Se no primeiro jogo Neymar desencantou na Seleção Brasileira, no segundo jogo ele resolveu jogar um futebol para queimar a língua de quem vos fala. Simplesmente o garoto arrebentou.
Mas vamos voltar ao início. Não posso esquecer de comentar sobre os 25 mil manifestantes que estiveram do lado de fora da "Arena" Castelão para protestar contra o superfaturamento na construção do estádio e aumento das passagens de ônibus. Durante confrontos, que durou de mais de quatro horas, a Polícia Militar cearense utilizou bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha. Uma cena triste durante o evento, confirmando todo o autoritarismo dos governos federal e estadual em relação às passeatas. E isso não é privilégio dos cearenses: em todo e qualquer estado o panorama foi o mesmo.
Dentro do estádio, havia a expectativa da torcida ser contra a Seleção. Alguns comentavam que iriam cantar o hino nacional de costas pro campo. Outros relatavam que iriam levar faixas de protestos e torcer veementemente para o México. Entretanto, o que se viu foi algo totalmente inesperado: o protocolo da FIFA determina que o hino de todas as seleções tenha duração de, no máximo, 50 segundos. Quando o hino nacional tocou, a torcida praticamente ignorou o fim dos 50 segundos e cantou o restante "a capela", com a imagem dos 11 jogadores brasileiros abraçados. Sabem aquela propaganda da Adidas que diz "Porque todo jogo começa 0 a 0"? Então, isso não se aplicou ao jogo Brasil e México, porque os anfitriões já começaram na frente. A derrota já começou ali, no hino nacional.
O gol saiu rapidinho, aos 9 minutos do primeiro tempo, assim como aconteceu no jogo contra o Japão. Dani Alves cruzou, a defesa afastou, e Neymar pegou a sobra de primeira, sem deixar a bola cair. Golaço. E, mais uma vez, o Chico queima a língua.
O gol saiu rapidinho, aos 9 minutos do primeiro tempo, assim como aconteceu no jogo contra o Japão. Dani Alves cruzou, a defesa afastou, e Neymar pegou a sobra de primeira, sem deixar a bola cair. Golaço. E, mais uma vez, o Chico queima a língua.
Depois disso, o Brasil só administrou o jogo. Talvez o único momento em que a partida ficou um pouco mais perigosa foi quando David Luiz (que quebrou o nariz no 1º tempo, após uma cabeçada em Thiago Silva) salvou o time ao cortar para escanteio em cima da hora, antes que Chicharito colocasse a bola para dentro. Nessa hora, o México estava jogando do jogo, mas logo o Brasil colocou ordem na casa.
Neymar poderia ter "se contentado" só com o lance do gol. Mas o garoto resolveu calar a boca dos críticos no fim do jogo, fazendo uma incrível jogada, passando no meio de dois mexicanos. Levantou a cabeça, cruzou para Jô e... caixa! Brasil 2 x 0 no México.
O time ainda tem alguns problemas, como as jogadas nas costas dos laterais (principalmente pelo lado esquerdo: Marcelo anda perdidinho nesse esquema do Felipão). Fora isso, é bem provável que a Seleção Brasileira conquiste o 1º lugar no grupo, já que a Itália vem de um jogo épico contra o Japão e os jogadores podem sentir o desgaste físico.
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