Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Ashby Nirvana IPA


Para quem está começando a beber cervejas artesanais/especiais, um dos maiores desafios é gostar das cervejas amargas/lupuladas. Se tem gente que 'torce o nariz' para um Heineken da vida, imagine para uma cerveja mais encorpada e amarga? Isso sem falar nas que tem cheiro de frutas cítricas

Se você tem esse problema, vou te apresentar aqui uma cerveja que pode mudar um pouco seu paladar: Ashby Nirvana IPA.

Sobre a Cervejaria Ashby
A Cervejaria Ashby fica localizada em Amparo-SP, local privilegiado  para a produção de cerveja em virtude da água de excelente qualidade que aí existe. Ao longo dos anos, mais propriamente desde 1993, a Ashby tem procurado criar cervejas e chopps de alta qualidade e de formulação exclusiva, sob a batuta do mestre-cervejeiro Scott Ashby.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, com espuma de curta formação e duração. No aroma, um pouco de malte e de lúpulo, lembrando frutas cítricas. Tudo muito suave, sem ser agressivo. No sabor, a surpresa ficou por conta do baixo amargor de lúpulo. Sim, é uma IPA que tem amargor baixíssimo. Ela é mais maltada que lupulada. Retrogosto ligeiramente amargo, mas que tem um azedinho que pode causar estranheza para quem não está acostumado. Carbonatação baixa. Corpo leve. Álcool um pouco abaixo do esperado.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Com certeza. É uma porta de entrada para outros estilos, mesmo não sendo uma cerveja do estilo India Pale Ale.
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos.
É fácil de beber? Sim.
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados
Observações: se você já é degustador oficial, prove a Nirvana IPA só para check-in no Untappd. Caso contrário, nem perca seu tempo. A sua tendência vai ser reclamar, falando que 'não é do estilo', 'não é tão lupulada assim' etc. A Nirvana IPA não foi feita pra quem já tem muita hora/copo ou para quem é lupulomaníaco. Acredito que a proposta desta cerva é justamente alcançar um público que ainda está acostumado às cervejas populares (Brahma, Antárctica etc) e que, de vez em quando, se arrisca numa Heineken. Se você está enquadrado nessa galera, pode colocar uma Nirvana IPA no carrinho que o sucesso é garantido, principalmente se tiver um salaminho ou uma linguicinha pra acompanhar.

INFORMAÇÕES
Ashby Nirvana IPA
Estilo: India Pale Ale
Álcool: 5,5%
Cervejaria: Cervejaria Ashby
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Guanabara
Preço: Uns R$ 8,00

Curiosidades: A Nirvana IPA é uma das cinco novas cervejas da Ashby, lançadas em outubro de 2015, e seu rótulo é inspirada nas tradições indianas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Backer Capitão Senra


Muito bacana quando você prova uma cerveja com história.
Essa veio diretamente de Belzonte. Não de moto. Muito menos de Harley Davidson. 
Hoje é dia de falar da Backer Capitão Senra, a cerveja de hoje.

Cervejaria Backer
Tudo começou com o sucesso do chopp Backer, lançado na  inauguração da churrascaria Porcão de Belo Horizonte. A grande aceitação que a receita do chopp artesanal teve, levou à produção da cerveja Backer, a primeira cerveja artesanal do estado de Minas, originária da Serra do Curral. Aposta dos irmãos Halim e Munir Khalil, a companhia chegaria ao mercado mineiro em Outubro de 2005.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: coloração âmbar (com tons de marrom e vermelhado), translúcida, com espuma de média formação e curta duração. O malte predomina no aroma, deixando no ar algo que lembra caramelo, mas nada muito agressivo. É bem suave. No sabor as coisas mudam um pouco. A cada gole, a primeira impressão é o doce do malte, mas o retrogosto é amargo. O lúpulo convida o degustador para secar a ampola com facilidade. Álcool na medida. Carbonatação média. Corpo médio.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Se você já deu umas bicadas em cervejas artesanais e quer provar uma cerveja mais maltada, peça a Capitão Senra.
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Sim
É fácil de encontrar? Sim, bares especializados.
Observações: uma boa cerveja que, infelizmente, chega um pouco inflacionada aqui no Rio de Janeiro. Por isso que o custo-benefício está como 'Mais ou menos'. É uma boa cerveja, seja para 'começar os trabalhos' ou para beber despretensiosamente. Vale o investimento

INFORMAÇÕES
Backer Capitão Senra
Estilo: Amber Lager
Álcool: 5,3%
Cervejaria: Cervejaria Backer
País: Brasil
Comprada em: Beer Underground
Preço: Uns R$ 27,00

Curiosidades: Por que Capitão Senra? Aliás, quem é Capitão Senra?

No dia 13 de outubro de 2012, a cervejaria Backer celebra o aniversário de 81 anos do maior harleyro do Brasil, o Capitão Senra. Para homenageá-lo, a cervejaria desenvolveu a cerveja Capitão Senra.

Segundo a sócia proprietária da Cervejaria Backer, Paula Lebbos, a ideia da nova cerveja surgiu inesperadamente, quando conheceu o Capitão em Araxá: “Achei incríveis as histórias que o Capitão Senra me contou. E, a partir daí, comecei a sonhar, imaginando como repassá-las aos meus clientes. Foi assim que surgiu a ideia de criar a cerveja Capitão Senra.”, explica. Surpreso, o Capitão diz estar ansioso com o lançamento da cerveja que levará seu nome. “Eu nunca imaginei beber uma cerveja com meu nome, em minha homenagem. Eu e meus amigos estamos ansiosos para saboreá-la”, conta.

Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, quando iniciou a vida profissional no 1º Batalhão de Polícia do Exército, o Capitão escoltou, sempre pilotando uma Harley Davidson, diversas pessoas de renome, como a Rainha da Inglaterra e o Presidente Juscelino Kubitscheck, do qual se tornou grande amigo. Hoje, já aposentado, o Capitão Senra coleciona motocicletas da marca em um galpão na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

A marca foi pensada com base nos escudos de asas, estampados nos tanques das motocicletas, e reforça o conceito da liberdade sobre rodas. O rótulo traz a ilustração de um personagem sentado em uma moto, inspirado no próprio Capitão Senra. A garrafa também traz um diferencial, já que a ilustração vem impressa sobre um fundo transparente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dogma Cafuza Imperial India Black Ale


Antes de começar mais esse post, gostaria de agradecer as mais de 35 mil visitas. Para um blog independente de cervejas, voltado para o público iniciante, tem muito significado pra mim. Muito obrigado a todos.

A cerveja de hoje, cronologicamente, foi a de número 250: Dogma Cafuza Imperial India Black Ale.

Cervejaria Dogma
É com uma grande união que as grandes ideias e conquistas surgem. Com essa filosofia nasce a cervejaria Dogma. Uma junção de três cervejarias ciganas de São Paulo, a Serra de Três Pontas (Cafuza, Hop Lover, Loucura de Baco, Touro Sentado e Branca de Brett), aNoturna (Green Lover, Loucura de Baco, Neblina e Condessa d’Augusta) e a Prima Satt (Cafuza e Hamurabi).
Bruno Moreno, proprietário da Serra de Três Pontas, Luciano Silva (Noturna) e Leonardo Satt (Prima Satt), se conheceram nas produções caseiras e se tornaram grandes amigos. Criaram juntos um grupo unindo as três cervejarias para facilitar a distribuição de suas cervejas e com isso um grande fortalecimento foi criado entre eles.
Depois de diversos lançamentos, resolveram em junho de 2015 criar uma nova marca, mais forte e mais criativa. Três mentes trabalhando pela qualidade de cervejas incríveis.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, turva, com espuma de alta formação e média duração. Com um rótulo impactante, a apresentação desta cerva é sensacional. O aroma já encanta de cara os fãs de cervejas amargas/lupuladas, com a explosão de notas cítricas, acompanhadas por notas de malte torrado, café e chocolate amargo. O sabor acompanha o aroma. Nada se destaca, pois tudo é muito bem equilibrado. Seu paladar vai causar uma boa confusão mental, pois o retrogosto dela deixa sua boca seca, te convidando pro próximo gole. Corpo médio/denso. Carbonatação média. Álcool bem assertivo.


CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Creio que não, pois é uma cerveja bem amarga/lupulada e de forte teor alcoólico. Prove outras do estilo Black IPA antes dela.
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Mais ou menos
É fácil de encontrar? Sim, bares especializados e supermercados.
Observações: uma cerveja difícil de ser saboreada. Se você gosta da Hi5, então você vai amar a Cafuza. Está na minha lista de 20 Melhores Cervejas Nacionais. Imperdível.

INFORMAÇÕES
Cafuza Imperial India Black Ale
Estilo: Black IPA 
Álcool: 8,5%
Cervejaria: Dogma
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 25,00

Isso que é espuma, minha gente!

Curiosidades: Cafuzo é a denominação dada no Brasil para os indivíduos gerados a partir da miscigenação entre índios e negros africanos. A ideia desta cerveja é ser uma mistura de Imperial IPA com Black IPA, daí seu longo nome: Imperial India Black Ale.

A garrafa que bebi ainda era da Cervejaria Prima Satt. Com a criação da Dogma, todos os rótulos sofreram alterações. Particularmente, acho o antigo rótulo melhor, sem desmerecer esse novo design da Dogma, que é sensacional.

Assim que provar a Cafuza da Dogma, atualizarei esta postagem.

Rótulo antigo, da Prima Satt

Rótulo Atual

Karavelle Keller


Sobre a Cervejaria Karavelle
Com sede em Indaiatuba e distribuição selecionada, a cervejaria Karavelle elaborou um portfólio de produtos únicos e diferenciados, baseando-se em receitas raras que utilizam ingredientes preciosos, importados de várias regiões do mundo.
Daniel Whitaker Sobral, um dos fundadores, diz que, para batizar seu negócio, imaginou caravelas alemãs vindo ao Brasil carregadas de cerveja. A história, claro, o desmente (e ele sabe disso), mas é de se imaginar como seria se tivéssemos sido colonizados pelos germânicos ao invés dos portugueses, que não têm tradição cervejeira.
Atualmente, a Karavelle é capitaneada por Dinho Diniz, diretor de planejamento, Otavio Veiga, diretor geral e Jorge Mario (Seu Jorge), diretor de comunicação.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarelo palha, turva, com espuma de média formação e duração. Em conjunto com o belo rótulo, a apresentação dessa cerva é impecável. No aroma, um dulçor que não soube identificar e algo que lembrasse mel. No sabor, o mesmo dulçor, além do leve amargor do lúpulo. Mesmo sendo refrescante, nada se destaca nessa cerva. O que chamou a atenção é que ela é meio azeda no retrogosto. Achei um pouco estranho. Carbonatação baixa. Corpo leve/médio. Álcool abaixo do esperado.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não, principalmente se for uma das suas primeiras cervejas. Você pode estranhar um pouco, pois é uma cerveja 'sem sabor'.
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos.
É fácil de beber? Mais ou menos.
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e bares especializados.
Observações: não gosto de falar mal de cervejas, mas essa é tão insossa que não tem como ficar quieto. No meio de uma degustação, vale a pena para experimentar novos estilos. Agora, escolher esse rótulo para 'iniciar os trabalhos', não é um bom investimento. 

INFORMAÇÕES
Karavelle Keller
Estilo: Keller/Zwickel
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Karavelle
País: Brasil
Comprada em: Degustação (valeu Bruno!)
Preço: Uns R$ 15,00

Curiosidades: sim, Seu Jorge é um dos sócios da Karavelle.


“Desde o inicio o projeto me interessou porque sou apreciador de cervejas. Venho trabalhando, ao lado dos meus sócios, de forma discreta, pois não queria atrapalhar o desenvolvimento do plano como um todo. 
Nosso objetivo era consolidar o produto, o sabor, a filosofia da empresa para assim apresentá-lo oficialmente ao grande público”

Fonte: All Beers

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Weltenburger Kloster Anno 1050


Sobre a Weltenburger Kloster Brauerei
A Weltenburger é mais uma das cervejarias europeias com origens nas ordens monásticas.
A abadia de Weltenburger foi fundada por monges de origem irlandesa enviados por São Columbano em suas missões evangelizadoras no início do século VII. Estabelecida sobre uma antiga fortaleza militar romana, sua data de fundação é estimada por volta do ano de 620, sendo a mais antiga abadia alemã. Localizada às margenss do Rio Danúbio, perto da cidade de Kelheim, coração da Bavária, é um dos cartões postais bávaros não só pela privilegiada localização, uma belíssima curva do rio, como também pela arquitetura barroca que leva a assinatura dos famosos irmãos Asam. 
A produção de cerveja teve início no ano de 1050 como forma de santificação dos monges e também como fonte de renda para sua atividades. A abadia ainda funciona seguindo os estritos princípios monásticos estabelecidos por São Benedito: “ora et labora”.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, com espuma de média formação e duração. No aroma, nada de doce ou amargor, apenas o malte. Bem simples. Sabor acompanha o aroma, com um amargor do lúpulo tão suave, mas tão suave que quase não dá pra perceber. Retrogosto ligeiramente adocicado (talvez um dulçor do próprio malte), mas que não incomoda em nada. Corpo leve (um pouco aguada). Carbonatação média. Álcool na medida.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, é uma cerveja com um 'grau acima' das cervejas populares. 
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos.
É fácil de beber? Sim.
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e bares especializados.
Observações: a Petrópolis cometeu um grave erro ao colocar no rótulo que a cerveja era 'Tipo Abadia'. É forçar muito a barra pra tentar vender um produto diferenciado. Fora isso, é uma boa cerveja para dar uma 'incrementada' na geladeira. O único problema é o custo-benefício. De vez em quando ela entra em promoção. Aí sim, vale a pena levar umas garrafas pra casa.

INFORMAÇÕES
Weltenburger Kloster Anno 1050
Estilo: Oktoberfest/Marzen
Álcool: 5,5%
Cervejaria: Cervejaria Petrópolis
País: Alemanha
Comprada em: Degustação (valeu Bruno!)
Preço: Uns R$ 12,00

Curiosidades: desde 2010, o Grupo Petrópolis é responsável pela fabricação das cerveja Weltenburger aqui no Brasil.

DeuS Brut des Flandres


Não é todo dia que um amigo faz aniversário e convida você pra experimentar uma das cervejas mais reverenciadas do mundo: DeuS Brut des Flandres, que veio diretamente da Bélgica (não, esse meu amigo não comprou aqui no Brasil).

Sobre a Brouwerij Bosteels
A Bosteels é uma cervejaria belga da cidade de Buggenhout em Flandres Oriental, norte do país. Fundada em 1791 por Evarist Bosteels é um empreendimento familiar cuja direção encontra-se já na sétima geração, hoje sob o comando de Ivo e Antoine Bosteels. Além da mitológica DeuS Brut de Flandres, a Bosteels produz ainda duas lendas: a Tripel Karmeliet, uma belgian tripel, e a Pauwel Kwak, uma belgian strong golden ale famosa por seu copo especialmente desenvolvido para atender os condutores de carruagem.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarelo palha, levemente translúcida, com espuma de média formação e curta duração, ficando uma fina camada até o fim. Só de olhar, já dá pra ver que lembra muito champanhe. O aroma dela é bem diferenciado e complexo, mas dá pra perceber notas frutadas (abacaxi, uva verde, maçã verde) e de cravo. A complexidade dessa cerva também está no sabor. Tem frutas cítricas (abacaxi, maçã e uva), tem especiarias (leve sabor de cravo e alecrim), um dulçor que não soube identificar e uma picância interessante. Ela é meio ácida no retrogosto, mas nada que incomode. Álcool bem presente no início, mas que depois o seu paladar se acostuma. Carbonatação alta.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Claro que sim. Lembra champanhe. Aliás, você está bebendo champanhe! Sendo assim, seu paladar não vai estranhar tanto. Não espere gosto de cerveja.
Tem um bom custo-benefício? Não mesmo.
É fácil de beber? Sim.
É fácil de encontrar? Sim, em bares especializados.
Observações: como disse muito bem Jota Queiroz no excelente blog O Contador de Cervejas, é uma lenda que merece ser degustada, ao menos, uma vez na vida. É uma cerveja especial para ser aberta em momentos especiais.

INFORMAÇÕES
DeuS Brut des Flandres
Estilo: Bière de Champagne / Bière Brut
Álcool: 11,5%
Cervejaria: Bosteels
País: Bélgica
Comprada em: Degustação (valeu Bruno!)
Preço: Uns R$ 240,00

PS: postagem dedicada aos amigos Bruno Brum, Thiago Cavalcanti, André Cardona, Victor Cardoso, Victor Patrocínio, João Lira, Marcio Miceli, Fabio Peclat, Márcio Peclat, Rodrigo Tato e todos os amigos que a Fundação Bradesco colocou na minha vida.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Degustação Suicida #3 - Itaipava Malzbier


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #3

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, o tema foi cervejas 'pretas' e escolhi quatro rótulos: Zebu, Guitt's Malzebier, Colônia Negra e Itaipava Malzbier, a cerveja de hoje

Sobre a Cervejaria Petrópolis
O Grupo Petrópolis é fruto da aquisição da Cervejaria Petrópolis e da marca Itaipava, de Petrópolis, em 2001. No mesmo ano, adquire a Cervejaria em Boituva (SP) que produzia a marca Crystal e que já tinha uma presença expressiva no interior paulista. A partir daí, a empresa começou seu processo de crescimento e consolidação.

Em 1993, um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia BR 040 - Km 51. Aproveitando o clima ameno da região serrana de Petrópolis no Rio de Janeiro, a existência de água de qualidade excepcional e fazendo uso dos excelentes conhecimentos de um mestre cervejeiro e de matéria-prima importada de alta qualidade, eles fundaram a Cervejaria Petrópolis. No dia 29 de julho de 1994 foi realizada a festa de lançamento da cerveja Itaipava, batizada com o nome de um distrito da cidade de Petrópolis. Cinco anos depois, a Cervejaria Petrópolis, que havia sido vendida a um novo grupo de investidores, liderado por Walter Faria, empresário ligado ao ramo de produção de algodão, criou um novo rótulo (mais moderno e de fácil identificação) e modernizou a logomarca da cerveja Itaipava, que nesta época começava a ficar famosa em todo o estado do Rio de Janeiro. Durante os seis primeiros anos, tanto a cervejaria como a marca eram regionais, com uma distribuição pequena e restrita.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, turva, com espuma de média formação e curta duração. Aroma bem adocicado, com um caramelo artificial. Também tinha algo metalizado, o que achei bem estranho. No aroma, café e um dulçor que parecia caramelo. No sabor, era apresentou um doce muito exagerado e enjoativo. Com a baixa carbonatação e corpo médio, é uma cerveja bem difícil de beber até o fim. Retrogosto doce. Álcool imperceptível.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não. É uma cerveja para curioso ou só pra fazer check-in no Untappd. 
Tem um bom custo-benefício? Não.
É fácil de beber? Não mesmo!
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados.
Observações: descobri que malzbier é o pior estilo que o ser humano já inventou para cerveja. Bebo 100 witbiers, mas nao bebo uma malzbier. Agora, tentando ser um pouco imparcial, é bem difícil beber uma cerveja tão adocicada. Por isso que a galera evita beber cerveja preta, pois já associam esse dulçor gigantesco. Se você está começando a beber cervejas artesanais/especiais, poupe sua grana e beba algo digno.

INFORMAÇÕES
Itaipava Malzbier
Estilo: Malzbier 
Álcool: 4,2%
Cervejaria: Cervejaria Petrópolis
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Prezunic
Preço: Uns R$ 2,00

Degustação Suicida #3 - Colônia Negra Stout


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #3

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, o tema foi cervejas 'pretas' e escolhi quatro rótulos: Zebu, Itaipava Malzbier, Guitt's Malzebier e Colônia Negra, a cerveja de hoje

Cervejaria Colônia
Tudo começou com Jaime Nelson Gatto, que após muitos anos de trabalho ao lado do pai e de um tio em uma distribuidora de bebidas, resolveu em 1994 viajar e adquirir equipamentos usados de unidades desativadas das grandes cervejarias do país. Em dois anos, ele conseguiu montar a própria fábrica de cervejas.

Primeiro surgiu a famosa cerveja Xingú que, inicialmente, tinha como foco o mercado americano e conquistou sucesso internacional. Em 1998, já com Saul Brandalise Júnior incorporado à empresa e com todas as experiências, adquiriu-se domínio da tecnologia cervejeira e o produto ficou tão bom e qualificado que merecia uma nova marca, sendo então intitulada de Cerveja Colônia, em alusão à cidade de Colônia, localizada na Alemanha.

A INAB também atua no mercado externo, exportando a cerveja Colônia, Sambadoro e Stell para o Paraguai, Bolívia, Angola e Guiana Francesa.


A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, turva, com espuma de curta formação e duração. No aroma, café e um dulçor que parecia caramelo. Tinha também malte torrado, mas bem pouco. No sabor, o café predomina, com as notas de torrado e de caramelo bem tênues. O retrogosto dela é uma mistura de café com malte torrado, deixando a boca meio seca a cada gole. Carbonatação baixa. Corpo leve/médio. Álcool bem presente. 

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim. Boa porta de entrada para você descobrir novos sabores por um custo irrisório. 
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Sim
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados.
Observações: novamente, fui surpreendido. Assim como a Zebu, é uma cerveja boa e barata. Se você acha que toda cerveja escura é doce, hora de quebrar paradigmas e provar a Colonia Negra Stout. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Colônia Negra Stout
Estilo: Dry Stout  
Álcool: 6,0%
Cervejaria: INAB - Indústria Nacional de Bebidas
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Prezunic
Preço: Uns R$ 3,00

"Nós cuidamos de você", frase escrita na 'camisinha' da Colônia Negra Stout

Degustação Suicida #3 - Zebu


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #3

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, o tema foi cervejas 'pretas' e escolhi quatro rótulos: Colônia Negra, Itaipava Malzbier, Guitt's Malzebier e Zebu, a cerveja de hoje.

Cervejaria Guitt´s
A Guitt's, criada em 2001 pelos Refrigerantes Convenção. Localizada em Caieiras - SP, a firma produz a Guitt's Pilsen e a Guitt's Malzbier. E porquê Convenção? Em 18 de abril de 1873, um encontro denominado “Convenção de Itu”, reuniu um grupo de paulistas partidários do derrube do regime monárquico. Eram, na sua maioria, fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e beneficiários dos negócios da grande lavoura cafeeira. Neste encontro foram propostos novos princípios para a organização do país e lançadas as bases do movimento republicano. Foi este grande marco histórico que inspirou a criação da marca Convenção.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta (mas tem algo marrom quando se coloca contra a luz), turva, com espuma de média formação e curta duração. Aroma lembrando café e malte torrado. Sabor acompanha o aroma, so que tem um dulçor que deixa cada gole mais suave. Retrogosto lembrando café torrado. Carbonatação média. Álcool na medida.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim. Boa porta de entrada para você descobrir novos sabores por um custo irrisório. 
Tem um bom custo-benefício? Por R$ 2,00, é claro que sim!
É fácil de beber? Sim.
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados.
Observações: confesso que me surpreendi com a Zebu. Fui cheio de preconceito, mas acabei encontrando uma boa cerveja. Pra melhorar a situação, ela é MUITO barata. Se você acha que toda cerveja escura é doce, hora de quebrar paradigmas e provar a Zebu. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Zebu
Estilo: Sweet Stout  
Álcool: 5,3%
Cervejaria: Cervejaria Guitt´s
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Prezunic
Preço: Uns R$ 2,00


Degustação Suicida #3 - Guitt's Malzbier


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #3

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, o tema foi cervejas 'pretas' e escolhi três rótulos: Colônia Negra, Zebu, Itaipava Malzbier e Guitt's Malzebier, a cerveja de hoje

Sobre a Cervejaria Guitt´s
A Guitt's, criada em 2001 pelos Refrigerantes Convenção. Localizada em Caieiras - SP, a firma produz a Guitt's Pilsen e a Guitt's Malzbier. E porquê Convenção? Em 18 de abril de 1873, um encontro denominado “Convenção de Itu”, reuniu um grupo de paulistas partidários do derrube do regime monárquico. Eram, na sua maioria, fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e beneficiários dos negócios da grande lavoura cafeeira. Neste encontro foram propostos novos princípios para a organização do país e lançadas as bases do movimento republicano. Foi este grande marco histórico que inspirou a criação da marca Convenção.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor preta, turva, com espuma de baixa formação e curtíssima duração. Em pouco tempo, não tinha espuma no copo. Aroma adocicado, lembrando caramelo artificial, com algo que lembrava café. No sabor, era apresentou um doce bem exagerado e enjoativo. Como é uma cerveja com corpo levíssimo, ou seja, bem aguada, parecia que estava bebendo um xarope. Carbonatação baixa. Retrogosto doce. Álcool imperceptível.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Não. É uma cerveja para curioso ou só pra fazer check-in no Untappd. 
Tem um bom custo-benefício? Não.
É fácil de beber? Não mesmo!
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados.
Observações: sem dúvida alguma, essa é pior cerveja que já bebi na vida. Sério, me comprometo a retificar essa informação se beber algo pior. Aliás, isso nem deveria ser chamado de cerveja. Bebi somente meio copo. 

INFORMAÇÕES
Guitt's Malzbier
Estilo: Malzbier
Álcool: 4,7%
Cervejaria: Cervejaria Guitt´s
País: Brasil
Comprada em: Supermercados Prezunic
Preço: Uns R$ 2,00


Schneider Weisse TAP 7 Unser Original


Mais uma visita ao Hopfen Cervejas Especiais para colocar o papo em dia com os amigos e para provar uma nova cerveja: Schneider Weisse TAP 7 Unser Original.

Weissbierbrauerei G. Schneider & Sohn
Clássica cervejaria bávara fundada em 1872 por Georg Schneider I e seu filho homônimo, quando o rei Ludwig II desistiu da exclusividade de produzir cervejas de trigo, diante do declínio nas vendas. Originalmente as fábricas se localizavam em Munique mas após terem sido destruídas por bombardeios na II Grande Guerra Mundial em 1944, foram reconstruídas na cidade de Kelmheim, também na Bavária. Propriedade familiar é hoje comandada por Georg Schneider VI.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor castanha/marrom, turva, com espuma de alta formação e média duração. Aroma bem típico das cervejas de trigo, com notas de banana e cravo, além de um dulçor que lembra açúcar mascavo. Sabor acompanha o aroma, com o cravo sobressaindo, o que tornou a degustação mais interessante. Retrogosto remetendo ao dulçor que notei no aroma. Carbonatação média. Corpo médio. Álcool quase que despercebido.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? É um sabor diferenciado para cervejas de trigo. Experimente outras antes dessa, mas não esqueça de colocar a TAP 7 na lista, pois é uma que deve ser degustada.
Tem um bom custo-benefício? Não.
É fácil de beber? Mais ou menos.
É fácil de encontrar? Mais ou menos, em bares especializados
Observações: o único ponto que vejo como 'defeito' nessa cerveja é o preço praticado aqui no Brasil. Não é uma cerveja agressiva ao paladar e que deveria estar na lista de qualquer um, mas o preço não colabora. Não deixe de provar.

INFORMAÇÕES
Schneider Weisse TAP 7 Unser Original
Estilo: German Weizen
Álcool: 5,4%
Cervejaria: Weissbierbrauerei G. Schneider & Sohn
País: Alemanha
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Uns R$ 25,00

Curiosidades:
A Schneider sempre utiliza um barril de chopp com 7 torneiras para promover os 7 tipos de cerveja de trigo que produz. Cada uma possui uma nome além da numeração. A cerveja mais vendida é a Unser Original (Nossa Original), que recebeu o TAP 7.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Therezópolis Rádio Cidade


Numa noite dessas que resolvemos fazer um hambúrguer para a família (mais precisamente, a receita #002), aproveitamos a oportunidade para degustar três novas cervejas: Wells Bombardier, Faxe Witbier e Therezópolis Rádio Cidade, a cerveja de hoje.

Sobre a Cervejaria St. Gallen
A empresa foi fundada em 1912 por Alfredo Claussen, descendente dos imigrantes dinamarqueses que povoaram o município de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, no início do século XX. Após fechada por muitos anos, devido a problemas de importação de matéria-prima após o fim da Primeira Guerra Mundial, foi reaberta por empresários descendentes de Claussen em 2007. Recentemente, a cervejaria lançou um empreendimento turístico chamado Vila de St Gallen, uma grande vila germânica com biergarten, pub e bistrô. 

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, com espuma de média formação e curta duração, mantendo uma fina camada até o fim. O aroma dela é bem suave, com destaque pra notas herbais e algo que lembre frutas cítricas. Lembra um pouco a Heineken. O sabor é ligeiramente amargo, com um dulçor de laranja bem suave, atenuando o amargor. Retrogosto ligeiramente adocicado. Carbonatação média. Álcool na medida. Corpo leve.


CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Se você curte Heineken, vai na fé porque o sucesso é certo. Caso você não goste de cervejas amargas/lupuladas, talvez seu paladar encontre certa resistência, mas é uma boa porta de entrada.
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Sim.
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e bares especializados
Observações: super refrescante para dias mais quentes e com um amargor bem suave, pra combinar com qualquer tira-gosto. Uma pena que seja comercializada somente em garrafas de 330ml. Na promoção, pode levar a caixa porque vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Therezópolis Rádio Cidade
Estilo: Classic American Pilsner
Álcool: 5,0%
Cervejaria: Cervejaria St. Gallen
País: Brasil
Comprada em: Pão de Açúcar
Preço: Uns R$ 8,00

Curiosidade: Um pouco mais sobre a Rádio Cidade - 102,9 FM

Você sabia que a Rádio Cidade nem sempre foi uma 'rádio rock'?
Foi com um imenso prazer que fiz essa pesquisa, sobre a rádio que já amei e odiei por algumas vezes.

Às 6 horas da manhã do dia 1º de maio de 1977 entrava no ar, pela primeira vez, a Rádio Cidade do Rio de Janeiro. Naquela época, os poucos FMs que já haviam aparecido se resumiam exclusivamente a executar músicas para sonorizar elevadores e escritórios médicos.

Mesmo pertencendo ao Grupo Jornal do Brasil, que sofria constantemente intervenções e censuras por parte do governo ditatorial brasileiro, a Rádio Cidade não sofria com tais represálias. Para o primeiro Coordenador da Rádio Cidade, Carlos Townsend, “os militares até gostavam da Rádio Cidade”.


Somando-se música de muito boa qualidade em estéreo com uma equipe de locutores jovens e altamente criativos, a Rádio Cidade se tornou a primeira rádio com maior audiência no IBOPE em apenas quatro semanas. Todo mundo queria ouvir a Rádio Cidade, fazendo com que a indústria fosse incentivada a fabricar aparelhos de rádio com banda de FM aqui no Brasil. Na maioria das vezes esses aparelhos eram trazidos do exterior, onde essa banda já era explorada.


Desde sua origem, seu repertório era eclético, voltado para o jovem comum de classe média. Seus principais programas eram Amnésia, Saudade Cidade, Cidade dá de 10, Só Se For Dance etc. As vinhetas personalizadas também eram o diferencial da rádio. 


Com o sucesso das duas edições do Rock In Rio (1985 e 1991), a Rádio Cidade larga seu estilo eclético para dar ênfase ao rock. Nessa época, o cenário rock'n roll no Rio de Janeiro era forte e contava com uma rádio extremamente eficaz, que 'alimentava' seus ouvintes com muitas doses de riffs de guitarra e solos de bateria: Fluminense FM, a Maldita.

Até o fim da Maldita, em 1994, a Rádio Cidade não era efetivamente a 'casa dos roqueiros'. Somente em 1995, aproveitando a ausência de uma rádio 100% rock'n roll no dial fluminense, que a Rádio Cidade inclui em definitivo o rock na sua grade, adotando um perfil inspirado na conduta comercial da 89 FM de São Paulo. 


Entretanto, essa estratégia foi a mais equivocada possível. O roqueiro carioca foi transformado em uma figura caricata, torta, rebelde na forma (visual, pose, gírias) e conservador na essência (idéias reacionárias). O repertório escolhido era praticamente um hit-parade do rock, com bandas e vertentes do rock que desagradavam grande parte do antigo público da Cidade. 

O resultado desta estratégia, a curto prazo, foi a desmoralização do segmento no Rio de Janeiro, abrindo espaço para outros estilos musicais, como o axé-music, funk e dance. A médio prazo, resultou na perda de mercado e, em conjunto com a difusão da internet no Brasil, na perda de ouvintes que ainda creditavam alguma esperança na Rádio Cidade. Na falta de boas músicas, os 'roqueiros' recorreram aos downloads de MP3 e coleções de CDs (originais ou cópias).

Com seu enfraquecimento perante as concorrentes e com a crise financeira do Jornal do Brasil, a Rádio Cidade encerrou suas atividades em 2006. A programação da emissora foi substituída pela rádio Oi FM, tornando-se a quarta afiliada de uma rede de estações de rádio, constituída pela maior operadora de telefonia fixa e móvel do país, a Oi (ex-Telemar).


Em 2012, o Grupo JB retoma a antiga frequência 102,9, até então ocupada pela Rede Verão, para ser a mais nova afiliada da Jovem Pan 2 FM. Enquanto isso, a Rádio Cidade operava na internet, sob nome de "Cidade Web Rock".


Após problemas financeiros, a Jovem Pan 2 FM deixou a 102.9 fazendo assim com que a frequência ficasse vaga . Uma grande campanha foi feita por artistas, entre eles Pitty e Tico Santa Cruz, e fãs da rádio com a "hashtag" #VoltaRádioCidadeRJ.


O retorno da rádio aconteceu no dia 10 de março de 2014, retomando o perfil artístico de emissora jovem com foco no rock mais comercial e direcionado ao público jovem.

Atualmente, o projeto Radio Cidade FM Rio de Janeiro revive o projeto original da rádio, durante sua fase eclética. Vale a pena dar uma conferida.


Fontes (textos e imagens):

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Faxe Witbier


Numa noite dessas que resolvemos fazer um hambúrguer para a família (mais precisamente, a receita #002), aproveitamos a oportunidade para degustar três novas cervejas: Therezópolis Rádio Cidade, Wells Bombardier e Faxe Witbier , a cerveja de hoje.

Faxe Bryggeri
Esta cervejaria foi fundada em 1901 com o nome de Fakse Dampbryggeri, por Nikoline e Conrad Nielsen. Após a morte de Conrad Nielsen, em 1914, sua jovem viúva continuou a administrar a empresa com grande sucesso. No final da década de 1920 a rebatizada Faxe Bryggeri (que mudou de nome em 1914), passou também a fornecer refrigerantes para locais próximos. 
Em 1989, a Faxe Bryggeri fundiu-se com a Jyske Bryggerier para formarem a segunda maior empresa de cervejaria da Dinamarca, agora conhecida como Royal Unibrew.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor amarelo palha escuro (gostei dessa descrição que achei num site de vinhos), ligeiramente turva, com espuma de média formação e duração. No aroma, fica bem evidente aquela sensação cítrica de casca de laranja e algo que lembre banana, mas bem suave. O sabor acompanha o aroma, com a inclusão de cravo e algo que lembre fermento. Pode ser cisma minha, mas percebi algo metalizado também. Retrogosto tem uma acidez bem suave, junto com um dulçor que caiu bem. Corpo leve/médio. Carbonatação média. Álcool na medida.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Eu escolheria outra witbier antes dessa para conhecer o estilo. Entretanto, seu paladar não vai estranhar tanto. Pode cair dentro!
Tem um bom custo-benefício? Sim, não tenha dúvida disso
É fácil de beber? Sim
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e bares especializados
Observações: bem, é 1 litro de cerveja que, geralmente, não passa de 20 reais. Excelente custo-benefício. É um bom rótulo para quem quer mostrar uma 'cerveja especial' e não quer gastar muito. 
Se vale o investimento? Diria que sim. Afinal de contas, é 1 litro de cerveja!
Agora, se você quiser sabor para degustar, procure outra witbier (e olha que nem curto esse estilo).

INFORMAÇÕES
Faxe Witbier
Estilo: Witbier
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Faxe Bryggeri
País: Dinamarca
Comprada em: Pão de Açúcar
Preço: Uns R$ 25,00

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Wells Bombardier


Numa noite dessas que resolvemos fazer um hambúrguer para a família (mais precisamente, a receita #002), aproveitamos a oportunidade para degustar três novas cervejas: Therezópolis Rádio Cidade, Faxe Witbier e Wells Bombardier, a cerveja de hoje.

Wells & Youngs
Charles Wells era o segundo filho de George Wells, um vendedor de móveis da cidade de Bradford, localizada no norte da Inglaterra. Em 1875, depois de 20 anos trabalhando na marinha mercante, Charles noivou com uma jovem britânica. Como condição para aceitar o casamento, o pai da noiva exigiu que Charles desistisse das viagens através dos mares. Charles Wells voltou definitivamente para casa e comprou uma cervejaria e 32 pubs em um leilão por 16.700 libras. Começou aí sua jornada como cervejeiro e principalmente como um homem muito habilidoso nos negócios.
Já nos dia atuais, mais precisamente em 2006, a Young & Co.`s Brewery Limited vendeu o prédio da cervejaria Ram e se uniu à cervejaria Wells para formar a Wells & Young`s Brewing Company, a maior do ramo sob comando familiar no Reino Unido.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor marrom (lembra cobre também), ligeiramente translúcida, com espuma de média formação e duração. Em conjunto com a garrafa, faz uma bela apresentação (o rótulo é sensacional). O malte predomina no aroma, trazendo notas de torrefação e de caramelo. No paladar, a cerveja me surpreendeu. Além das mesmas notas que percebi no aroma, a cerveja tem sensações terrosas, sendo ligeiramente salgada. No retrogosto, o lupulo aparece com mais destaque, deixando um belo amargor a cada gole. Carbonatação média/baixa. Corpo médio/leve. Álcool na medida.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Esse gosto meio 'salgado' pode causar estranheza, mas considero sim uma boa porta de entrada.
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos
É fácil de beber? Sim
É fácil de encontrar? Sim, em supermercados e  bares especializados.
Observações: tento ser um pouco imparcial com cervejas inglesas, pois é um dos estilos que mais gosto, mas a Bombardier é sim uma boa cerveja, tanto para você que está começando, quanto para você que 'vai começar os trabalhos' e quer começar devagarzinho. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Wells Bombardier
Estilo: Extra Special Bitter/English Pale Ale
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Wells & Youngs
País: Inglaterra
Comprada em: Pão de Açúcar
Preço: Uns R$ 22,00

Amazon Beer Forest Bacuri


Por todos os lugares que passei/frequentei, sempre recebo um apelido. Já me chamaram de todos os derivados/corruptelas/abreviações possíveis de Francisco e de Chico, Mocochoc, Tartaruga Ninja, Milhouse, ChiWil (esse foi criativo), Dudu Nobre, árabe etc. O mais interessante é que um destes apelidos deu origem ao nome deste blog.

De todos os amigos que fiz durante as minhas aventuras no automobilismo virtual, um deles sempre me chamava de Grande Chico, mesmo com 'míseros' 1,64m de altura. É uma amizade que extrapolou o mundo virtual, pois tivemos a oportunidade de tomar algumas cervejas por diversas vezes ao longo destes 9 anos.

Eis que, num belo dia, ele simplesmente me informa que está mandando por Sedex uma unidade da Amazon Beer Forest Bacuri, a cerveja de hoje.

Sobre a Amazon Beer
A Amazon Beer iniciou suas atividades, em maio de 2000, com o lançamento de duas cervejas “clássicas” - a Forest e a River: uma pilsen leve e outra mais encorpada e mais forte (5% de teor alcoólico). Ambas foram criadas pelo mestre cervejeiro Izair Traversin com a consultoria de Reynaldo Fogagnolli, então mestre cervejeiro da Cervejaria Continental em São Paulo (hoje extinta) e atual dono da Cervejaria Universitária em Campinas. Os nomes em inglês da cervejaria e dos produtos mostram claramente o quanto está tudo orientado em função do turismo e dos visitantes estrangeiros, um caso bastante raro no Brasil. 

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, translúcida, com espuma de alta formação e média/curta duração. No aroma, fica bem evidente algo cítrico que não soube identificar. No sabor, um doce que lembra mel, um amargor cítrico característico de limão e do bacuri, além de algo agridoce que também lembra a fruta (aquele azedinho bacana, sabe). Você que mora no RJ dê um pulinho no Centro de Tradições Nordestinas (vulgo Feira dos Paraíbas) que tem quiosque que vende sorvete de bacuri. O retrogosto dessa cerva é cítrico, mas muito leve. Corpo bem leve (aguada). Carbonatação média. Álcool quase que inexistente.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? É um estilo complicado para iniciantes. Caso você não tenha gostado das cervejas de frutas (fruit beers) de cereja, que são muito cítricas, dê uma chance pra Forest Bacuri.
Tem um bom custo-benefício? Sim
É fácil de beber? Sim
É fácil de encontrar? Um pouco, em bares especializados
Observações: é uma boa fruit beer, que não precisa necessariamente de harmonziação pra descer redonda. Vale o investimento, principalmente em uma sessão de degustação de cervejas artesanais/especiais.
Como toda cerveja que recebo de presente, essa também está devidamente guardada no meu quarto.

INFORMAÇÕES
Amazon Beer Forest Bacuri
Estilo: Fruit Beer
Álcool: 3,8%
Cervejaria: Amazon Beer
País: Brasil
Comprada em: Presente (valeu, Sérgio Kolachinski)
Preço: N/A

Curiosidades: bacuri é uma das frutas mais populares do Norte do Brasil


Oi! Eu sou o bacuri!
Imagem: Dicas de Saúde


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Noi Bionda Oro


Quem me conhece, sabe que não curto muito essa história de viajar. Além de ter um medo danado de pegar a estrada e de aviões (só na decolagem, é claro), a organização de um roteiro é tão cansativa e estressante que me faz querer desistir da ideia. É um pavor que me congela, que não me faz ter interesse.

O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas.

Ao todo, foram cinco cervejas inéditas: Búzios Geribá, Polar Export, Antárctica Cristal, Birra del Borgo Re AleBirra del Borgo My Antonia e Noi Bionda Oro, a cerveja de hoje.

Sobre a Cervejaria Noi
É a primeira artesanal registrada de Niterói. Iniciou em 2011 quando era distribuída apenas em chope. Passou a ser engarrafada em 2012 e ano passado começou a participar de concursos cervejeiros em festivais. Ganhou medalhas, reconhecimento e hoje tem uma abrangência maior. Sempre sob o comando do Gilmar Gutbrodt – mestre cervejeiro gaúcho que trabalhou por muito tempo na Brahma e depois Dado Bier – a cervejaria atualmente conta também com a ajuda do Guilherme, paranaense formado no Centro de Tecnologia SENAI Alimentos e Bebidas, de Vassouras. Leonardo Botto – o primeiro ganhador do Concurso Mestre Cervejeiro da Eisenbahn e um dos proprietários do Botto Bar – também foi importante na construção da marca ao criar algumas receitas para a cervejaria.

A cerveja em si

Ao colocar no copo, a cerveja apresentou as seguintes características: cor dourada, ligeiramente translúcida, com espuma de média formação e curta duração, sendo que uma fina camada permaneceu até o final. Aroma bem suave, com notas adocicadas do malte e amargor do lúpulo bem suave. Sabor acompanha o aroma. Retrogosto ligeiramente ácido (muito suave mesmo), com um certo dulçor. Carbonatação média. Corpo leve. Álcool um pouco abaixo do esperado, mas nada que comprometa a qualidade.

CONCLUSÃO DO GRANDE CHICO
Essa cerveja é para iniciantes? Sim, perfeita pra quem está começando. Ela é mais encorpada que as cervejas 'normais', só que com muito mais sabor. Pode ir na fé.
Tem um bom custo-benefício? Mais ou menos.
É fácil de beber? Sim, fácil demais!
É fácil de encontrar? Sim, bares especializados
Observações: extremamente refrescante. Uma cerveja de qualidade para botecar com qualquer petisco. Vale o investimento.

INFORMAÇÕES
Noi Bionda Oro
Estilo: Premium American Lager 
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Noi
País: Brasil
Comprada em: Caipirão do Milho - Rio das Ostras
Preço: Uns R$ 20,00

PS: Essa foi a primeira cerveja de 2016. Como estava com copos de plástico e na praia, a foto não saiu muito legal.