Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mistura Clássica Burn Baby Burn


Engraçado quando você vai a um bar, troca ideia com um monte de gente e, meses depois, descobre que uma dessas pessoas é cervejeira porque você está BEBENDO a cerveja dela!

Pois é, essa foi a incrível coincidência da Burn Baby Burn, idealizada pelos cervejeiros caseiros Eduarda Dardeau e Ricardo Rosa, e produzida pela Mistura Clássica.

Mistura Clássica
A Mistura Clássica é uma cervejaria artesanal que vem fazendo história no estado do Rio de Janeiro conquistando prêmios nacionais e internacionais com deliciosas cervejas.
Suas receitas são elaboradas de maneira artesanal, sem corantes e estabilizantes. Cada cerveja é única e cada ingrediente selecionado com o máximo cuidado, tudo para levar ao copo dos consumidores cervejas com personalidades próprias e sabores especiais. Com forte presença das escolas Americana, Belga, Inglesa e Alemã a Mistura Clássica mescla criatividade e qualidade em seu portfólio de produtos inovando a cada dia.
Sua fábrica sediada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, está equipada com o que tem de melhor em equipamentos para fabricação de cervejas artesanais e toda estrutura necessária para distribuição de chopp e cervejas em garrafa.
Com inspiração para continuar avançando a Mistura Clássica lança novas cervejas anualmente buscando inovação, máxima qualidade, novos sabores e grandes parcerias. Até porque, a inspiração cervejeira nunca acaba.


Cerveja de cor marrom (bem escuro), turva, com espuma de média formação e curta duração, ficando sempre uma camada fina no copo. O aroma já é bem marcante logo ao abrir a garrafa: tostado e defumado bem presentes. Até dá pra sentir algo que lembre chocolate e caramelo, mas é muito discreto. Sabor acompanha o aroma. Amargor do lúpulo é quase imperceptível também, o que foi uma grata surpresa. Carbonatação média. Álcool discreto. Corpo leve. Final amargo. 


Conclusão: bela surpresa, viu. Quando li rauchbier, já imaginei uma vitamina de carne suína. Entretanto, encontrei uma cerveja que remete à aquele sabor 'esfumaçado', com forte presença de malte torrado. Com bom custo-benefício, é um bom rótulo para quem quiser conhecer o estilo.

INFORMAÇÕES
Mistura Clássica Burn Baby Burn
Estilo: Smoked
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Mistura Clássica
País: Brasil
Comprada em: Quiosque Mistura Clássica - Nova América
Preço: Uns 20 reais


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Backer Las Mafiosas Diabolique


 

Quando uma cerveja conquista o cliente com o rótulo. Esse é o caso da Diabolique, a cerveja de hoje.

Cervejaria Backer
Tudo começou com o sucesso do chopp Backer, lançado na  inauguração da churrascaria Porcão de Belo Horizonte. A grande aceitação que a receita do chopp artesanal teve, levou à produção da cerveja Backer, a primeira cerveja artesanal do estado de Minas, originária da Serra do Curral. Aposta dos irmãos Halim e Munir Khalil, a companhia chegaria ao mercado mineiro em Outubro de 2005.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: coloração dourada escura, ligeiramente translúcida, com espuma de média formação e duração. Aroma cítrico, onde o limão é bem assertivo, com maracujá em segundo plano. Sabor acompanha o aroma. A pegada cítrica continua, remetendo a limão. O dulçor do malte está em segundo plano, bem discreto. Corpo leve. Acho que ela poderia ter um pouco mais de corpo, mas do jeito que está, não compromete nada. Final levemente seco, com retrogosto de frutas cítricas. Álcool presente, afinal de contas, são 7,5% numa cerva com corpo leve. Drinkability média. 

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Creio que não, pois é uma cerveja amarga/lupulada, além de ter um toque de limão bem assertivo.
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Mais ou menos
É fácil de encontrar? Sim, bares especializados e supermercados.
Observações: belo lançamento da Backer. Pra quem gosta de IPAs que dão destaque ao limão, pode ir na fé que o sucesso é garantido. Agora a missão é colocar as outras duas na geladeira :P

INFORMAÇÕES
Backer Las Mafiosas - Diabolique
Estilo: India Pale Ale
Álcool: 7,5%
Cervejaria: Cervejaria Backer
País: Brasil
Comprada em: Empório Gourmet Show - CADEG
Preço: Uns R$ 20,00


Curiosidades: a Linha Las Mafiosas

A cervejaria mineira Backer trouxe para o Brasil a mestre-cervejeira Alex Nowell, sócia da micro-cervejaria norte-americana Three Weavers Brewing. Com um currículo muito interessante e passagens pela Sierra Nevada, Moylan’s Brewing, Drake´s Brewing Company e Kinetic Brewing, ela chegou para um intercâmbio cervejeiro onde irá produzir três novas cervejas da série "Las Mafiosas". 



Desta vez os estilos das novas cervejas serão californianas, ao contrário da série Três Lobos, que se baseou no faroeste (western). Segundo Paula Lebbos, diretora de marketing da Backer, "saímos do universo western e entramos no mundo da máfia. Uma aposta em uma linha temática e divertida. Os rótulos e personagens foram inspirados no universo dos quadrinhos e filmes clássicos da máfia. Os lobos, agora, são personagens desse mundo obscuro, só que com um toque de humor".


sábado, 26 de setembro de 2015

BrewDog Dead Pony Club / Dead Pony Pale Ale


Mais um rótulo da BrewDog entra para a conta. A 'vítima' de hoje é uma cerveja que causou um belo frisson ano passado: Dead Pony Club / Dead Pony Pale Ale

BrewDog
A cervejaria BrewDog foi oficialmente lançada em 2007. Watt e seu sócio, Martin Dickie, montaram o novo negócio com apenas 24 anos e um empréstimo para começar. O resultado em 2011 foi um faturamento de 7 milhões de libras e um crescimento em vendas de 250% nos últimos dois anos. Hoje a BrewDog é a maior cervejaria artesanal independente da Escócia. Tudo isso foi possível graças ao posicionamento diferenciado e personalidade forte criada para a marca. As campanhas de marketing nas redes sociais é agressiva. O objetivo é mudar a cultura monótona de beber cerveja, fazendo bebidas inovadoras, progressistas e cheias de sabor. A imagem de cada cerveja  é expressa em rótulos provocativos como “Sink the Bismarck!”, a mais alcoólica do mundo, ou “Trashy Blonde”. O nome da cervejaria é uma homenagem, ao que eles próprios nomeavam de “fundador” e “comandante chefe” o cão Brancken. O “fundador” esteve presente desde o início dos planos da criação da cervejaria e lamentavelmente veio a falecer em outubro de 2012

A polêmica
Assim como todos as demais cervejas da BrewDog, a Dead Pony Club também teve seu rótulo reformulado. O problema foi que o Portman Group’s Independent Complaints Panel, organização inglesa formada por indústrias produtoras de bebidas alcoólicas que regula a propaganda do setor, considerou que a nova propaganda da cerveja fazia uma apologia ao comportamento anti-social e ao consumo abusivo de álcool. Pra quem quiser saber o desfecho dessa história, é só conferir o site Bebendo Bem.

Cerveja de coloração âmbar (puxando levemente para um dourado bem escuro), turva, com espuma de média formação e curta duração. O lúpulo predomina no aroma. Acho que dei sorte e pegar uma unidade produzida 'recentemente', porque o frescor era visível, liberando notas herbais com muita intensidade. O sabor acompanha o aroma, com o amargor do lúpulo prevalecendo sobre o malte. Álcool bem discreto, permitindo que a ampola secasse rapidamente, pois é uma cerveja refrescante e com alta drinkability. Final levemente seco. Carbonatação média.

Conclusão: para quem está começando no mundo das cervejas especiais, é um excelente rótulo para apresentar. Para quem já está na estrada, é uma boa cerveja para 'começar os trabalhos'. Vale cada centavo.

INFORMAÇÕES
BrewDog Dead Pony Club / Dead Pony Pale Ale
Estilo: American Pale Ale
Álcool: 3,8%
Cervejaria: BrewDog 
País: Escócia
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 25,00

Circuito das Estações 2015 - Inverno


Primeiramente, tenho que agradecer às inúmeras mensagens que recebi de apoio para esta minha nova rotina. Muita gente perguntando o que me motivou, como comecei, se casei com dieta etc. A todos vocês, meu muito obrigado.

Agora, tenho que pedir desculpas para as mesmas pessoas. Sim, eu falhei.

Tenho que admitir que a combinação vaidade+preguiça foi fatal para que meu planejamento fosse por água abaixo. Ver a redução de peso com melhora no condicionamento físico te 'motiva' a consumir mais alimentos e de forma exagerada. Além disso, em um dia que as coisas não foram boas, a desculpa 'amanhã recomeço' vem na ponta da língua.

Tudo bem que a segunda etapa do Circuito das Estações 2015 caiu justamente no fim da pós-graduação. Entretanto, isso não é motivo para se entupir de alimentos nada saudáveis.

Assim como a Etapa Outono, compramos o kit básico, que consiste em uma Camiseta ProRun Seamless Tecnology, uma sacola de treino (bem elaborada e leve), bandana e medalha. 



Ao contrário da Etapa Outono, a primeira vitória não foi conquistada: não acordamos no horário, invadidos por uma preguiça descomunal. 

Com o horário reduzido, a alimentação foi prejudicada. Sem frutas disponíveis, tivemos que recorrer ao pão e café com leite. Apesar de não sentir qualquer desconforto durante a prova, aquela sensação de estar 'pesado' no início não foi nada legal.

Por conta de todo esse atraso, ao chegar no Aterro do Flamengo, não conseguimos retirar o nosso chip. Ou seja, não temos tempo contabilizado para esta etapa. Para piorar, também não temos registro fotográfico oficial. É o preço que se paga por ser preguiçoso.

Entretanto, utilizei um cronômetro registrei meu tempo.
Foram 42 minutos e 30 segundos, praticamente o mesmo tempo da Etapa Outono.

O único ponto positivo da Etapa Inverno é que os 5Km não foram tão cruéis assim.

Próxima etapa será dia 27/09. 
Certamente, teremos boas novidades, pois irei fazer abaixo dos 40 minutos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CervejáRio - Rio de Janeiro/RJ

Imagem: Veja Rio

Há dois anos, durante um dos eventos promovidos pelo Paradiso Burgers no Hopfen, comparava com alguns amigos a diferença entre a Colorado Vixnu e a Noi Amara. Quando citei o meu blog, uma das pessoas que estava na conversa comentou: você que escreve no O Grande Chico?

Fiquei surpreso na hora. Afinal de contas, não imaginava que iria conhecer alguém que perdesse seu precioso tempo lendo as bobagens que escrevo por aqui rsrs

Brincadeiras a parte, foi neste dia que conheci o Adilson.
De vez em quando, marcávamos uma resenha pra jogar papo fora, sacanear os amigos e, é claro, falar sobre cerveja.

Certo dia, ele me contou que iria abrir seu próprio bar. Apesar de ter ficado bem feliz com a notícia, tenho que admitir que não acreditei muito na história (pronto, falei rs). Com o tempo, aquela ideia que ele me contou, numa conversa despretensiosa, foi tomando forma. Ele passou a me perguntar sobre algumas cervejas, reclamava das dificuldades encontradas e das discussões que tinha com seu sócio (Álvaro). 

Agora, a maior dificuldade que os dois tiveram foi, certamente, a escolha do local. Por inúmeras vezes, Adilson comentava comigo sobre os entraves de cada lugar que pesquisava, até que encontrou um ponto excelente. Fui convidado para conhecer o local, ainda em obras, e pensei: tem tudo pra dar certo. O cara mandou bem.

Cheguei a conhecer o CervejáRio assim...

Pois bem, o CervejáRio foi inaugurado em 2014 e está localizado em Pilares, mais precisamente no centro comercial do Condomínio Arena (Avenida Dom Helder Câmara, antiga Suburbana), a dez minutos a pé do NorteShopping e nos arredores do estádio Nilson Santos (Engenhão). 

O local pode acomodar tranquilamente 70 pessoas dentro da loja (climatizada), todas sentadas. A casa conta ainda com algumas mesas externas, assentos no balcão e um mezanino que pode ser reservado para eventos. Para quem for de carro, o estacionamento é baratinho e o tempo de cortesia é bem razoável.

Os sócios Adilson Rodrigues e Álvaro Lamelas souberam transmitir a personalidade deles no CervejáRio. O local, sinceramente, tem a cara da dupla e o público que frequenta, além de ser diversificado, é 'gente como a gente'. Nada de salto alto ou nariz empinado por aqui.

Adilson Rodrigues, grande brother e um dos sócios do CervejáRio

O destaque da casa são os chopes. São nove torneiras distintas, sendo que duas delas são exclusivas da americana Brooklyn e uma da alemã Paulaner. Os chopes das outras seis torneiras mudam assim que o barril ronca, sempre priorizando as cervejarias nacionais.

Torneira exclusiva para chopes da Brooklyn

A grande sacada do CervejáRio está justamente nos eventos que a casa promove. A lista é gigante:
  • Terça tem dose dupla de um chope pré-selecionado
  • Toda quarta tem a Confraria CervejáRio, quando seis torneiras são liberadas por quatro horas
  • Sexta e sábado são dedicados à música. Na sexta, geralmente, tem DJ tocando rock. No sábado, é música ao vivo ou black music
  • Lançamento de cervejas, como o chopp Matanza IPA e Hocus Pocus Hush 
  • Brassagem coletiva, com presença de cervejeiros da Acerva Carioca
  • IPA Day
  • Evento gastronômico com food trucks, Paradiso Burgues etc
  • Concurso de cervejas caseiras


Food Truck Urbano

Paradiso Burgers (a esquerda) e Brassagem coletiva (a direita)

Certamente, devo ter esquecido de algum grande evento. 

Para comer, o cardápio dos caras é generoso. Segundo a preferência do 'gosto pessoal de minha pessoa', peça as empanadas da casa, o sanduíche de salame ou a linguiça com provolone.

Conclusão: fazendo uma análise totalmente imparcial, o CervejáRio é um oásis das cervejas especiais na Zona Norte. O único ponto negativo fica por conta da quantidade reduzida de cervejas, mas os rótulos disponíveis são de qualidade e bem conceituados. Agora, o ponto positivo fica  por conta dos chopes. A rotatividade é altíssima e, toda semana, tem algo diferente nas torneiras.

INFORMAÇÕES
CervejáRio
Av. Dom Helder Câmara, 6001 - Loja F – Pilares
Rio de Janeiro/RJ
Terça a quinta - 17 a 0h, Sexta - 17 às 02h, Sábado - 17 a 01h e Domingo - 16 às 23h
Instagram: @cervejariobar
Fone: (21) 3547-1999


terça-feira, 22 de setembro de 2015

BrewDog Hello My Name is Zé


BrewDog é sinônimo de qualidade. Isso é fato. Até hoje, nunca bebi um rótulo dos caras que me decepcionou. Foi nessa invencibilidade que resolvi provar a Hello My Name Is Zé, uma cerveja colaborativa entre a BrewDog com a cervejaria carioca 2cabeças.

BrewDog
A cervejaria BrewDog foi oficialmente lançada em 2007. Watt e seu sócio, Martin Dickie, montaram o novo negócio com apenas 24 anos e um empréstimo para começar. O resultado em 2011 foi um faturamento de 7 milhões de libras e um crescimento em vendas de 250% nos últimos dois anos. Hoje a BrewDog é a maior cervejaria artesanal independente da Escócia. Tudo isso foi possível graças ao posicionamento diferenciado e personalidade forte criada para a marca. As campanhas de marketing nas redes sociais é agressiva. O objetivo é mudar a cultura monótona de beber cerveja, fazendo bebidas inovadoras, progressistas e cheias de sabor. A imagem de cada cerveja  é expressa em rótulos provocativos como “Sink the Bismarck!”, a mais alcoólica do mundo, ou “Trashy Blonde”.

Hello My Name is Zé
A Hello My Name is Zé é fruto de uma séria de cervejas colaborativas capitaneadas pela BrewDog e produzidas com cervejarias do mundo inteiro. Dessa vez a escolhida foi a carioca Duas Cabeças e o desafio foi produzir uma American IPA com adição de polpa de maracujá, na esteira da bem sucedida Maracujipa. O resultado foi uma refrescante American IPA, bastante frutada e com um amargor limpo e assertivo. Um leve dulçor da polpa do maracujá está presente mas não chega a incomodar. Na inevitável comparação com a Maracujipa ela mostrou-se mais amarga, mais potente e com um perfil de lúpulos mais limpos e evidentes. Thirst killer!



Cerveja de coloração âmbar (puxando levemente pro marrom), ligeiramente turva, com espuma de média formação e curta duração. Nesse ponto, a cerva me decepcionou um pouco, pois é bem diferente dos relatos dos amigos que já tinham experimentado. Maracujá domina no aroma. É como se estivéssemos cheirando a fruta, literalmente. No sabor, dulçor característico de malte, junto com maracujá e notas cítricas em segundo plano. Carbonatação baixa, Final meio amargo, meio azedo (aquele azedinho característico do maracujá). Quase não dá pra sentir a presença do álcool. Corpo médio.

Conclusão: ao mesmo tempo que é uma boa cerveja, não sei se a recomendaria. Parece uma versão 'light' da Maracujipa. Entretanto, ela possui mais sabor de fruta, o que é muito mais interessante. Diria que foi a BrewDog mais 'fraca' que já provei, mas que tem muito valor agregado em 330ml.

INFORMAÇÕES
BrewDog Hello My Name is Zé
Estilo: India Pale Ale
Álcool: 6,4%
Cervejaria: BrewDog 
País: Escócia
Comprada em: Boteco Carioquinha
Preço: Uns R$ 25,00

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Devassa Bem Loura



Certa vez, comentei com uma amiga sobre o frio na barriga que seria fazer uma pós graduação. Ela me disse, resumidamente, que as aulas seriam puxadas e que os amigos que fizesse seriam pra vida toda.

Engraçado como ela tinha razão: além de perder muitos fios de cabelo e ter noites mal dormidas, essa pós graduação foi gratificante, pois reforcei a amizade com dois brothers que conheci na graduação e tive o prazer de conhecer mais quatro pessoas fantásticas, amigos que jamais esquecerei.

Para aliviar todo o stress das aulas, a cerveja em frente à UERJ era certa. Toda semana, uma resenha diferente e, assim, a amizade era construída. 

Foi numa dessas que resolvi comentar com a galera sobre a cerveja que bebíamos: Devassa Bem Loura

Cervejaria Devassa
Quem conhece vira amante! É o tipo de cerveja que te pega pelo colarinho, te seduz pelo aroma e faz você se apaixonar de vez pelo paladar. A cerveja DEVASSA com seu iconoclasta slogan “Um tesão de cerveja”, está na boca do povo literalmente.
Em 2001, dois jovens empresários da noite carioca perceberam que havia uma lacuna a ser preenchida: criar uma cerveja especial com alma brasileira e qualidade europeia. 
Foi então que desenvolveram a Devassa, uma cerveja com nome ousado e sabor refinado. Um galpão localizado no bairro do Santo Cristo, no Rio, serviu de cenário para a idéia. Mas nada seria possível sem a criação dos bares que trouxessem as características da cerveja. 
O ponto de partida se deu, em 2002, com a primeira loja própria em 2002. A aposta no negócio transformou a cervejaria em um verdadeiro templo de experimentação do produto. Com sucesso retumbante, não demorou muito para nascer uma segunda unidade no início de 2004. No final do mesmo ano,iniciou-se o projeto de franquias que, em 2007, já contava com 11 unidades. 
Foi nessa época também que se firmou a parceria entre a Devassa e o Grupo Schincariol - segunda maior cervejaria do Brasil - e o resultado disso foi o aperfeiçoamento dos processos de distribuição e logística, mantendo a qualidade artesanal e a comunicação diferenciada da marca.

A Devassa Bem Loura foi lançada em 2010 e, por incrível que pareça, eu não bebia uma gota de álcool na época. Entretanto, me lembro bem da campanha publicitária do lançamento desta cerva, já que foi durante o carnaval. 

No site da Cervejaria Devassa existia uma pessoa atrás de uma fechadura. Para descobrir quem era essa tal pessoa misteriosa, você tinha que twittar com a hashtag #bemmisteriosa. Ou seja, quanto mais twittadas com essa hashtag, mais a pessoa misteriosa se revelava por trás da fechadura. No fim, a pessoa misteriosa era nada mais, nada menos que Paris Hilton. Para quem não se lembra, a modelo ganhou 'destaque' após um antigo namorado divulgar um vídeo em que eles aparecem fazendo sexo em uma festa.



Infelizmente, tal campanha publicitária deixou de ser veiculada, devido às denúncias de 'consumidores', incomodados com o apelo sensual excessivo da propaganda. Esse Brasil 'politicamente correto' é um tédio...


Sobre a cerveja em si, ela tem coloração amarela, translúcida, com espuma de curta formação e curtíssima duração. Aroma muito suave de malte, sem off-flavour. Sabor acompanha aroma, sendo que apresentou um certo dulçor que não soube identificar de tão tênue. Amargor baixíssimo. Carbonatação baixa. Álcool bem leve. Corpo leve.

Conclusão: no lançamento, a Devassa explicou que a cerveja teria "um sabor mais próximo da cerveja que o brasileiro está acostumado a beber". Em outras palavras, a Devassa estava lançando um rótulo para ser uma segunda opção aos consumidores de Brahma/Antártica. Se estiver em conta, vale a pena levar algumas unidades para botecar com os amigos.

INFORMAÇÕES
Devassa Bem Loura
Estilo: Santandard American Lager
Álcool: 4,8%
Cervejaria: Cervejaria Devassa
País: Brasil
Comprada em: Rio 40 Graus
Preço: Uns R$ 8,00

PS: postagem dedicada aos amigos Beatriz Vieira, Denise Castro, Gustavo Luizon, João Henrique, José Eduardo e Luiz Filipe

domingo, 13 de setembro de 2015

Germânia 55 Pilsen



Amada por uns, odiada por outros. Várias cervejas sofrem desse 'mal'. Uma delas é a Germânia 55, a cerveja de hoje

Cervejaria Germânia
Apesar do nome idêntico, não se deve confundir esta cervejaria com uma que existiu no início do século XX e que, entretanto, desapareceu. A atual Germânia foi fundada em 1991 na cidade de Vinhedo - SP. Após um início difícil, a contratação de um mestre cervejeiro e o investimento no desenvolvimento da fábrica fez com que a empresa se tornasse conhecida, especialmente na venda de chopp.
Hoje, a Germânia responde por 10% do mercado de chopp de São Paulo e prepara-se para obter a mesma performance longe da região Sudeste.

Fato curioso: a Germânia 55 foi a primeira cerveja do Brasil a utilizar latas de 710ml. Sim, o famoso 'latão' não foi invenção da AMBEV. 


A apresentação do produto é interessante. Certamente, a Germânia teve um trabalho e tanto para desenvolver essa arte. Ponto positivo. Entretanto, as cores escolhidas ofuscam tanto o nome da cerveja, quanto o desenho no fundo, além da fonte escolhida para os dizeres 'cerveja pilsen'.

Cerveja de coro amarela, translúcida, com espuma de média formação e curta duração. Aroma bem suave, quase nada de malte e alguma coisa que lembra lúpulo. Sabor acompanha o aroma. Carbonatação baixa. Corpo levíssimo. Álcool na medida. 

Conclusão: certamente, está abaixo da dupla Brahma/Antartica e das principais marcas populares, mas faz frente às que estão em um segundo escalão. A apresentação do produto pode afastar alguns consumidores, tendo em vista que é um rótulo um pouco 'poluído'. Se achar por um preço razoável, leve uma pra casa pra experimentar.

INFORMAÇÕES
Germânia 55 Pilsen
Estilo: Santandard American Lager
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Germânia
País: Brasil
Comprada em: qualquer supermercado mais sofisticado
Preço: Uns R$ 4,00 (latão de 710ml)

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Sagres


Hora de botecar pelo Rio de Janeiro e a escolhida foi mais uma cerveja internacional 'popularizada' nas mãos da Heineken: Sagres.

Além da Sagres (portuguesa), a Heineken está vendendo no Brasil garrafas de 600 ml retornáveis da Amstel (holandesa) desde o ano passado. São duas lagers leves, límpidas e refrescantes, com amargor muito baixo e que fazem parte de seu portfólio global. Não oferecem grandes desafios ao paladar e ao olfato, mas são agradáveis, fáceis de beber, e cumprem bem a função de matar a sede. 

Sagres
Em 1934, nascia a Sociedade Central de Cervejas (SCC), fruto da associação da Companhia Produtora de Malte e Cerveja Portugália, da Companhia de Cervejas Estrela, da Companhia da Fábrica de Cerveja Jansen e da Companhia de Cervejas de Coimbra. Um ano mais tarde, o património da Fábrica de Cervejas Trindade, incluindo a sua cervejaria, é integrado na SCC. A marca Sagres surgiria em 1940, aproveitando-se então o clima de relativa euforia que se vivia no país devido à realização da Exposição do Mundo Português, que teve como propósito a comemoração da data da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640). Com um destino semelhante às caravelas que saíram do Restelo para conquistar mundos, a cerveja Sagres marca o início da exportação de cerveja, aportando primeiramente Gibraltar, continuando para os Açores e para Territórios Ultramarinos de Angola, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Timor, Goa, Macau e Moçambique.

Cerveja de cor dourada, translúcida, com espuma de baixa formação e duração. Aroma bem suave de malte, com algo adocicado que não soube identificar. Sabor acompanha o aroma, com a adição de um amargor que acredito ser do lúpulo. Corpo leve. Carbonatação média. Retrogosto um pouco adocicado.

Conclusão: terei que provar novamente, pois essa estava um pouco adocicada. Já li na internet o mesmo relato da Sagres aqui no Brasil, o que chega a ser desanimador. Entretanto, pelo preço que ela está sendo vendida, fica bem claro que a Heineken trouxe para o Brasil a Amstel e a Sagres para competir com as cervejas 'normais'. Isso fica bem claro quando você consulta os sites portugueses

A nova Sagres, “em formato 600 ml retornável” que será distribuída na restauração, foi “adaptada ao perfil e ao gosto do consumidor brasileiro, de forma a satisfazer os paladares daqueles que apreciam bebidas de amargor mais subtil”, acrescenta o comunicado.
Fonte: O Povo

Quem sabe, um dia, vou a Portugal para provar a verdadeira Sagres.

INFORMAÇÕES
Sagres
Estilo: Santandard American Lager
Álcool: 4,2%
Cervejaria: Central de Cervejas e Bebidas
País: Portugal
Comprada em: Papo Inicial
Preço: Uns R$ 8,00

Skol Ultra


“O bem-estar e a tendência à vida equilibrada nunca foram tão importantes e enxergamos isso como uma grande oportunidade para a cerveja. Somente Skol, com sua credencial de inovação e cerveja leve de qualidade, poderia criar um produto como este. Acreditamos que Skol Ultra tem potencial para revolucionar o mercado de cerveja”. - Taciana Ávila, gerente de portfólio da Skol.

Não é de hoje que a Skol causa polêmica com o lançamento de suas cervejas. Como disse na minha análise sobre Skol Beats, a cervejaria é sinônimo de inovação aqui no Brasil. 

Sendo assim, tentarei fazer uma postagem totalmente parcial sobre a Skol Ultra.

Skol
Cerveja de propriedade da empresa dinamarquesa Carlsberg, com licença para ser fabricada no Brasil pela AmBev. Seu nome vem do sueco skål, que significa “à vossa saúde/à nossa saúde”; expressão comum que antecede brindes. Atualmente, é a líder absoluta do mercado brasileiro, com aproximadamente 30% de participação.  A origem da marca tem início exatamente no dia 25 de agosto de 1964 na Europa, quando quatros importantes cervejarias, Allied Breweries (Reino Unido), Labatt (Canadá), Pripps-bryggerierna (Suécia) e Unibra (Bélgica), em uma tentativa de criarem uma marca global de cerveja, que seria licenciada para ser produzida em vários países, fundaram a SKOL INTERNATIONAL. A cerveja SKOL PILSEN chegou ao Brasil em 1967 pela pequena Cervejaria Rio Claro, fabricante da tradicional Caracu. Anos mais tarde, a Brahma adquiriu a marca para uso exclusivamente no país.
A marca é conhecida nacionalmente pela inovação (primeira lata em alumínio. embalagem long neck com tampa de rosca. lata de 473 ml e lata com boca redonda ou abertura maior) e pelo marketing agressivo, sempre voltado ao público jovem.
Em 2015, pelo terceiro ano consecutivo, a Skol ficou no topo do ranking BrandZ das marcas mais valiosas do Brasil.

Uma das inovações da Skol Ultra está justamente no rótulo. A maioria das cervejarias brasileiras utiliza apenas rótulos magazine (de papel, aplicados com cola) nas garrafas de suas cervejas. Já a Skol Ultra vem com rótulos autoadesivos de BOPP transparente. 
Já vi muita gente sofrer para tentar destacar rótulos de cervejas especiais. Alguns conseguem, outros não. Se essa tecnologia pegar...

Outra inovação é o público alvo. Já faz um tempo que a mídia publica que cerveja hidrata tanto quanto água após atividades físicas. Como o povo brasileiro, enfim, se ligou que cuidar da saúde o quanto antes aumenta a expectativa de vida, a Skol decidiu elaborar um produto voltado para este público, que busca o equilíbrio entre uma vida ativa e saudável, sem abrir mão do prazer de beber uma cerveja gelada de vez em quando, tendo em vista que a Skol Ultra possui apenas 88kcal (long neck de 275ml)

A cerveja em si não tem atrativos: amarela, translúcida, espuma de curta formaçaõ e duração. Aroma quase que inexistente, algo que lembra malte. Sabor também é quase que inexistente, com algo que lembra malte e amargor mínimo. Corpo levíssimo. Álcool quase que inexistente. Final com amargor mínimo.

Conclusão: como cerveja, sinceramente, é horrível. Entretanto, como é a primeira Light Lager que bebo, não tenho como afirmar se é uma cerveja inferior às concorrentes. 
Com apenas 4,2% de teor alcoólico, quem tem costume de beber após a pelada tradicional entre amigos NUNCA vai trocar Brahma e Antártica (ou qualquer outra) pela Skol Ultra. Quem bebe cerveja artesanal então, só vai provar pra fazer check-in no Untappd. 
Agora, pra quem tem uma alimentação totalmente controlada, pode ser uma opção. Nisso temos que aplaudir a Skol, por arriscar e fazer um produto para um nicho de mercado.

INFORMAÇÕES
Skol Ultra
Estilo: American Light Lager
Álcool: 4,2%
Cervejaria: Skol
País: Brasil
Comprada em: qualquer supermercado mais sofisticado
Preço: Uns R$ 2,50

Riegele's Augustus


Quando provei a Sebastian Riegeles Weisse, não tinha ideia de que ela estava realicionada no livro "1001 Cervejas Para Beber Antes de Morrer". Entretanto, todo mundo diz que a Riegele produz uma outra cerveja bem melhor: Riegele's Augustus

Brauhaus Sebastian Riegele
Com sede na cidade de Augsburg (Alemanha), suas origens, datam de 1386, quando a cervejaria Zum Goldenen Roß (Ao Cavalo Dourado) se estabeleceu. O negócio foi adquirido por Sebastian Riegele em 1884 e, sub sua supervisão, expandiu-se com rapidez. O filho de Riegele, que também se chamava Sebastian, levou a cervejaria a outro nível ao construir novas instalações nos arredores, em 1911. Atualmente, é a maior da cidade, ainda administrada pela quinta geração da família.

Novamente, o copo de plástico da Mr Beer pode atrapalhar um pouco a análise, mas vamos assim mesmo: cerveja de cor caramelo/marrom, turva, com espuma de alta formação e duração. No aroma, muito caramelo um doce de banana. Muito interessante, diga-se de passagem. No sabor, esperava algo doce, mas essa cerva me surpreendeu. As notas de caramelo e banana estão lá, mas também aparece notas de de cravo e um amargor que não soube identificar. Final levemente adocicado, com certo amargor. Carbonatação alta. Corpo denso. Álcool elevado, mas não desequilibra.

Conclusão: realmente, a Riegele's Augustus é bem superior. Uma cerveja pra ser degustada no frio, já que seu teor alcoólico é elevado. Caso você encontre uma unidade, leve pra casa.

INFORMAÇÕES
Riegele's Augustus
Estilo: German Weizenbock
Álcool: 8,0%
Cervejaria: Brauerei Sebastian Riegele
País: Alemanha
Degustada em: Mr. Beer - Shopping Tijuca
Preço: R$ 25,00