacional


No geral, o 3º Mondial de La Bière Rio foi um sucesso e, sinceramente, superior aos demais anos. Mesmo com os erros da organização em alguns pontos, muito por culpa de um processo de expansão que talvez eles mesmos não estavam preparados, não podemos negar que o saldo final foi positivo.

Sendo assim, com os erros e acertos desta edição, o evento do próximo ano (que já está confirmado) tem tudo para dar certo e ser melhor que o desse ano.

E aí, você lembra de algum outro ponto positivo e/ou negativo do Mondial deste ano.
Deixe seu relato nos comentários!

Imagem: Guia Virtual das Cervejas Artesanais do Brasil