Primeiramente, toda minha alegria neste segundo dia de Rock In Rio foi graças ao amigo Reinaldo e sua amiga Suelen. Graças aos dois que pude adquirir o ingresso e aproveitar cada segundo. Muito obrigado aos dois.
Com tudo comprado há mais de dois meses, foi triste perder o show que o Iron Maiden fez em São Paulo, junto com Slayer e Ghost. Mesmo com algumas resenhas falando que o som estava uma porcaria, não estava conformado em perder um show da minha banda favorita. A galera do trabalho até me falou que era ir ao show, pois foi um investimento que fiz. Na hora, nem me importei com o dinheiro perdido, pois estava mais preocupado em solucionar o problema da instituição.
O mais engraçado é que, dois dias após comprar a passagem de avião para São Paulo, recebi um email do Ingresso.com falando sobre uma nova carga de ingressos para o Rock In Rio. Como só tinha comprado para o dia 19/09, era oportunidade de comprar para assistir o show do Iron aqui no RJ. Mas, como já estava com tudo comprado para SP, nem me esforcei e ignorei o email.
Sem poder ir pra São Paulo e sem ingresso para assistir o Iron aqui no Rio de Janeiro, o que fazer? Sábado de manhã, recorri aos amigos no Facebook. Eis que surge o amigo Reinaldo, dizendo que uma amiga dele estava vendendo alguns ingressos para o dia 22/09. Foi através dele que conheci a Suelen, simpática que só. Consegui com ela o tão sonhado ingresso, o passaporte para a felicidade.
Sendo este o quinto dia que vou ao Rock In Rio (três em 2011 e duas em 2013), uma coisa não muda, que é a desorganização na entrada. Exceto nas apresentações que aconteceram na quinta-feira, é sempre um caos para entrar na Cidade do Rock. Para passar pelo primeiro "funil", onde seguranças apenas observam se você está com ingresso na mão, tem que aplicar perfeitamente a Lei do (FDP) Mais Esporto, onde empurrar e dar cotovelada são pré-requistos básicos. Por conta desse ótimo sistema de controle, aplicado mundialmente em todos os grandes festivais de música, tive o prazer de perder a primeira banda do dia (Viper). Muito obrigado a toda organização do Rock In Rio por me proporcionar um momento épico, roçando e sendo roçado no alvoroço coletivo para entrar na Cidade do Rock.
Por essas e outras que não tive nem tempo de comprar minha cerveja (diga-se de passagem, de todos os locais que vendiam cerveja, o Botequim Informal estava vendendo uma Heineken extremamente aguada) para assistir o primeiro show do dia.
Destruction + Krisiun: admito que o material que conheço da banda alemã Destruction é bem limitado. No máximo, "Curse the Gods" e "Total Desaster". O mais bacana do show foi ver a galera presente vibrando com cada música, enquanto o vocalista/baixista Marcel Schmier até que mandou bem ao falar algumas frases em português, como "uma caipirinha, por favor" e "foda pra caralho". O resultado, obviamente, foi um puta show digno de Palco Sunset, reforçando minha teoria que por lá é que acontecem os melhores shows. Depois foi a vez dos gaúchos do Krisiun dividiram o palco, sendo esta a primeira vez que uma banda de Death Metal tocava no festival. Ano passado perdi a oportunidade de assistir a um show deles aqui no Circo Voador, junto com Sepultura. Hoje vejo que escolhi o melhor dia para conhecer o som da banda ao vivo. Sinceramente, uma das melhores bandas brasileiras em atividade.
Setlist Destruction + Krisiun
Set1: Destruction
Curse the Gods
Thrash Till Death
Spiritual Genocide
Nailed to the Cross
Mad Butcher
Armageddonizer
Bestial Invasion
The Butcher Strikes Back
Set2: Destruction + Krisiun
Black Metal (Venom cover)
Set3: Krisiun
Kings of Killing
Combustion Inferno
Vicious Wrath
Ominous
Set4: Destruction + Krisiun
Total Desaster
Helloween + Kai Hansen: E lá se vão quase 20 anos que ouvi pela primeira vez o som dos criadores do Power Metal. Até hoje me lembro quando me entregaram uma fita K7 com as músicas do Keeper of the Seven Keys part I. Só de ouvir "I'm Alive" já virei fã da banda. Infelizmente, só pude assistir a um show deles. Foi em 2008, no Citibank Hall. Então, tratei logo de garantir meu lugar bem em frente ao palco, próximo à grande. Da mesma forma que haviam muitos fãs de Destruction e Krisiun mais cedo, o Sunset foi tomado por fãs de Helloween. Era muita gente mesmo! Pena que o som deixou a desejar, aliás, o grande mal deste palco. E, sinceramente, com o setlist que eles escolheram pra tocar no festival, foi fácil de conquistar a galera. Eu mesmo saí um resto de gente ao fim do show, depois de muitas rodas e por MUITO pouco não pegar a palheta do Sascha.
Sobre o setlist, eu só trocaria "Waiting for the Thunder" por "Burning Sun". As duas são ótimas, mas considero a segunda uma das melhores do último álbum (Straight Out of Hell).
Agora, a única pontinha de frustração ficou com a presença de Kai Hansen nas guitarras. Bem que eles poderiam dar um jeitinho de colocá-lo pra cantar uma música do Walls of Jericho. Sim, é muita insanidade, mas vai que...
Aliás, já que o assunto é saudosismo, aqui vai um recado para os fãs de Helloween: parem de pedir que Michael Kiske volte aos vocais. Andi Deris é um puta vocalista e já fez excelentes trabalhos como frontman da banda, como Master of the Rings e Better than Raw. Agora, que seria interessante ouvir Kiske cantar "Power" ou "Where the Rain Grows", ah seria... rs
Essa é do meu celular, para vocês terem noção do quanto estava perto da grade
Setlist Helloween + Kai Hansen
Walls of Jericho
Eagle Fly Free
Where the Sinners Go
Waiting for the Thunder
I'm Alive
Live Now!
If I Could Fly
Power
Are You Metal?
Dr. Stein (with Kai Hansen)
Future World (with Kai Hansen)
I Want Out (with Kai Hansen)
Sepultura + Zé Ramalho: Assim que saiu o lineup deste Rock In Rio e li que o Sepultura tocaria com Zé Ramalho, já veio na minha mente a música "Ratamahatta". Na espera para começar o show, "a wild Tico Santa Cruz appears" bem na minha frente. Se não fosse a minha irmã, o cidadão iria passar direto! Simpatia em pessoa, pedi gentilmente alguns segundos da atenção dele para agradecer pelo fantástico tributo ao Raul Seixas que ele participou no dia 14 e do papel que ele desempenha no momento atual que o país vive.
Enfim, apesar das falhas nos microfones (novamente, de novo, outra vez, sempre assim) até que combinou a mistura do som do Sepultura com o estilo de música nordestina do Zé Ramalho. Combinaçaõ essa apelidada por Andreas Kisser como "Zépultura". Já viu que esse nome caiu no gosto da galera logo de cara, né?
Por mim, já poderia ter ido embora logo na segunda música, "Inner Self". Finalmente Sepultura tocando música de gente normal. Com a chegada de Zé Ramalho, jamais imaginaria, nem no melhor sonho ou sob efeito da melhor cerveja, que "A dança das borboletas" e "Admirável gado novo" ficariam tão boas com um som mais pesado.
Setlist Sepultura + Zé Ramalho
Dark Wood of Error
Inner Self
Propaganda
Dusted
Spit
The Hunt (New Model Army cover)
Da Lama ao Caos (Nação Zumbi cover)
Com Zé Ramalho
A dança das borboletas
Jardim das acácias
Mote Das Amplidões
Em Busca do Ouro
Ratamahatta
Admirável gado novo
Slayer: Mesmo com Paul Dianno cantando "Highway to Hell" e "Wrathchild", acredito que fiz uma boa troca ao assistir Sepultura + Zé Ramalho, deixando Kiara Rocks de lado. O ponto negativo é que não pude assistir Slayer de perto. Outro motivo para não me interessar foi o fato do show deles em São Paulo (o que eu perdi) não ter sido tão bom. Isso me deixou com uma pulga atrás da orelha. O show começou com “World Painted Blood” e o som tava no capricho, ou seja, já dava pra ver que seria uma apresentação impecável, que se confirmou no fim, ao tocarem o trio de clássicos “South of Heaven”, “Raining Blood” e “Angel of Death”. Ah sim, vale lembrar que as duas últimas foram em homenagem ao guitarrista Jeff Hanneman, que veio a falecer no primeiro semestre. Ótimo show para quem nunca tinha assistido Slayer ao vivo. Espero que eles retornem ao Brasil para uma turnê só deles, porque 13 músicas em uma hora de show foi muito pouco para o tamanho da banda
Setlist Slayer
World Painted Blood
Disciple
War Ensemble
At Dawn They Sleep
Mandatory Suicide
Hallowed Point
Die by the Sword
Dead Skin Mask
Hate Worldwide
Seasons in the Abyss
South of Heaven
Raining Blood
Angel of Death
Avenged Sevenfold: Alguém ja assistiu a um show em que todos gritavam e cantavam as músicas, mas você olhava para os lados sem saber o que acontecia a sua volta? Essa foi a minha sensação ao ver o show do A7X. Dava pra perceber que a banda era bem conhecida da galera, mas eu não conhecia NADA! Os caras usaram e abusaram dos fogos e chamas no palco, de certa forma o som é agradável, só que deu pra sentir que boa parte da galera estava esperando o show do Iron Maiden. O vocalista (que, pra mim, imita discaradamente Axl Rose no palco) tentou cativar a galera dizendo ser fã de Helloween e abusou da sorte ao falar “Eu gosto de competição!”, quando o público gritava "Maiden! Maiden!". Enfim, falha grave de quem montou o line up. Deveriam ter invertido a ordem entre o A7X e Slayer.
Setlist Avenged Sevenfold
Shepherd of Fire
Critical Acclaim
Beast and the Harlot
Hail to the King
Buried Alive
Fiction
Nightmare
This Means War
Afterlife
Requiem
Bat Country
Unholy Confessions
Iron Maiden: Ah muleeeeeeeeeeeeque! Enfim, chegava a tão sonhada hora! Quarto show do Iron Maiden em seis anos! Como manda a tradição, comprei a camisa da turnê para curtir o show com o traje adequado. Seria muito tendencioso para comentar sobre o show por ser fã da banda e por ter oportunidade de ouvir duas das melhores músicas do Iron (The Prisoner e Afraid to Shoot Strangers). Jamais imaginei ouvi-las ao vivo, tanto que, durante a execução da segunda música, não resisti e tive cair aos prantos.
Neste caso, prefiro apontar situações que não gostei. Uma delas foi o próprio setlist: se a turnê é para comemorar os 25 anos da turnê "Maiden England", "Hallowed Be Thy Name", "Infinite Dreams" e "Heaven Can Wait" não deveriam ter ficado de fora. Certa vez, já li uma entrevista com o Bruce em que ele comentou que o Iron não pode deixar de tocar certas músicas e uma delas é "Fear Of The Dark". Claro que aquele fã mais ferrenho ficaria fulo da vida se não tocassem essa músicas. Mas porra, é turnê temática! Tem que cair fora do setlist sim!
Outro ponto que deixou a desejar foi o próprio Bruce Dickinson, visivelmente alcoolizado. No fim do show então, nossa, era a cachaça em pessoa, ao ponto de fazer propaganda da cerveja da banda. Tudo bem que foi uma situação engraçada, mas totalmente inconsequente. Isso sem contar que Janick Gers está totalmente subutilizado na banda (se bem que ele estraga todo e qualquer solo, então acho que isso é mais preciosismo de minha parte).
Fora isso, esse segundo e último dia de Rock In Rio 2013 foi totalmente excelente.
E que venham os próximos shows!
Setlist Iron Maiden
Doctor Doctor (UFO song)
Moonchild
Can I Play with Madness
The Prisoner
2 Minutes to Midnight
Afraid to Shoot Strangers
The Trooper
The Number of the Beast
Phantom of the Opera
Run to the Hills
Wasted Years
Seventh Son of a Seventh Son
The Clairvoyant
Fear of the Dark
Iron Maiden
Aces High
The Evil That Men Do
Running Free
Always Look on the Bright Side of Life (Monty Python song)