sábado, 18 de janeiro de 2014

Análise: Frozen - Uma Aventura Congelante


Primeiro post sobre filmes. Ou seja, já peço para que desconsiderem qualquer erro neste texto. =P

Acho que a última vez que assisti uma animação no cinema (Anima Mundi não conta) foi "Meu Malvado Favorito 2". Como já estava na rua e não queria ficar ilhado no temporal que caiu na última quinta-feira, decidi me refugiar no shopping e assistir a um bom filme. De início, minha intenção era assistir "O Lobo de Wall Street", mas como a sessão era muito tarde, optei por "Frozen - Uma Aventura Congelante". O gosto pela animação falou mais alto.

Tudo bem que é uma animação da Disney, mas dei meu voto de confiança. Eles usam uma 'fórmula' meio repetitiva: princesas, musical, cantoria, um príncipe, um plebeu e um personagem que faz piadas. Isso não me agrada em nada, mas tudo bem...

Antes do filme começar, é exibido o curta "Hora de Viajar!", uma homenagem a "O vapor Willie",  primeira aparição de Mickey Mouse. E lá estão todos eles: além de Mickey, aparecem Minnie, Horacio, Clarabelle e o 'vilão' João Bafo de Onça. Sinceramente, é uma excelente mistura entre passado e presente. A ideia que eles tiveram de mesclar desenhos à mão e gráficos de computador foi sensacional. Não é a toa que foi (merecidamente) indicado para o Oscar 2014.


Ao fim do curta, aparece como produtor executivo o seguinte nome: John Lasseter. Era como um tapa na cara. Por que duvidar de uma animação 3D da Disney (exceto Aviões) se é a Pixar que está no comando da bagaça? Francamente, tem algumas coisas que meu raciocínio é lento demais. Fora isso, a equipe envolvida no projeto é excelente: Paul Briggs (Mulan e Hércules), Nancy Kruse (Simpsons), Lauren MacMullan (Detona Ralph e Simpsons) e Raymond S. Persi (Detona Ralph e Simpsons). Só desconhecido... :P

Sobre "Frozen - Uma Aventura Congelante", é exatamente o que se espera de um filme Disney. Logo na primeira cena (que, pra mim, é um filler, já que não precisava ter contado a história do plebeu Kristoff), muita cantoria e coreografia. Depois, para explicar a história das princesas (Elsa e Anna), mais cantoria. Não que seja algo que incomode, pelo contrário, mas é uma fórmula Disney que já se espera.

Príncipe Flynn e Princesa Anna

Durante a história das princesas, um acidente na infância envolvendo os poderes especiais da mais velha (Elsa), fez com que os pais as mantivessem afastadas até que ela assumisse o reino de Arendell. Neste acidente, o grupo de trolls (que, ao contrário do que estamos acostumados a ver, são criaturas boas e engraçadas) informa à família que, se o acidente entre Elsa e Anna tivesse atingido o coração, a cura só seria possível através "de um ato de amor verdadeiro".

Princesa (e, depois, rainha) Elsa

Kristoff (o plebeu) e Princesa Anna

E é exatamente aí que a animação surpreende. Se eu falar mais, é o spoiler-master do filme.

Já falei das princesas, da cantoria e do plebeu. Só faltou falar do príncipe (que, de certa forma, retrata muito bem a personalidade humana) e do personagem bobo, representado por Olaf, um boneco de neve que adora abraços quentinhos e que sonha com o verão. Ele dá uma nova dinâmica ao filme, motivando ainda mais Anna a reencontrar sua irmã. Talvez seja ele o grande personagem de Frozen, já que Olaf é o grande elo entre as irmãs, além das piadas sem sentido e inocentes que ele faz (totalmente sequelado rs).

Olaf: aaaah, o verããããããão
Uma das cenas mais hilárias do filme

"Frozen – Uma Aventura Congelante" é um prato cheio tanto para quem gosta de animação, quanto para a criançada. A experiência fica melhor ainda se você assistir em 3D, principalmente nas cenas que a rainha Elsa resolve usar seus poderes e durante o curta "É Hora de Viajar!". Ou seja, se você tem um certo preconceito com as animações da Disney, essa pode superar suas expectativas.

INFORMAÇÕES
Título: Frozen
Título em Português: Frozen - Uma Aventura Congelante
País: Estados Unidos
Ano: 2013
Duração: 108 min


CURIOSIDADES (http://www.adorocinema.com/)

• Terceira tentativa
Esta foi a terceira tentativa da Walt Disney Pictures em adaptar o conto "A Rainha do Gelo" para o cinema. A primeira aconteceu em 2002, mas o diretor Glen Keane acabou abandonando o projeto. Em 2009 o projeto foi trazido de volta à tona, com Kirk Wise e Gary Trousdale sendo contratados como diretores, Don Hahn como produtor e Linda Woolverton como roteirista. Entretanto, mais uma vez o projeto não andou. Apenas no ano seguinte, em 2010, é que a adaptação enfim saiu do papel.

• Quebrando tabus
Jennifer Lee é a primeira mulher a dirigir um longa-metragem de animação produzido pela Walt Disney Pictures. Ela é também a primeira mulher a roteirizar sozinha uma animação do estúdio desde A Bela e a Fera (1991), cujo roteiro foi escrito por Linda Woolverton.

• Dois anos depois...
Idina Menzel fez audições para dublar a personagem Rapunzel em Enrolados (2010), mas não foi escolhida para o papel. Entretanto, um diretor de audições da Disney lembrou dela durante a seleção de candidatos para Frozen, ocorrida dois anos depois. Com isso, a atriz acabou ficando com a personagem Elsa.

• Vilã modificada pela canção
Inicialmente a rainha Elsa seria a grande vilã de Frozen, mas os produtores resolveram alterar a personagem após ouvirem a canção "Let It Go". Eles consideraram que a canção, além de ser muito atraente, ressaltava questões positivas demais para uma vilã. Com isto, o roteiro foi reescrito para que Elsa se tornasse uma jovem inocente que está em pânico por não conseguir controlar seus poderes.

• Homenagem
O príncipe Hans tem este nome em homenagem a Hans Christian Andersen, autor da história na qual Frozen é baseado.

• Uma rena sob análise
Uma rena de verdade foi levada até os estúdios da Disney, para que os animadores pudessem estudar seus movimentos e maneirismo para a criação do personagem Sven.

• Participação especial
Quando os portões se abrem durante "For the First Time in Forever" é possível ver uma participação especial dos personagens Rapunzel e Eugene, de Enrolados (2010). Eles aparecem à esquerda da tela.

• Voz de Walt Disney em "É Hora de Viajar!"
Em entrevista em vídeo, a produtora Dorothy McKim conta como foi possível: "Desde o começo, Lauren [MacMullan, diretora] queria usar a voz de Walt. Nosso editor pegou todos os curtas de 1928 até mais ou menos 1943 e extraímos todos os diálogos que ele fez. Mas percebemos que naquela época tudo era gravado em um único canal na própria película, todo diálogo e música. Então trabalhamos com uma empresa externa, que ajudou a separar isso para podermos usar".

"Mostramos um pouco disso para o John [Lasseter, diretor criativo da Disney Animations] e ele adorou a ideia de usarmos a voz de Walt. Então foi tomada a decisão de usar a voz de Walt em tudo e tivemos que voltar e reescrever algumas coisas, porque o Mickey não falava muito naquela época", completa a diretora Lauren MacMullan.

• Referências a outros filmes (http://cinema.uol.com.br)
Os doces da coroação de Elsa vieram de Sugar Rusch (de "Detona Ralph"). Até Mickey Mouse está presente como um boneco na estante de Anna. Por último, há a semelhança do rei de Arendelle, pai das protagonistas, com o jovem Walt Disney, que o estúdio explica, em seu site, apenas como "uma percepção dos internautas"


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