Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

BrewDog Punk IPA


Da mesma forma que a Rogue, é sempre bom conhecer também as cervejas produzidas pela BrewDog. Felizmente, dessa eu já tinha ouvido falar, principalmente da Hardcore e da Punk IPA. Quando o Hopfen anunciou que iriam colocar o chope da Punk IPA, tratei de reservar minha terça-feira.

Como vocês já estão acostumados, um pouco da história da cervejaria. Dessa vez, recorri ao texto disponibilizado no site Prova Essa:

A cervejaria BrewDog foi oficialmente lançada em 2007. Watt e seu sócio, Martin Dickie, montaram o novo negócio com apenas 24 anos e um empréstimo para começar. O resultado em 2011 foi um faturamento de 7 milhões de libras e um crescimento em vendas de 250% nos últimos dois anos. Hoje a BrewDog é a maior cervejaria artesanal independente da Escócia.

Tudo isso foi possível graças ao posicionamento diferenciado e personalidade forte criada para a marca. As campanhas de marketing nas redes sociais é agressiva. O objetivo é mudar a cultura monótona de beber cerveja, fazendo bebidas inovadoras, progressistas e cheias de sabor. A imagem de cada cerveja  é expressa em rótulos provocativos como “Sink the Bismarck!”, a mais alcóolica do mundo, ou “Trashy Blonde”.  

Antes de tudo, deixo bem claro que o relato abaixo é do chope. Ainda provarei a cerveja pra fazer uma comparação.

Cerveja alaranjada, turva e com espuma de longa duração. No aroma, lúpulo e fruta cítrica, algo que lembre laranja lima e limão. O sabor acompanha o que se nota no aroma, ficando bem evidente o sabor de fruta cítrica. Bem leve no malte e no álcool. Carbonatação baixa e final bem seco.

Conclusão: Ê cervejinha boa, viu. Bem equilibrada, desce redonda. Para quem gosta de cervejas lupuladas, é uma excelente pedida. Mais do que recomendada!

INFORMAÇÕES
BrewDog Punk IPA
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 6,0%
Cervejaria: BrewDog
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 19,50 (paguei este valor chope que rolou no dia 10/12/2013) / R$ 26,50 (garrafa)

Rogue Yellow Snow IPA


Já foi a um autódromo e perguntou "Quem é esse tal de Senna" ou a um jogo do Vasco e perguntou "esse Juninho Pernambucano era goleiro"? 

Sabe, algumas perguntas podem ser tão óbvias para uns, mas muito esclarecedoras para quem é novo no assunto. Foi assim que me senti quando perguntei "essas cervejas da Rogue são boas mesmo?". Ato falho de iniciante, eu sei. Entretanto, há uma explicação plausível: nunca provei uma cerveja deles (até pelo fato de ser um pouco acima da média) e, da mesma forma, nunca conversaram comigo sobre esta cervejaria. Então, numa ação conjunta de três pessoas na mesa, resolvemos partilhar uma garrafa de 650ml da Rogue Yellow Snow IPA.

Novamente, recorrendo aos sites para saber um pouco mais sobre a Rogue Ales Brewery, fiz um resumo coletado do blog O Contador de Cervejas e do Tarantino Multi Beer (importadora das cervejas da Rogue)

Rogue é uma pequena revolução, que se expressa por meio de cervejas artesanais, e essa é a maneira como a cervejaria é conduzida. O espírito da marca, até mesmo o nome, sugere uma revolução, um incentivo para que as coisas sejam feitas de forma diferente. As cervejas são criadas para terem um caráter único, inovador na composição e na fabricação, sem comprometer a qualidade. A Rogue acredita que se não for pra ser assim, a cerveja nem precisa ser feita.

A Rogue é uma cervejaria do Oregon, no noroeste dos Estados Unidos. Fundada em 1988 na cidade de Ashland, acabou mudando suas operações para Newport, onde está sediada atualmente. Muito mais que uma cervejaria, a Rogue é quase um estilo de vida. Através do Manifesto Rogue, externa toda filosofia da empresa, que é justamente o bom e velho sonho americano: acreditar na capacidade individual, nos pequenos negócios, na honestidade e na cooperação voluntária. 

Segundo o site da Brejas, a "Yellow Snow IPA foi originalmente lançada para as Olimpíadas de Inverno de 2000, em Salt Lake City, e é uma homenagem aos esportes de inverno de todo lugar – esqui, snowboard, hockey e até mesmo curling". Interessante. Curti =D

Vamos lá: Cerva dourada, turva e com espuma de longa duração. No aroma, consegui apenas notar algo cítrico, talvez proveniente do lúpulo. O sabor acompanha o aroma, com o malte muito em segundo plano, isso sem contar com o álcool que não é tão assertivo. Carbonatação média.

Conclusão: Curti demais esta cerva. Ela tem um amargor bem presente, mas que não incomoda em nenhum momento. Bem equilibrada. Na próxima vez, vou comprar uma unidade aqui pra casa e aprender a fazer um chili ou comer com carne. Vai descer redondo, com certeza. Vale e muito o investimento

INFORMAÇÕES
Rogue Yellow Snow IPA
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 6,2%
Cervejaria: Rogue Ales Brewery
País: Estados Unidos
Comprada em: Hopfen
Preço: Não lembro! Aeeeee! \o/

Backer 3 Lobos Pele Vermelha


Estou na fase de beber IPA, então, acredito que a sequência nesse estilo vai continuar. A de hoje será a 3 Lobos Pele Vermelha. Já tinha bebido essa cerva no Il Piccolo Café e não gostei. Então, resolvi dar uma segunda chance a ela.

Cervejaria Backer
Tudo começou com o sucesso do chopp Backer, lançado na  inauguração da churrascaria Porcão de Belo Horizonte. A grande aceitação que a receita do chopp artesanal teve, levou à produção da cerveja Backer, a primeira cerveja artesanal do estado de Minas, originária da Serra do Curral. Aposta dos irmãos Halim e Munir Khalil, a companhia chegaria ao mercado mineiro em Outubro de 2005.

Cerveja com cor de caramelo, com espuma de curta duração e ligeiramente turva. No aroma, fica bem evidente o lúpulo e o cítrico que remete ao que seria casca de laranja, com o malte em segundo plano. O sabor acompanhou exatamente o aroma, só que com o lúpulo mais discreto, deixando mais em evidência o cítrico da laranja.

Conclusão: Boa cerveja, talvez seja uma IPA que você deva experimentar para começar neste estilo, ainda mais para quem gosta de laranja, por não ter o amargor muito forte.

INFORMAÇÕES
3 Lobos Pele Vermelha 
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 6,9%
Cervejaria: Cervejaria Backer
País: Brasil
Comprada em: Hopfen
Preço: Não lembro! Aeeeee! \o/

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Bier Hoff IPA


Como já disse em postagens anteriores, a partir do momento que você gosta de uma cerveja do tipo IPA, é um caminho sem volta. Tem dias que você está disposto a beber uma IPA, 'haja o que hajar'. 

Olhando as opções na prateleira, cheguei até esse rótulo da Bier Hoff. Como não conhecia esta micro cervejaria, recorri ao site Mestre Cervejeiro, que fez uma matéria bem interessante sobre o lançamento nacional de suas cervejas.

A cervejaria Bier Hoff nasceu dentro de um shopping em Curitiba e sempre se propôs a produzir para consumo dos clientes dentro do próprio restaurante. Portanto, o foco eram estilos mais comuns e fáceis de ser aceitos pelo público. Agora, quase 10 anos depois da criação e com sete estabelecimentos no Paraná e em Santa Catarina, ela entra em nova fase. Vai investir em cervejas especiais.

Já aprovados no Ministério da Agricultura, cinco novos rótulos esperam para ser lançados em 2011 e 2012: Indian Pale Ale, Rauchbier, Red Ale, Porter e Stout. Os atuais (American Lager, American Lager não filtrado, Weizenbier e Dunkel), já disponíveis nos restaurantes em forma de chope, passarão a ser envasados e distribuídos em mercados, bares, restaurantes e estabelecimentos de cervejas especiais.

“Estamos percebendo que existe um movimento no mercado de conscientização do público em relação às cervejas especiais. Mais ou menos o que aconteceu com o vinho há cerca de 15 anos atrás. É hora de investir. Estamos produzindo há quase uma década e nunca entramos nesse mercado de cervejas gourmet de forma mais focada”, explica o sócio proprietário Mario Neto que, ao lado de Valdecir Scopel, investe na ideia.

Bem, essa análise foi um pouco comprometida por estar conversando com amigos na mesa, mas lá vai: cerveja avermelhada (pode ser alaranjada, a iluminação não ajudou), com espuma de média duração e pouco turva. No aroma, predomina o lúpulo e um álcool bem discreto. No sabor, lúpulo e caramelo foi o que consegui identificar com mais clareza. Carbonatação média.

Conclusão: Olha, custo x benefício excelente. Não é uma "nossa, que p**a cerveja", mas é uma ótima opção brazuca. Vale a pena comprar.

INFORMAÇÕES
Bier Hoff IPA
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 6,8%
Cervejaria: Bier Hoff Micro Cervejaria
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Não lembro! Aeee! \o/

domingo, 22 de dezembro de 2013

Casa do Fritz Red Ale com Beterraba


Esse foi um presente de uma amiga que trabalhava em Penedo, região serrana do Rio de Janeiro. O mais engraçado é que foi nessa cidade que comecei efetivamente a beber cerveja. Então, como ainda não sabia da existência da Casa do Fritz, ela tratou de trazer uma unidade pra mim.

Casa do Fritz
Penedo: um pedaço da Finlândia no Brasil.
É no coração do distrito de Itatiaia-RJ que está localizada a Casa do Fritz, o restaurante perfeito para saborear a típica comida suíça e alemã, além de degustar cervejas artesanais especialmente desenvolvidas com matéria-prima de alta qualidade e água pura das montanhas da Região das Agulhas Negras, proporcionando sabor único.
O 'Fritz' – a forma como todos chamam – é muito mais que um restaurante, é também o 'point' do Penedo, um lugar para encontrar os amigos e ver o movimento tomando um chopp bem gelado com petiscos deliciosos e pratos típicos, como o Bratwurst (salsichão branco), o Einsbein (joelho), o Kassler (carré defumado), Chucrute Garnie e batatas.

O mais interessante desta cerva é o fato de trazer beterraba em sua composição e admito que isso me deixou bastante curioso.

Cerveja avermelhada, pouquíssimo translúcida e com espuma de curta/média duração. No aroma, consegui notar apenas um caramelo típico de algumas red ales. No sabor, esse dulçor predomina, mas não enjoa. Fora isso, ela também é uma cerva levemente ácida e de baixo amargor. Mal dá para notar o álcool, o que facilita a degustação. Carbonatação média.

Conclusão: Olha, se você não gosta daquele forte amargor da cerveja e quer algo adocicado, talvez esse seja um ótimo rótulo pra você. Aliás, não espere sentir gosto de beterraba, pois a proposta de incluir esta planta (achismo meu) seja apenas pra deixá-la um pouco mais doce. Como estão nos planos voltar a Penedo no próximo ano, uma visita à Casa do Fritz para provar o chopp não seria uma má ideia.

Atualizado em 12/12/2015

Conforme prometido, retornei a Penedo para provar o chopp da Red Ale com Beterraba.


A coloração da cerveja é bem mais avermelhada, puxando pra um rosa escuro, algo que não se vê na versão em garrafa. A espuma também tem um tom rosa, mas bem de leve.

A beterraba fica perceptível no chope. Carbonatação média. Final levemente doce, em segundo plano, pois as notas de malte são predominantes.

Quando estiver em Penedo, passe na Casa do Fritz e peça esse chope. Sério.

INFORMAÇÕES
Casa do Fritz Red Ale com Beterraba
Estilo: Spice/Herb/Vegetable Beer
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Casa do Fritz
País: Brasil
Preço: Gift (valeu, Cruges!)

Amazon Beer Taperebá Witbier


Foi na degustação do Pivo Bier que conheci a microcervejaria Amazon Beer, quando provei a Stout Açaí. Como foi a última cerva do dia e já estava mais pra lá do que pra cá, não lembro direito do gosto dela. 

Sobre a Amazon Beer
A Amazon Beer iniciou suas atividades, em maio de 2000, com o lançamento de duas cervejas “clássicas” - a Forest e a River: uma pilsen leve e outra mais encorpada e mais forte (5% de teor alcoólico). Ambas foram criadas pelo mestre cervejeiro Izair Traversin com a consultoria de Reynaldo Fogagnolli, então mestre cervejeiro da Cervejaria Continental em São Paulo (hoje extinta) e atual dono da Cervejaria Universitária em Campinas. Os nomes em inglês da cervejaria e dos produtos mostram claramente o quanto está tudo orientado em função do turismo e dos visitantes estrangeiros, um caso bastante raro no Brasil.

Pois bem, certo dia fui buscar um Cloth Myth na agência dos Correios em São Cristóvão e decidi passar na Premium Brands para ver se tinha alguma novidade. Foi aí que me surpreendi com a linha de cervas da Amazon Beer, todas elas elaboradas com frutas típicas do norte do Brasil: além da Stout Açaí, tinha também a Florest Bacuri, a IPA Cumaru, a Red Ale Priprioca e a Witbier Taperebá. Resolvi levar a última lá pra casa, até para fazer uma surpresa para minha mãe, que gosta muito de comer cajá.

Cerveja dourada, com espuma de curta/média duração, alaranjada e levemente turva. No aroma, notei mais algo que lembrasse laranja do que cajá. No sabor, além do sabor cítrico, predominou um dulçor interessante, que não era enjoativo, mas que atrapalhou para degustar toda a cerveja. Carbonatação alta.

Conclusão: como se trata de uma witbier, esperava uma cerva um pouco mais amarga. No calor, se ela estiver bem gelada, desce fácil. E se você nunca comeu cajá, segue a sugestão de provar a fruta primeiro para depois experimentar esta cerva. Será muito mais proveitoso.

INFORMAÇÕES
Amazon Beer Taperebá Witbier
Estilo: Witbier
Álcool: 4,7%
Cervejaria: Amazon Beer
País: Brasil
Comprada em: Premium Brands
Preço: R$ 15,00 (eu acho, a verificar)

sábado, 21 de dezembro de 2013

Gouden Carolus Hopsinjoor


Li muita HQ na minha infância/adolescência. Por exemplo, vi a saga do Chacal, Manopla do Infinito, casamento e morte do Super Homem, a queda do Batman, retorno de Reed Richards, Massacre e muitas outras. Então, quando vejo toda e qualquer adaptação dos quadrinhos para a tela do cinema, sempre fico meio receoso. Minha expectativa é ver um filme bem similar à história que li há 15 anos atrás. Só que a realidade é bem diferente. A adaptação é muito mais comercial, para atrair o público de hoje. Nada contra, os caras estão certíssimos, só que afasta aquele fã mais saudosista. 

Aprendi a gostar destas adaptações. Tento encarar como uma nova história, sem estabelecer relação com o que já foi escrito nos quadrinhos. Sim, é uma tarefa MUITO difícil.

Foi com esse pensamento que decidi assistir Thor 2: O Mundo Sombrio. Já sabendo que iria me decepcionar com o filme (e, realmente, me decepcionei um pouco), resolvi provar uma cerveja diferente antes de entrar no cinema. A escolhida do dia foi a Gouden Carolus Hopsinjoor.

Novamente, recorri ao blog Para Que Você Cerveja para trazer um pouco sobre a história dessa cervejaria:

A cervejaria Het Anker, que significa a âncora, é uma das mais antigas em funcionamento na Bélgica. As primeiras evidências da cervejaria estão nos registros dos fabricantes de cervejas da cidade de Mechelen em 1369. No século 15 a cervejaria ocupava cerca de um terço da cidade e fazia parte de uma beguinaria, um claustro de freiras.

Em 1872, Louis Van Breedam e sua irmã adquiriram o controle sobre a cervejaria Het Anker e a transformaram em uma das mais modernas cervejarias operadas à vapor naquele tempo. Durante a I Guerra Mundial a atividade de fabricação de cerveja foi interrompida e os equipamentos, que eram de cobre, foram usados para fabricação de armas, fato muito comum nas cervejarias de países ocupados por tropas alemãs durante as Guerras.

Em 1990, Charles Leclef, da quinta geração da família Van Breedam, assumiu o controle sobre a cervejaria. Os equipamentos para a fabricação de cerveja foram todos modernizados para garantir a estabilidade e a qualidade dos produtos. Novas cervejas foram lançadas e alcançaram sucesso internacional.

Cerveja dourada, bem turva e com uma espuma muito densa e de longa duração. Sinceramente, é uma cerveja muito bonita por conta disso. A espuma não se desfez em momento algum. No aroma, sobressai mais lúpulo e algo frutado, que não consegui identificar do que era, e álcool. No sabor, esse álcool fica 'escondido' na mistura de doce e amargo que essa cerva (muito bem encorpada) traz. Tudo isso na medida certa. Carbonatação média.

Conclusão: Excelente surpresa. Peguei essa cerva pra passar o tempo e gostei muito. Até agora, todas as cervas belgas que experimentei e que tem um pouco mais de lúpulo me agradaram bastante. Vale cada centavo.

INFORMAÇÕES
Gouden Carolus Hopsinjoor
Estilo: Belgian Specialty Ale
Álcool: 8,0%
Cervejaria: Brouwerij Het Anker
País: Bélgica
Comprada em: Mr. Beer - Shopping Tijuca
Preço: Não lembro, mas foi menos de R$ 30,00

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

2cabeças Maracujipa


Acho que já comentei sobre isso aqui no blog, mas não custa nada repetir. Assim que adotei a política do "Beba menos, mas beba melhor", me falaram que IPA é um caminho sem volta. De início eu não entendi direito o que queriam me dizer, mas hoje dou total razão.

Vamos aos fatos: a cerveja do tipo IPA (India Pale Ale) foi criada pelos ingleses durante a colonização da Índia. Para resistir a travessia do oceano até o continente asiático, uma viagem que durava meses, esta cerveja de cor âmbar recebeu uma dose extra de lúpulo, o aromatizante natural das cervejas, e que possui atividade antibiótica. Além da alta  lupulagem, a cerveja também era mais alcoólica que as Pale Ale que eram consumidas na época e, portanto, conferiam maior durabilidade a cerveja. Como resultado se originou uma cerveja encorpada e com aroma de lúpulo bastante definido e fresco.
Texto retirado do site Sinnatrah Cervejaria Escola.

Particularmente, meu primeiro contato com uma IPA não foi muito legal. Bebi a Brooklyn East India Pale Ale com muita dificuldade. Acho que a segunda foi a Colorado Vixnu e foi aí que comecei a gostar do estilo. Daí pra frente, realmente, foi um caminho sem volta. Hoje em dia, quando estou de bobeira, peço ou a Morada Double Vienna ou então uma IPA.

Pois bem, sempre quando o assunto é IPA, todos só faltavam me agredir quando falava que nunca tinha provado a Maracujipa. Então, numa dessas visitas ao Hopfen, pedi uma 'ampola' para fazer meu julgamento...

Cerveja com cor de cobre (um pouco alaranjada), um pouco turva, com espuma branca e de média duração. No aroma, a galera sempre fala que o maracujá fica bem evidente, mas eu só consegui notar lúpulo. Somente no sabor que o maracujá aparece, com muito lúpulo e um gosto de laranja bem fraquinho. Carbonatação baixa.

Conclusão: olha, imperdível para quem gosta de IPA. Se você não bebeu este tipo de cerva,  Talvez (veja bem, TALVEZ) possa ser uma boa pedida, por ter esse gosto de maracujá. Vale (e muito) o investimento.

INFORMAÇÕES
Maracujipa
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 7,5%
Cervejaria: 2cabeças
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 25,00 (eu acho, a verificar)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Invicta 1000 IBU


É como sempre digo: cerveja com história é outra coisa. Essa foi degustada na companhia de dois alunos do curso de formação de sommelier de cervejas (SENAC/RJ), sendo um já formado e outro em formação, e com Sérgio Fraga, um dos proprietários da Cervejaria Fraga. ou seja, eu era O intrometido no recinto. 

Uma curiosidade que tive no dia foi justamente no nome da cerveja: por que 1000 IBU? Retirei do blog Calmantes com Champagne 2.0 um texto sobre o lançamento desta cerva, que explica um pouco sobre o nome dela:

Uma das micro cervejarias mais elogiadas de 2012/2013, a Invicta, de Ribeirão Preto, comemora dois anos com um lançamento especial, e polêmico, a Invicta 1000 IBU. O IBU é o International Biterness Unit, escala que mede o amargor de uma bebida. Uma Brahma, por exemplo, fica entre 10 e 15 IBU. Uma autêntica pilsen tcheca chega a 35 de IBU. Essa Invicta 1000 IBU, porém, não tem tudo isso de amargor. Com a palavra, o mestre cervejeiro da casa ribeirão-pretana, Rodrigo Silveira, em aspas publicadas no blog Maria Cevada: “Ela foi calculada pra 1000 IBU, mas como cervejeiro e engenheiro, tenho que saber que é impossível chegar aos 1000 IBUs, a cerveja satura. Pelos cálculos matemáticos que usamos para fazer a cerveja, ela foi planejada para ter 1000 IBUs, a carga de lúpulo é para isso, mas se for feito um teste em laboratório, é claro que não vai ser 1000 IBUs”.

Se quiser entender um pouco mais sobre o que é IBU, recomendo que você leia estes posts do Homini Lúpulo e do HUMMMM, CERVEJA!!!!!. Vale a pena.

Cerveja de cor âmbar, levemente translúcida e com espuma de curta duração. Além do lúpulo, consegui apenas identificar frutas cítricas no aroma. No sabor, meu paladar foi totalmente cortado com tanto lúpulo nesta cerva. É de um amargor impressionante, muito mais do que a East India e a Vixnu. Também tem como sentir um pouco de caramelo, mas foi tão tênue para mim que só fui notar quando a cerva esquentou um pouco. Carbonatação baixa.

Conclusão: Se você está começando a beber cervejas artesanais ou de microcervejarias, acredito que não seja a hora de você prová-la. Se a curiosidade bater, divida a garrafa com mais duas ou três pessoas. Agora, para os adoradores de lúpulo, é uma cerveja obrigatória. 

INFORMAÇÕES
Invicta 1000 IBU
Estilo: Imperial / Double IPA
Álcool: 8,0%
Cervejaria: Cervejaria Invicta
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 26,00 (eu acho, a verificar)

sábado, 14 de dezembro de 2013

Duvel


Como já citei no post anterior sobre a Duvel Triple Hop 2013, nada melhor do que falar sobre a Duvel tradicional. Essa eu resolvi degustar no quiosque do Dr. Cerveja, enquanto aguardava três amigas para jantar no Outback.

Para não perder o costume, segue abaixo um pouco de cultura. No blog Mundo das Marcas tem uma excelente história sobre a cervejaria:

Uma cerveja única, de sabor inconfundível, produzida com cuidado e devoção. Assim é a DUVEL (pronuncia-se Dú-véu, em português), considerada uma das melhores cervejas do mundo por ser extremamente complexa e alcoólica e ao mesmo tempo agradável e fácil de beber. É uma cerveja clássica que deu início ao estilo Belgian Golden Strong Ale. 

Cerveja loura, um pouco translúcida, com espuma branca e de longa duração. Linda demais, sinceramente. No aroma, ficou bem evidente abacaxi e lúpulo. Destacou-se de tal forma que não consegui perceber mais nada. No sabor, ela é uma cerveja bem cítrica, com frutas deste gênero (abacaxi e ou mais outras frutas que não soube identificar) e um dulçor no final. Carbonatação alta e álcool bem assertivo, mas que se fosse em menor quantidade acho que não iria gostar.

Conclusão: Armaria! Que cerveja gostosa, viu. Só que é o seguinte: essa é para beber com moderação, literalmente. Ela pede um segundo gole, terceiro gole, uma nova garrafa e por aí vai. Todo cuidado é pouco! Excelente cerveja, que só me desagradou um pouco pelo fato da carbonatação.

INFORMAÇÕES
Duvel 
Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Álcool: 8,5%
Cervejaria: Brouwerij Moortgat
País: Bélgica
Comprada em: Dr. Cerveja
Preço: R$ 23,00

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Duvel Tripel Hop 2013 (Sorachi Ace)


A primeira vez que vi essa cerva foi lá em Uberlândia-MG. Resolvi então trazer uma unidade comigo, junto com muitos queijos e doce de leite.

Desta vez, resolvi recorrer a uma descrição comercial e encontrei esse belo texto no blog Cerva Nossa:

A Duvel é tradicionalmente fabricada com duas variedades de lúpulo. A Duvel Tripel Hop é fabricada com três variedades de lúpulo e a cada ano o terceiro lúpulo é alterado para fornecer seu próprio sabor único e aroma. Isso mantém o perfil final de sabor surpreendentemente emocionante para qualquer amante verdadeiro de cerveja. Para 2013 nossos cervejeiros selecionaram o lúpulo exótico Sorachi Ace do Japão.

Lúpulos Sorachi Ace são adicionados novamente durante “dry-hopping”, extraindo aromas adicionais de lúpulo na cerveja. A maior intensidade aromática da cerveja complementa o teor final do álcool de 9,7%.

Cerveja bem dourada, levemente translúcida, com espuma de longa duração e bem cremosa. No aroma, apenas consegui identificar lúpulo. No sabor, fica bem evidente lupulo e frutas cítricas (algo parecido com laranja). Forte amargor no final. Carbonatação baixa. Ah sim, o álcool fica em segundo plano.

Conclusão: excelente cerveja. Faltou um petisco para acompanhar a bebida, porque é o tipo de cerva que vai te derrubar se estiver de estômago vazio. Vale a pena o investimento.

INFORMAÇÕES
Duvel Tripel Hop 2013 (Sorachi Ace)
Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Álcool: 9,7%
Cervejaria: Brouwerij Moortgat
País: Bélgica
Comprada em: Santo Malte - Uberlândia/MG
Preço: R$ 23,00

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

St. Bernardus Prior 8


Antes de sair para o show do Helloween e Gamma Ray, resolvi beber uma cerveja daqui do estoque. A escolhida foi a St Bernardus Prior 8. Como já bebi a Tripel, Abt 10 (falta o review dessa) e a Pater 6 (todas muito boas), a expectativa era grande. 

Coloração marrom escura, turva e com espuma de longa duração, que durou até o fim. No aroma, ficou muito assertivo um doce que não soube reconhecer do que se tratava. No sabor, pude confirmar algo que havia sentido no aroma: álcool. Que cerveja pra ter o álcool tão evidente! Mas isso não a compromete não, porque ela deixa bem equilibrado o sabor de caramelo (bem fraco, mas dá pra notar) e um pouco de malte torrado. Carbonatação alta.

Conclusão: Não tem como não ser fã das cervejas da St. Bernard Brouwerij. Totalmente excelente. Seria uma boa beber essa cerva em um dia mais frio, com um bom queijo. Talvez deguste essa cerva nesses moldes. É uma pro futuro...

INFORMAÇÕES
St. Bernardus Prior 8
Estilo: Belgian Dark Strong Ale
Álcool: 8,0%
Cervejaria: St. Bernard Brouwerij
País: Bélgica
Comprada em: Lidador Norteshopping (que agora está localizada no Nova América)
Preço: Kit com quatro unidades + cálice, custou R$ 135,00

domingo, 8 de dezembro de 2013

Itaipava Premium


Como citei duas cervejas no post do Helloween e Gamma Ray, não tem muito sentido deixá-las de lado. Então, darei um salto no tempo em minhas degustações para falar sobre a Itaipava Premium e St Bernardus Prior 8.

Vamos começando pela Itaipava Premium. 
Você, caro leitor do blog, pode se perguntar: por que ela não está numa Degustação Suicida??
Sim, ela poderia tranquilamente fazer parte de uma Degustação Suicida, concordo plenamente. Mas acontece que já estava na Fundição, com bico seco e resolvi tirar uns cinco minutos para beber essa cerva e trazer para vocês a minha impressão. Fora que teria que passar no mercado, colocar pra gelar etc. 

Sobre a Cervejaria Petrópolis
O Grupo Petrópolis é fruto da aquisição da Cervejaria Petrópolis e da marca Itaipava, de Petrópolis, em 2001. No mesmo ano, adquire a Cervejaria em Boituva (SP) que produzia a marca Crystal e que já tinha uma presença expressiva no interior paulista. A partir daí, a empresa começou seu processo de crescimento e consolidação.

Em 1993, um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia BR 040 - Km 51. Aproveitando o clima ameno da região serrana de Petrópolis no Rio de Janeiro, a existência de água de qualidade excepcional e fazendo uso dos excelentes conhecimentos de um mestre cervejeiro e de matéria-prima importada de alta qualidade, eles fundaram a Cervejaria Petrópolis. No dia 29 de julho de 1994 foi realizada a festa de lançamento da cerveja Itaipava, batizada com o nome de um distrito da cidade de Petrópolis. Cinco anos depois, a Cervejaria Petrópolis, que havia sido vendida a um novo grupo de investidores, liderado por Walter Faria, empresário ligado ao ramo de produção de algodão, criou um novo rótulo (mais moderno e de fácil identificação) e modernizou a logomarca da cerveja Itaipava, que nesta época começava a ficar famosa em todo o estado do Rio de Janeiro. Durante os seis primeiros anos, tanto a cervejaria como a marca eram regionais, com uma distribuição pequena e restrita.

Novamente, como já era de se esperar, cerveja durada, translúcida e com espuma de curta duração. Tanto no aroma, quanto no sabor, dá pra sentir alguma coisa de malte e de lúpulo, mais do que a Itaipava tradicional. Aliás, essa cerva parece ser um pouco mais adocicada e ligeiramente mais encorpada. Um pouco metalizada. Carbonatação alta.

Conclusão: Ah, na boa mesmo? Quase nenhuma diferença com a Itaipava tradicional. Não gastaria meu dinheiro. Mas, vale provar pela curiosidade.

INFORMAÇÕES
Itaipava Premium
Estilo: Premium American Lager
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Petrópolis
País: Brasil
Comprada em: Fundição Progresso - Rio de Janeiro
Preço: R$ 6,00

sábado, 7 de dezembro de 2013

DUM Jan Kubis


Como disse na postagem anterior, fica difícil de acompanhar a quantidade de cervas que você degusta e registrar em um lugar que você tenha que parar, descarregar a foto, pensar num texto, escrever, revisar, postar no blog e copiar a postagem para o Facebook.

Enquanto não compro um smartphone para poder instalar o Untappd, continuo minha saga por aqui. Pensando melhor, mesmo com esse aplicativo, jamais abandonaria esse meu cantinho na internet... ^^

Pois bem, a cerva de hoje é a Jan Kubis, a segunda criação da DUM Cervejaria. Lembro-me que foi numa terça-feira, na semana seguinte da Brooklyn Sorachi Ace

Cerveja de cor âmbar, translúcida e espuma de média duração. No aroma, eu só consegui notar um pouco de maracujá, mas me falaram sobre frutas cítricas, então não estou tão louco. No sabor, novamente um frutado que não consegui reconhecer, além do amargor (do lúpulo, talvez) e um dulçor que lembra caramelo. O final dela é um pouco seco, mas não me incomodou. Carbonatação média e álcool um pouco (mas bem pouco mesmo) assertivo.

Conclusão: Bela surpresa. Gostei da cerva, foi uma ótima indicação, além do custo x benefício ter agradado bastante também. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Jan Kubis 
Estilo: Premium American Lager
Álcool: 5,3%
Cervejaria: DUM Cervejaria
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 17,00 (eu acho, a verificar)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Brooklyn Sorachi Ace


Apesar de estar postando com certa frequência aqui no blog, acredito que o hábito de beber mais cervejas diferentes é maior. Parece que a cada cerveja que faço minha análise (de leigo, claro), eu bebo outras duas. Fora as que compro pela internet, aumentando o estoque lá em casa.

Bem, como todos que acompanham o blog já sabem, tenho o costume de ir ao Hopfen às terças, quando sempre tem um chopp diferente. Neste dia específico, serviram a Brooklyn Sorachi Ace, sempre muito bem elogiada por todos.

Brooklyn Brewery
Tudo começou quando Steve Hindy, então um correspondente internacional, trabalhando para a Associated Press, foi designado para cobrir o Oriente Médio. Durante seis anos, morou em países islâmicos como Kuwait e Arábia Saudita, onde o consumo de bebidas alcoólicas era proibido. Para aplacar sua sede, contava com a ajuda de diplomatas que faziam cerveja em casa e ficou fascinado com o estranho habito.
Quando voltou aos Estados Unidos, em 1984, trouxe o vício do homebrewing de volta para casa. Se instalou no Brooklyn, que, durante o século 19, foi um dos maiores centros cervejeiros do país.
Talvez inspirado pelo passado, começou a sonhar em abrir sua própria cervejaria, junto com o seu vizinho do andar de baixo, Tom, então um banqueiro que avalizava empréstimos bancários. Resolveu largar seu emprego e em 1998 nascia a Brooklyn Brewery.

Cerveja clara, mas bem turva. Espuma branca e de longa duração. No aroma, frutas cítricas, um bom ponto positivo pra mim. Só que no sabor... bem... acompanha o aroma, tudo bem. Só que essa cerva é bem seca, demais para o meu gosto. Isso sem falar no sabor de pinho que fica no final. Na metade do copo para o fim, achei um pouco enjoativa e não consegui beber direito. Carbonatação baixa e álcool nada aparente, apesar de ser uma cerva com 7,4%.

Conclusão: Foi a primeira Saison que bebi, posso ter estranhado. Ela não tem só pontos negativos, então merece uma segunda chance mais pra frente. Prometo atualizar este post.

INFORMAÇÕES
Brooklyn Sorachi Ace
Estilo: Saison
Álcool: 7,4%
Cervejaria: Brooklyn Brewery
País: Estados Unidos
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: R$ 19,50 (taça de chopp)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Helloween e Gamma Ray - 30/11/2013 (Fundição Progresso, Rio de Janeiro)


Meu inglês é péssimo, admito. Só consigo me garantir na leitura, pois na escrita também sou bem limitado. Como sou extremamente tímido, falar em inglês é um parto (já perdi vaga em estágio por não articular frases simples). Outra dificuldade que tenho é na audição: se a pessoa não falar pausadamente, é tenso de entender uma frase em outro idioma. 

Durante o show do Helloween no Rock In Rio, o vocalista Andi Deris disse que "a banda estaria novamente no Rio de Janeiro no dia 29 de novembro". Na hora, ninguém entendeu nada. "Como assim? Eles só iam tocar em São Paulo!". De fato, era isso mesmo. A banda tocaria somente por lá, junto com Gamma Ray, no dia 1º de dezembro. O anúncio, realizado durante o festival, foi uma surpresa para todos. E o local escolhido aqui no RJ não poderia ser melhor: Fundição Progresso.

Depois de perder o show do André Matos por pura incompetência da produção, que disponibilizou menos de 60 ingressos para serem vendidos na bilheteria do Teatro Rival, ir nesse do Helloween + Gamma Ray era questão de honra. Já tinha perdido a primeira passagem da “Hellish Rock Tour”, nome dado a turnê em conjunto das duas bandas. Devido ao sucesso, eles resolveram fazer a “Hellish Rock Tour - Part II”, só que desta vez a banda passaria aqui em terras cariocas. Tratei de separar meu rico dinheirinho, fui até a Fundição Progresso e retirei meu ingresso para a pista vip. Sim, comprei na bilheteria. Só me sujeito a pagar a taxa de inconveniência quando a procura pelos ingressos é altíssima e, mesmo assim, quando eles entregam em casa. No caso da Fundição, quando você compra online, o pagamento da taxa é obrigatório, só é possível retirar o ingresso no local e no dia do show. Então, qual seria a vantagem?

Resolvi beber uma St Bernardus Prior 8 ainda em casa, para amenizar a tensão. Chovia no dia, então pedia uma cerveja que acompanhasse o clima. O revés dessa minha ideia foi lindo: senti um sono eterno após degustá-la e saí depois do horário que havia planejado. Dentro da Fundição, resolvi me arriscar a beber uma Itaipava Premium e, como num passe de mágica, surge uma amiga das antigas. Que felicidade! Além de colocar as novidades em dia, tivemos a oportunidade de falar sobre coisas da vida e rir um pouco das piadas e analogias que só ela consegue pensar. 

Continuando com a saga de reclamações, essa minha amiga já foi me alertando: Já viu o tamanho da pista vip? Quando fui lá para ver, cheguei a entrar em depressão por alguns segundos. Era um cercadinho minúsculo que cabiam, no máximo, umas sete fileiras de espectadores. Pois é, seria o primeiro show completo que assistiria bem perto da grade. Afinal de contas, não é todo dia que se assiste Gamma Ray e Helloween ao vivo, né?


Novamente, assim como faço em todas as minhas postagens sobre shows, não vou falar do despenho dos componentes da banda em cada música, da galera pulando igual pipoca etc etc. Prefiro me limitar a criticar o setlist. Ah, e as músicas que tem link (e que não estão no setlist) te redirecionarão para o Youtube

O Gamma Ray mandou muito bem na escolha das músicas. Impossível não começar um show com "Anywhere in the Galaxy", música de abertura do ótimo álbum Power Plant. Aliás, o setlist foi composto com, no mínimo, uma música de cada álbum, com exceção de "Land of the Free II" (poderiam ter encaixado "Empress"), "Majestic" (ok, pode passar) e "Insanity and Genious" (heresia total! É o melhor álbum da banda e não teve uma música sequer!). Aliás, sobre este último álbum citado, era melhor ter cortado "Future World", jogado para o setlist do Helloween e pronto, problema solucionado.

Outro ponto positivo no setlist foi a inclusão de "Master of Confusion", música do EP que foi lançado recentemente, antes do estúdio do guitarrista pegar fogo. 


Setlist Gamma Ray

Anywhere in the Galaxy 
Men, Martians and Machines 
The Spirit 
Master of Confusion 
Rebellion in Dreamland 
Dethrone Tyranny 
Empathy 
Rise 
Guitar Solo 
Future World (Helloween cover)
To the Metal 
Send Me a Sign 

Sobre o show do Helloween, nota-se que o setlist é formado para divulgação do novo álbum "Straight Out of Hell". Ou seja, nada de esperar um show repleto de clássicos. A banda tem um arsenal de boas músicas para começar um show, como "We Burn", "Sole Survivor" ou "March of Time", só que a música escolhida foi "Eagle Fly Free". Depois disso, emplacaram quatro boas músicas do novo álbum (Nabataea, Straight Out of Hell, Where the Sinners Go, Waiting for the Thunder), que teve boa receptividade. São músicas boas, de fato. Não dá pra negar. Aliás, o álbum é bom. Só fica meio monótono no último terço.


Agora, o ponto mais negativo da noite veio em seguida. A sexta música é a única que não é fixa na turnê. Eles variam entre "Burning Sun" (a melhor do último álbum), "Steel Tormentor" e "Hell Was Made in Heaven". Particularmente, eu não gosto dessa última música e nem do álbum que ela está (Rabbit Don't Come Easy). Adivinhem qual que eles escolheram para tocar?


Claro que, para manter o equilíbrio na Terra, deveria existir um momento fodarástico para compensar esse erro. Eis que eles fazem um excelente medley com as músicas Halloween / How Many Tears / Heavy Metal (Is the Law), com direito a Kai Hansen cantando o verso final da última música. Sim, foi do caralho...


Setlist Helloween

Eagle Fly Free 
Nabataea 
Straight Out of Hell 
Where the Sinners Go 
Waiting for the Thunder 
Hell Was Made in Heaven 
Drum Solo 
I'm Alive 
Where the Rain Grows 
Live Now! 
If I Could Fly 
Power 
Are You Metal? 
Dr. Stein 
Halloween / How Many Tears / Heavy Metal (Is the Law) 
I Want Out 
A Tale That Wasn't Right (Unarmed Version)

Bem, a experiência de assistir a um show completo bem próximo a grade é muito boa, bem diferente de todos os lugares que já assisti (arquibancada, pista, dentro de roda punk etc). A única coisa chata são aqueles fãs que se acham os "verdadeiros fãs", que sabem até a cor da meia direita que o baixista usou na turnê de 87. 

Para coroar o fim do show, essa preciosidade estava perdida no chão. Me abaixei rapidamente e guardei com carinho no bolso. Trata-se da palheta do baixista do Gamma Ray, Dirk Schlächter. Minha amiga não ficou pra trás e conseguiu garantir uma palheta do baixista do Helloween, Markus Grosskopf.




PS: Sim, as fotos do meu celular são uma bosta. Tenho que tomar vergonha na cara e comprar um celular decente e uma câmera semi profissional.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Campeonato Brasileiro 2013: Vasco x Náutico


Admito que estava afastado porque você me magoou. Sim, não soube valorizar o amor que tenho por você. Mais do que isso, é o primeiro amor da minha vida. Mas, sabendo que esta seria a última oportunidade de te ver em 2013, optei por abaixar o escudo e fazer as pazes. Posso ter sido rude em meus julgamentos, mas saiba que sempre vou te amar e que ninguém ouse a falar mal de você.

Faz tempo que não ia ao Maracanã para acompanhar um jogo do Vasco em campeonatos nacionais. Mais precisamente desde o dia 7 de novembro de 2009, quanto eu tentei ver Vasco x Juventude. É, tentei, pois fui furtado e o ladrão levou minha carteira com ingresso, identidade e 20 reais. 

Nesse ano, fiquei a ver navios ao tentar comprar ingresso no jogo contra o Santos. Resfriado, chovendo e uma fila quilométrica aqui em Botafogo. Já contra o Cruzeiro, preferi não arriscar e assisti em casa mesmo. Agora, com o meu time sentindo cada vez mais o cheiro do enxofre, resolvi quebrar esse jejum, desembolsei uma grana e parti pro Maracanã.



Não há como negar que foi uma grande festa. A torcida fez o seu papel. O time nitidamente limitado, mas alguns jogadores se salvam: Guiñazu, Luan, Edmilson (às vezes), Pedro Ken, Bernardo. O restante, é só empenho e dedicação, porque falta futebol. 

A proposta do Vasco foi bem nítida: pressionar o Náutico nos minutos iniciais, garantir o placar e jogar pressão nos times que estão na briga pelo rebaixamento.

A estratégia começou como o planejado: chute do Yotún de fora da área (aliás, única coisa decente que ele fez durante o jogo), bola na trave, rebote de Edmilson. Caixa. Um a zero.

O jogo estava fácil, Vasco dominava as ações, Náutico perdido em campo e, de quebra, todos os concorrentes empatando. Melhor cenário, impossível. A torcida empurrava. No telão aparecia a classificação parcial, com o time da Colina fora do Z4. Maracanã explode de alegria.

Só que aí o time se desconcentra, as limitações técnicas aparecem e o Náutico cresce no jogo. Sim, o time com ONZE derrotas consecutivas estava gostando do jogo. O gol de empate parecia inevitável.

No segundo tempo, com todo mundo já ciente que os resultados dos adversários eram totalmente desfavoráveis, o Náutico passou a ter mais posse de bola. Era o fim dos tempos...

Mas ai o treinador faz outra substituição louca. Todo mundo chama o cara de burro e... pimba. Bernardo desencanta. Dois a zero. Vai lá discutir que ele fez errado...

Fim de jogo e todos comemoram. Uma comemoração vazia? Sem sentido? Afinal, que sentimento era aquele após o fim do jogo?

Acredito que seja uma felicidade de saber que hoje temos um grupo de jogadores empenhados a representar o clube. Pode faltar técnica, mas disposição está sobrando. E isso é o mínimo que a gente exige de um profissional que joga pelo Vasco.

Amigo vascaíno, uma coisa é certa: a sorte acompanha os competentes. Além de fazer o nosso dever de casa contra o Atlético-PR, dependemos de outros resultados para permanecer na Série A em 2014. O trabalho que está sendo feito nesta reta final é louvável. Antes, não sabíamos quem iria entrar em campo. Todo jogo era uma nova experiência (a começar pelo goleiro). Agora, por mais que exista uma grande limitação técnica, já sabemos o que esperar. Hoje, a equipe tem uma cara, já sabemos o que virá. .

Até domingo que vem. Que o Milagre de Joinville aconteça!

sábado, 30 de novembro de 2013

Morada Double Vienna


Outro rótulo degustado na Hopfen. Pela proximidade de casa, diria eu que será um lugar que vou frequentar por mais vezes. Comentando sobre as impressões que tive da Bierland Vienna, perguntei se tinha outra do mesmo estilo, só que melhor. Tinha um rapaz no balcão bebendo a Morada Double Vienna, que falou "pode pedir essa que é boa". Todos concordaram. Então, conferi pra ver se era isso tudo.

Antes, é claro, um pouco de história. Encontrei um bom texto no excelente blog Cerveja Para Dois (que, aliás, tem muuuita cerveja que nunca vi na vida): 

Vienna Lager (Double) produzida no Paraná, com um bom toque lupulado para contrastar com a doçura dos maltes. Essa cerveja ganhou nada menos do que a medalha de ouro (na categoria American Style-Amber Lager) no I Concurso Brasileiro de Cervejas, realizado durante o Festival brasileiro de cerveja, no mês de março em Blumenau. Trata-se de mais uma das criações do cervejeiro André Junqueira, proprietário da Morada Cia. Etílica. 

Essa cerva tem uma cor âmbar e a espuma tem longa duração. No aroma, fica fácil de identificar o malte e um dulçor que lembra muito caramelo. No sabor, o bom gosto do malte vienna e do caramelo. O álcool, apesar do rótulo dizer que são 7,6%, fica muito bem inserido na cerva. Mal dá pra perceber. Carbonatação média.

Conclusão: Vale muito a pena! Acho que, de todas desse estilo, essa foi a que mais me agradou. Se ver essa cerva, pode levar que a alegria é certa. 

INFORMAÇÕES
Morada Double Vienna
Estilo: Vienna Lager 
Álcool: 7,6%
Cervejaria: Morada Cia Etílica
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Não me recordo, mas não passa de R$ 18,00

PS: O rótulo da Morada Double Vienna é um interessante ambigrama, você pode virar a garrafa de cabeça para baixo e o seu nome continua legível. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Degustação Suicida #2 - Itaipava


Última cerveja da Degustação Suicida #2. Depois da Nova Schin e da Bavaria, deixei por último a Itaipava, já que todos os amigos falaram que, das três, era a melhor (ou menos pior). Minha mãe, como já tem o costume de beber essa cerva, aguardava ansiosamente para "tirar o gosto ruim da boca". 

Uma coisa que a Itaipava tem de bom, assim como a Skol, são os comerciais, sempre voltados para o público jovem e muito bem humorados. Separei dois para vocês (re)verem.


Novamente, vou recorrer a história da cervejaria ao excelente blog Mundo das Marcas:

Quem gosta de cerveja e freqüenta os estado do Rio de Janeiro e o interior de São Paulo sabe que uma marca está quase onipresente. A cerveja ITAIPAVA, com sua imagem jovem e moderna, prima pela qualidade, identificada com o gosto do consumidor brasileiro, e rapidamente foi apontada por especialistas como uma das melhores cervejas Pilsen do país. 

Decorria o ano de 1993 quando um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia BR 040 - Km 51. Aproveitando o clima ameno da região serrana de Petrópolis no Rio de Janeiro, a existência de água de qualidade excepcional e fazendo uso dos excelentes conhecimentos de um mestre cervejeiro e de matéria-prima importada de alta qualidade, eles fundaram a Cervejaria Petrópolis. No dia 29 de julho de 1994 foi realizada a festa de lançamento da cerveja ITAIPAVA, batizada com o nome de um distrito da cidade de Petrópolis, no Shopping Vilarejo contando com muitas pessoas ilustres da sociedade da região. Pouco depois, no dia 1 de agosto, ocorreu a saída do primeiro caminhão de entrega da cerveja ITAIPAVA para os distribuidores previamente cadastrados. A ITAIPAVA era uma cerveja clara, leve, saborosa e refrescante, bastante apropriada para o clima do Rio de Janeiro.

Sobre a cerva: novamente, loura e translúcida. Entretanto, curiosamente, a espuma da Itaipava é de menor duração do que as outras duas da degustação. O lado positivo é que ela é ligeiramente mais encorpada e possui carbonatação mais baixa entre as três. Lúpulo e malte quase imperceptíveis, com um final meio azedo.

Conclusão: quando a renda estiver baixa, a Itaipava é uma boa alternativa. No calor e estupidamente gelada, desce fácil. Das três que participaram desta degustação, esta é a melhor. Mas, sobrando uma grana, escolha outra. Seu paladar agradece.

INFORMAÇÕES
Itaipava
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Petrópolis
País: Brasil
Comprada em: Superprix - Riachuelo
Preço: R$ 1,48

Degustação Suicida #2 - Bavaria


Um dos comerciais que marcou época nos anos 90, pelo menos pra mim, foi com as três principais duplas sertanejas (Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo & Luciano), curtindo a Bavária, a cerveja dos amigos. Foi uma ótima sacada de marketing e que caiu no gosto do público. A conta era simples: Cerveja + amigos + sexta-feira = Bavaria


♫ Hoje é sexta feira
Traga mais cerveja
Tô de saco cheio
Tô pra lá do meio
Da minha cabeça
Chega de aluguel
Chega de patrão
Eu quero é diversão
Bavaria! Bavaria! Bavaria! Bavaria! Bavaria!
Bavaria! ♫

Detalhe que, na busca por uma história da Bavaria, achei esse interessante texto no site Marketing Best, cuja campanha foi vencedora

Escolhida a marca, foram identificadas as regiões de maior potencial para o mercado teste. Uma análise do posicionamento das 4 maiores marcas brasileiras permitiu identificar 2 áreas principais de oportunidade. Entre as 2, foi selecionado o segmento de uma cerveja popular e jovem. A análise dos gostos e preferências desse segmento permitiu aos cervejeiros da Antarctica a criação de uma cerveja perfeita em cor, teor alcoólico, amargor, espuma e extrato. Bavaria Pilsen foi lançada, em todo o Estado de São Paulo, em agosto de 97. O design da embalagem aliou apelo visual e inovação, retratando fielmente a "alma" da nova cerveja. A DM9-DDB criou uma campanha utilizando a temática rural, juntando os maiores nomes da música sertaneja do Brasil Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano.

Vamos ao sacrifício: loura e translúcida. Comparada com a Nova Schin, a espuma se vai em menos tempo. Lúpulo e malte quase imperceptíveis, menos que na primeira cerveja. No sabor, o que fica mais evidente com o tempo é o gosto de guaraná, que incomoda ao longo do tempo. Carbonatação alta. Final seco, que deixa um amargor que não dá vontade alguma de beber o próximo gole.

Conclusão: disparado uma das piores cervejas que já bebi na vida. Foram três para tentar beber uma única lata (mãe, irmã e eu). Talvez crie coragem para comprar uma outra lata, para beber estupidamente gelada e ver se é isso mesmo. Prometo que vou atualizar esta postagem. 

INFORMAÇÕES
Bavaria
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,3%
Cervejaria: FEMSA Cervejaria
País: Brasil
Comprada em: Superprix - Riachuelo
Preço: R$ 1,98

Curiosidade: Jorge & Mateus na lata da cerva? Exatamente. É uma nova tentativa da Bavaria de estreitar o relacionamento com os apreciadores da música sertaneja, que são os principais consumidores da marca. Afinal de contas, ela é a "Cerveja dos amigos". 

Degustação Suicida #2 - Nova Schin


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Depois de beber Cerpa Draft, Kaiser, Skol e Antárctica Sub Zero, chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #2

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, escolhi apenas três: Nova Schin, Bavaria e Itaipava.

Começamos pela Nova Schin. No excelente blog Mundo das Marcas tem uma análise bem bacana desta cervejaria, como a evolução da marca, slogans e fatos curiosos:

Tudo começou em 1989 quando a empresa Schincariol, fundada em 1939 pelo filho de imigrante italiano Primo Schincariol na cidade de Itu, interior do Estado de São Paulo, e que havia conquistado popularidade com o refrigerante Itubaína, para comemorar seu cinqüentenário resolveu expandir sua linha de produtos e ingressar em uma nova categoria no mercado com o lançamento da CERVEJA SCHINCARIOL. Quando a cerveja começou a cair no gosto popular e abocanhar fatias consideráveis do mercado, especialmente no interior do estado de São Paulo, a empresa não teve dúvidas, expandiu o negócio espalhando fábricas pelo Brasil. Em treze anos de produção a cerveja SCHINCARIOL já havia atingido 9.8% de participação de mercado, incomodando e muito as marcas líderes.


Como já era de se esperar de uma cerva que é feita para agradar o grande público, a Nova Schin segue o mesmo padrão: na aparência, ela é loura, translúcida, com espuma nada consistente e de curta duração. Sabor e aroma bem fracos, com lúpulo beirando a zero e malte quase imperceptível. Aguada e carbonatação alta.

Conclusão: CervejÃO? Maltes selecionados? Lúpulos importados? Fala sério, departamento de marketing. Se a Nova Schin estiver estupidamente gelada, no calor e com muita sede, se equipara a Skol. Fora isso, não chegue perto.

INFORMAÇÕES
Nova Schin
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,7%
Cervejaria: Schincariol
País: Brasil
Comprada em: Prezunic - Engenho Novo
Preço: R$ 1,70

David Bowie - The Next Day


Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2013. Uma amiga me conta, visivelmente emocionada, que o show do Bruce Springsteen mudou a vida dela. Um claro sinal do poder que a música tem, ao ponto de mudar por completo o destino de uma pessoa. Assim defino a 'relação' que tenho com David Robert Jones ou, se preferir, David Bowie. 

Vamos contextualizar: certo dia, conversando com amigos, um dos assuntos da mesa foi suicídio. Tema pesado, mas que em determinado momento (recente) de minha vida já foi algo a ser considerado. Não tenho vergonha alguma de partilhar isso publicamente, pois todos nós temos problemas. Pois bém, após esta conversa, em meio a uma tristeza sem fim, resolvi ouvir "Heroes". Uma música puxou a outra e resolvi ouvir o álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", mais conhecido como "Ziggy Stardust". No fim, tive o prazer de ouvir pela segunda vez a música "Rock 'N' Roll Suicide". Garanto a vocês, senhoras e senhores, que minha vida mudou após ouvi-la. Hoje, vejo que todo ser humano de bem tem o poder e que pode ajudar o próximo de qualquer problema, seja ele qual for. 

♫ Gimme your hands cause you're wonderful ♫


Como em março estava na correria para conseguir agilizar os papéis da faculdade, não dei a atenção devida ao último álbum de estúdio de David Bowie, "The Next Day". Já que ele vive em um exílio musical, o álbum foi todo desenvolvido em absoluto segredo e pegou a todos de surpresa. 

Assim como comentei sobre o "13" do Black Sabbath, o último trabalho de David Bowie está longe de ser revolucionário e que mudará a história da música. Trata-se de um bom disco de rock, com variações características dos grandes trabalhos de Bowie, com boas notas de modernidade e de experimentação. Isso torna “The Next Day” um álbum básico, comparando com os demais trabalhos dele, mas que não é um "mais do mesmo". Ou seja, acaba se destacando, tem o seu valor.

Não posso negar que tem faixas muito boas em "The Next Day", como a canção-título (bem dançante e de refrão marcante), "Love Is Lost" (a melhor música para mim, que mudou de ritmo da versão do cd para o clipe, sendo as duas muito boas), "Valentine's Day" (bem melódica, a cara dos anos 80, sendo esta a faixa que pode cair no gosto coletivo), “(You Will) Set the World On Fire” (a segunda melhor para mim, baladinha rock bem simples, com refrão cativante), "You Feel So Lonely You Could Die" (com uma das letras mais pesadas do álbum, assim como a canção-titulo) e "Heat" (última música do álbum, que remete o estilo instrumental que Bowie sempre trabalha). Mas, na boa mesmo, não há como desprezar nem mesmo as músicas mais fracas, pois o cd está bom. Ouvir "The Next Day" por inteiro é recompensador.


No fim, chego a seguinte conclusão: essa reclusão voluntária de Bowie foi prejudicial para ele mesmo. Tantos outros artistas da mesma época que ele estão aí, lançando cds e fazendo turnês mundiais, enquanto ele se amargurou do cenário musical e preferiu "tirar férias". Acabou que esse hiato de 10 anos fez com que ele mesmo afastasse os holofotes, período em que se dedicou a pinturas e obras de arte. Neste retorno, vejo que a pausa fez efeito, pois não foi feito um trabalho qualquer. "The Next Day" é um álbum extremamente satisfatório. Enquanto isso, vou ouvindo suas músicas, com a esperança de um dia ver um show do cara que salvou minha vida...

Tracklist:
1. The Next Day (3:26)
2. Dirty Boys (2:58)
3. The Stars (Are Out Tonight) (3:58)
4. Love Is Lost (3:58)
5. Where Are We Now? (4:09)
6. Valentine's Day (3:02)
7. If You Can See Me (3:12)
8. I'd Rather Be High (3:45)
9. Boss Of Me (4:09)
10. Dancing Out In Space (3:22)
11. How Does The Grass Grow? (4:34)
12. (You Will) Set The World On Fire (3:32)
13. You Feel So Lonely You Could Die (4:37)
14. Heat (4:27)