Repetindo a saga realizada nos anos anteriores, o tour por alguns botecos participantes do Comida di Buteco no Rio de Janeiro é algo que tenho um imenso prazer de fazer e de trazer pra vocês uma luz no fim do túnel para a seguinte questão: vale ou não vale a pena ir nesse boteco?
Após uma longa discussão, chegou-se a um denominador comum, onde avaliamos não só o prato que seria servido, mas também a logística no deslocamento.
Petisco: Cearense Arretado
Descrição: Aperitivo de aipim frito, queijo coalho, carne seca acebolada, linguiça fina de pernil acompanhados de uma deliciosa farofa cearense
Em 1992, o Sr. Silva e seu filho Marco vieram até a feira livre na Rua Tereza Cavalcante, em Piedade. Ao retornarem, pararam em um bar de esquina e, percebendo que o proprietário não era do ramo, se perguntaram: "E se esse bar fosse nosso?". No mesmo dia, chamaram o dono do bar e lhe fizeram uma proposta, mesmo sem o conhecê-lo. E o negócio foi fechado. Após muita luta e perseverança, recebemos o nome fantasia de Tramelinha, devido ao nosso tamanho em comparação ao nosso vizinho, o tradicional Tramela (Atual Barril 8000).
A apresentação do prato foi bem semelhante à imagem promocional, apesar da foto não ajudar muito. O prato é muito bem servido (isso é característico de todos os petiscos do Tramelinha), atendimento acima da média e bebidas sempre geladas, com carta restrita de cervejas artesanais. Aliás, o prato lembra muito aquelas porções mistas que a gente encontra em muitos bares no Rio de Janeiro. O molho a campanha faz total diferença. Se você gosta de comer no Centro de Tradições Nordestinas (a.k.a. Feira dos Paraíbas), peça o Cearense Arretado que você não vai se arrepender.
CONCLUSÕES DO GRANDE CHICO
Serve quantas pessoas? Três.
Bem servido? Com certeza!
Preço: $25,90
Custo-benefício: Alto
Resultado: Vale a pena a visita =)
Comentários: assim como no ano passado, esse é um dos pratos mais bem servidos que já experimentei no Comida di Buteco. Tudo na medida certa. Só que, como fã de queijo, queria um pouco mais de queijo coalho. O modo com que eles serviram a carne seca não me agradou (parece que só desalgaram). Agora, o molho a campanha é muito bom e a farofa é o que mais se destaca no prato: me fez lembrar perfeitamente o tempero que minha família lá no Ceará utiliza.
Curiosidade: o Tramelinha e o
Du Moçada ficam a DOIS MINUTOS a pé de distância. =D
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Sobre o Comida di Buteco
Desde 2012, venho visitando alguns poucos bares participantes do Comida
di Buteco, considerado um dos maiores eventos gastronômicos do Brasil, e
tento reunir aqui o maior número de informações possíveis para você,
visitante do Grande Chico, escolher o bar certo de acordo com a sua fome.
Criado no ano de 2000 em Belo Horizonte (quando digo que lá é um
excelente lugar para se comer, não duvidem!), a edição deste ano conta
com mais de 500 bares, espalhados em 20 cidades, cujo tema escolhido para esse ano foi cereais
Realizado anualmente entre os meses de abril e maio, a dinâmica do concurso é a seguinte: cada um dos bares participantes tem que criar um petisco com os ingredientes escolhidos em cada edição. O público e os jurados visitam, votam em quatro quesitos (higiene, atendimento, temperatura da bebida e o tira-gosto, sendo que este último carrega 70% da nota final) e depositam a cédula de votação na urna (cada bar tem sua própria urna). Aliás, é proibido que os funcionários do local colocarem as cédulas dentro da urna.