segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Campeonato Brasileiro 2013: Vasco x Náutico


Admito que estava afastado porque você me magoou. Sim, não soube valorizar o amor que tenho por você. Mais do que isso, é o primeiro amor da minha vida. Mas, sabendo que esta seria a última oportunidade de te ver em 2013, optei por abaixar o escudo e fazer as pazes. Posso ter sido rude em meus julgamentos, mas saiba que sempre vou te amar e que ninguém ouse a falar mal de você.

Faz tempo que não ia ao Maracanã para acompanhar um jogo do Vasco em campeonatos nacionais. Mais precisamente desde o dia 7 de novembro de 2009, quanto eu tentei ver Vasco x Juventude. É, tentei, pois fui furtado e o ladrão levou minha carteira com ingresso, identidade e 20 reais. 

Nesse ano, fiquei a ver navios ao tentar comprar ingresso no jogo contra o Santos. Resfriado, chovendo e uma fila quilométrica aqui em Botafogo. Já contra o Cruzeiro, preferi não arriscar e assisti em casa mesmo. Agora, com o meu time sentindo cada vez mais o cheiro do enxofre, resolvi quebrar esse jejum, desembolsei uma grana e parti pro Maracanã.



Não há como negar que foi uma grande festa. A torcida fez o seu papel. O time nitidamente limitado, mas alguns jogadores se salvam: Guiñazu, Luan, Edmilson (às vezes), Pedro Ken, Bernardo. O restante, é só empenho e dedicação, porque falta futebol. 

A proposta do Vasco foi bem nítida: pressionar o Náutico nos minutos iniciais, garantir o placar e jogar pressão nos times que estão na briga pelo rebaixamento.

A estratégia começou como o planejado: chute do Yotún de fora da área (aliás, única coisa decente que ele fez durante o jogo), bola na trave, rebote de Edmilson. Caixa. Um a zero.

O jogo estava fácil, Vasco dominava as ações, Náutico perdido em campo e, de quebra, todos os concorrentes empatando. Melhor cenário, impossível. A torcida empurrava. No telão aparecia a classificação parcial, com o time da Colina fora do Z4. Maracanã explode de alegria.

Só que aí o time se desconcentra, as limitações técnicas aparecem e o Náutico cresce no jogo. Sim, o time com ONZE derrotas consecutivas estava gostando do jogo. O gol de empate parecia inevitável.

No segundo tempo, com todo mundo já ciente que os resultados dos adversários eram totalmente desfavoráveis, o Náutico passou a ter mais posse de bola. Era o fim dos tempos...

Mas ai o treinador faz outra substituição louca. Todo mundo chama o cara de burro e... pimba. Bernardo desencanta. Dois a zero. Vai lá discutir que ele fez errado...

Fim de jogo e todos comemoram. Uma comemoração vazia? Sem sentido? Afinal, que sentimento era aquele após o fim do jogo?

Acredito que seja uma felicidade de saber que hoje temos um grupo de jogadores empenhados a representar o clube. Pode faltar técnica, mas disposição está sobrando. E isso é o mínimo que a gente exige de um profissional que joga pelo Vasco.

Amigo vascaíno, uma coisa é certa: a sorte acompanha os competentes. Além de fazer o nosso dever de casa contra o Atlético-PR, dependemos de outros resultados para permanecer na Série A em 2014. O trabalho que está sendo feito nesta reta final é louvável. Antes, não sabíamos quem iria entrar em campo. Todo jogo era uma nova experiência (a começar pelo goleiro). Agora, por mais que exista uma grande limitação técnica, já sabemos o que esperar. Hoje, a equipe tem uma cara, já sabemos o que virá. .

Até domingo que vem. Que o Milagre de Joinville aconteça!

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