quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Parque Nacional do Iguaçu - Foz do Iguaçu/Brasil



Após visitar o Iguazú Argentina, nada melhor que conhecer o Parque Nacional do Iguaçu, o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, para fazer as devidas comparações.

Apesar do Parque Nacional do Iguaçu possuir uma boa estrutura para turistas e contar com uma infraestrutura adequada para visitantes de qualquer idade, este passeio pode ser um pouco entediante para as crianças, tendo em vista que o parque é mais voltado para contemplar a natureza e tirar boas fotos.

Dicas iniciais: pagamentos e vestuário

Ao contrário do parque argentino, não é necessário reservar dinheiro em espécie, pois todo o parque também aceita cartões (débito/crédito) para pagamento. Isso já é um grande adianto.

Mesmo sendo menor que o Iguazú Argentina, a dica para o vestuário também está valendo para o Parque Nacional do Iguaçu: leve uma muda de roupa extra na sua mochila (caso resolva fazer um passeio no Macuco Safari) e protetor solar. Capa de chuva é totalmente dispensável (eu levei porque estava gripado). Vá de tênis e, se possível, separe um chinelo. Leve água e comida dentro da mochila, pois tudo no parque é caro.  

Horário de partida: saia cedo do hotel

Primeiramente, o planejamento para este passeio é essencial.
Se você estiver com tempo sobrando durante sua viagem, dedique um dia inteiro para conhecer o Parque das Aves o Parque Nacional do Iguaçu. Esta logística é perfeita, tendo em vista que as duas atrações são bem próximas (é só atravessar a rua, literalmente).


Como se trata do maior ponto turístico da cidade, é recomendável que você chegue cedo ao local, principalmente se você for durante um feriadão. As fotos ficam melhores e o calor não vai ser um inimigo.
Você até pode ir a tarde, mas será um passeio bem mais cansativo (acredite, eu fui a tarde).


Parque Nacional do Iguaçu: como foi o passeio?

Para começar, é indiferente você comprar o ingresso na hora ou pela internet. A única 'vantagem' de comprar online é que a fila para troca do voucher pelo ingresso é menor. Entretanto, com ingresso na mão, você encara a fila para embarcar nos ônibus. Li relatos na internet que a espera é de 40 minutos. No meu caso, o tempo foi bem maior: 2 hora e 30 minutos. 



Como você vai aguardar um bom tempo para embarcar no ônibus, reveze com sua dupla ou galera para conhecer o terminal, que possui lojas especializadas com souvenirs, banheiros e painéis informativos.


Os ônibus do parque são temáticos, com dois andares e levam os passageiros do Centro de Visitantes até o terminal dos mirantes, fazendo paradas intermediárias para os que querem fazer os passeios como Macuco Safari, Voo de Helicóptero e Trilha do Poço Preto (obviamente, passeios que são pagos a parte).
O lado negativo deste sistema de transporte é que os ônibus partem do terminal com lugares vazios, na expectativa de outros passageiros embarcarem nos pontos intermediários.
No total, o ônibus demora cerca de 20 minutos para chegar o terminal dos mirantes.

A trilha do parque brasileiro é única e ligeiramente estreita. Como tem muita gente indo e vindo, é necessária uma boa dose de paciência para tirar a foto perfeita. 

Caso você tenha visitado o lado argentino primeiro, é possível visualizar todas as quedas dágua que você viu por lá. Afinal de contas, somente no lado brasileiro que você consegue ver 100% das quedas dágua.




A melhor parte do passeio é no Mirante Central. É a vista mais bela do parque. Vai ser lá também que você vai se molhar. Um colírio para os olhos e para renovar as energias. 


Existe também a opção de você fazer um passeio no Rio Iguaçu, assim como no parque argentino. Caso você tenha coragem de chegar bem de perto de algumas quedas dágua, é só desembarcar na parada Macuco Safari. O passeio é pago a parte e, na época (setembro/2015), custava R$180.
A título de curiosidade, na Argentina, este passeio custava R$100 a menos.





Problemas encontrados: falta de educação e desrespeito

Quando lembramos deste passeio, lembramos da falta de educação do brasileiro e do desrespeito dos organizadores do parque.

Falta de educação porque os 'agentes' de turismo, por diversas vezes, reservavam um lugar na fila para o grupo que eles estavam guiando. Começava aí uma série de discussões sobre 'furar fila', já que muitos brasileiros gostam de 'se dar bem' em toda e qualquer situação. 

Entretanto, acredito que o pior de tudo é o desrespeito dos organizadores do parte com seus visitantes, tendo em vista que o sistema de transporte é falho sob diversos quesitos. Este descaso gera desconforto entre os visitantes e um sentimento de 'felicidade' quando o ônibus partia do Centro de Visitantes. 
Comemorar por conseguir embarcar após 2 horas e meia? Me desculpe, mas isso não é motivo para comemorar. Se você celebra isso, está compactuando com o descaso.


Início da fila: 14h30
Embarque no ônibus no Centro de Visitantes: 17h
Fim do passeio, desembarque no Centro de Visitantes: 19h20

Conclusão

Visualmente falando, é uma excelente experiência. Foi um passeio um pouco corrido, mas muito agradável. 
Se você busca contato com a natureza, esqueça. O parque brasileiro é voltado para um passeio mais tranquilo, tirar excelentes fotos para facebook e/ou instagram e gastar dinheiro, muito dinheiro. 

"Chico, então é melhor visitar o lado argentino né?”
Sim, certamente. Visite o lado argentino primeiro para visitar o lado brasileiro. São dois passeios que se completam. 
Enquanto o lado argentino possui como vantagens o contato com a natureza e a proximidade com a Garganta do Diabo, o lado brasileiro tem a seu favor a vista panorâmica e a proximidade com seu hotel.

Detalhe: ao olhar do lado brasileiro para o lado argentino, o que mais me chamou atenção foi a bandeira da Argentina, Já do lado argentino, o que mais me chamou atenção foi o hotel. Nada de bandeira do Brasil. Infelizmente, é nessas horas que percebemos o quanto que somos 'patriotas'.

O Parque Nacional do Iguaçu fica aberto todos os dias, das 09h às 17h.

Parque Nacional do Iguaçu
Avenida das Cataratas, BR-469, KM18
Foz do Iguaçu - Paraná, Brasil
Cartões: crédito e débito (principais bandeiras)

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