domingo, 16 de junho de 2013

Black Sabbath - 13


Por mais de quinze anos, desde quando me entendo como admirador do bom e velho rock'n roll, sempre curti as músicas interpretadas por Ozzy Osbourne, tanto no Black Sabbath, quanto em sua banda solo. Na década de 90 e nos primeiros anos deste novo milênio, a probabilidade de grandes nomes do hard rock e heavy metal desembarcarem em solo brasileiro com a frequência que de hoje era remota, salvo em grandes eventos, como Rock In Rio ou Monsters Of Rock.

Tive a oportunidade de ver um show ao vivo do Ozzy Osbourne em 2011. De certa forma, até me surpreendeu pelo fato da disposição do vocalista e, nessa época, já se ventilava a possibilidade de uma reunião dos quatro membros originais do Black Sabbath. Aliás, essa especulação só ganhou força devido ao fim trágico do Heaven & Hell, após o falecimento de Ronnie James Dio. 

Mesmo com toda polêmica que envolveu o ex-baterista Bill Ward, a banda Black Sabbath não só lançou o 19º álbum de estúdio, intitulado "13", mas também anunciou uma nova turnê mundial. Um baita presente para os fãs da banda britânica.

Sobre o álbum "13", é difícil ser imparcial quando se trata de Black Sabbath. Ainda mais se tratando de um material inédito e com Ozzy nos vocais. Entretanto, não espere ouvir nada parecido com "Paranoid", "Fairies Wear Boots" ou qualquer outro grande clássico da banda: todas as 11 faixas (incluindo as 3 da versão deluxe) lembram a sonoridade dos primeiros trabalhos da banda (isso fica bem claro logo na primeira música do cd), com excelentes riffs de Iommy, o baixo marcante de Geezer e a voz característica de Ozzy. Aliás, sobre o baterista contratado (Brad Wilk, do Rage Against The Machine), nada a comentar, já que soou tão "mais do mesmo" que qualquer baterista com talento similar poderia fazer igual ou melhor (talvez até tenha sido ideia do trio fazer com que a bateria não sobressaísse).

Das oito faixas da versão Standard, as que mais me chamaram a atenção foram as canções "Loner" e “Dear Father". O mais interessante é que as três músicas da versão Deluxe ("Methademic", "Peace of Mind" e "Pariah") são bem melhores se compararmos com as outras seis músicas restantes. Uma pena que elas não estejam na versão Standard...


Sendo assim, creio que a proposta do trio neste álbum foi presentear os fãs com um material inédito, quase 35 anos depois do último trabalho com a 'formação clássica' (Never Say Die!), além de uma turnê mundial (e, pela primeira vez, aqui no Brasil) e arrecadar mais grana para suas contas bancárias mais do que bilionárias. Portanto, como dito anteriormente, antes de ouvir "13", prepare-se espiritualmente, encare o trabalho como um bom material elaborado por uma banda consagrada e não compare com trabalhos anteriores.

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