Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

sábado, 30 de novembro de 2013

Morada Double Vienna


Outro rótulo degustado na Hopfen. Pela proximidade de casa, diria eu que será um lugar que vou frequentar por mais vezes. Comentando sobre as impressões que tive da Bierland Vienna, perguntei se tinha outra do mesmo estilo, só que melhor. Tinha um rapaz no balcão bebendo a Morada Double Vienna, que falou "pode pedir essa que é boa". Todos concordaram. Então, conferi pra ver se era isso tudo.

Antes, é claro, um pouco de história. Encontrei um bom texto no excelente blog Cerveja Para Dois (que, aliás, tem muuuita cerveja que nunca vi na vida): 

Vienna Lager (Double) produzida no Paraná, com um bom toque lupulado para contrastar com a doçura dos maltes. Essa cerveja ganhou nada menos do que a medalha de ouro (na categoria American Style-Amber Lager) no I Concurso Brasileiro de Cervejas, realizado durante o Festival brasileiro de cerveja, no mês de março em Blumenau. Trata-se de mais uma das criações do cervejeiro André Junqueira, proprietário da Morada Cia. Etílica. 

Essa cerva tem uma cor âmbar e a espuma tem longa duração. No aroma, fica fácil de identificar o malte e um dulçor que lembra muito caramelo. No sabor, o bom gosto do malte vienna e do caramelo. O álcool, apesar do rótulo dizer que são 7,6%, fica muito bem inserido na cerva. Mal dá pra perceber. Carbonatação média.

Conclusão: Vale muito a pena! Acho que, de todas desse estilo, essa foi a que mais me agradou. Se ver essa cerva, pode levar que a alegria é certa. 

INFORMAÇÕES
Morada Double Vienna
Estilo: Vienna Lager 
Álcool: 7,6%
Cervejaria: Morada Cia Etílica
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Não me recordo, mas não passa de R$ 18,00

PS: O rótulo da Morada Double Vienna é um interessante ambigrama, você pode virar a garrafa de cabeça para baixo e o seu nome continua legível. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Degustação Suicida #2 - Itaipava


Última cerveja da Degustação Suicida #2. Depois da Nova Schin e da Bavaria, deixei por último a Itaipava, já que todos os amigos falaram que, das três, era a melhor (ou menos pior). Minha mãe, como já tem o costume de beber essa cerva, aguardava ansiosamente para "tirar o gosto ruim da boca". 

Uma coisa que a Itaipava tem de bom, assim como a Skol, são os comerciais, sempre voltados para o público jovem e muito bem humorados. Separei dois para vocês (re)verem.


Novamente, vou recorrer a história da cervejaria ao excelente blog Mundo das Marcas:

Quem gosta de cerveja e freqüenta os estado do Rio de Janeiro e o interior de São Paulo sabe que uma marca está quase onipresente. A cerveja ITAIPAVA, com sua imagem jovem e moderna, prima pela qualidade, identificada com o gosto do consumidor brasileiro, e rapidamente foi apontada por especialistas como uma das melhores cervejas Pilsen do país. 

Decorria o ano de 1993 quando um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia BR 040 - Km 51. Aproveitando o clima ameno da região serrana de Petrópolis no Rio de Janeiro, a existência de água de qualidade excepcional e fazendo uso dos excelentes conhecimentos de um mestre cervejeiro e de matéria-prima importada de alta qualidade, eles fundaram a Cervejaria Petrópolis. No dia 29 de julho de 1994 foi realizada a festa de lançamento da cerveja ITAIPAVA, batizada com o nome de um distrito da cidade de Petrópolis, no Shopping Vilarejo contando com muitas pessoas ilustres da sociedade da região. Pouco depois, no dia 1 de agosto, ocorreu a saída do primeiro caminhão de entrega da cerveja ITAIPAVA para os distribuidores previamente cadastrados. A ITAIPAVA era uma cerveja clara, leve, saborosa e refrescante, bastante apropriada para o clima do Rio de Janeiro.

Sobre a cerva: novamente, loura e translúcida. Entretanto, curiosamente, a espuma da Itaipava é de menor duração do que as outras duas da degustação. O lado positivo é que ela é ligeiramente mais encorpada e possui carbonatação mais baixa entre as três. Lúpulo e malte quase imperceptíveis, com um final meio azedo.

Conclusão: quando a renda estiver baixa, a Itaipava é uma boa alternativa. No calor e estupidamente gelada, desce fácil. Das três que participaram desta degustação, esta é a melhor. Mas, sobrando uma grana, escolha outra. Seu paladar agradece.

INFORMAÇÕES
Itaipava
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,5%
Cervejaria: Cervejaria Petrópolis
País: Brasil
Comprada em: Superprix - Riachuelo
Preço: R$ 1,48

Degustação Suicida #2 - Bavaria


Um dos comerciais que marcou época nos anos 90, pelo menos pra mim, foi com as três principais duplas sertanejas (Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo & Luciano), curtindo a Bavária, a cerveja dos amigos. Foi uma ótima sacada de marketing e que caiu no gosto do público. A conta era simples: Cerveja + amigos + sexta-feira = Bavaria


♫ Hoje é sexta feira
Traga mais cerveja
Tô de saco cheio
Tô pra lá do meio
Da minha cabeça
Chega de aluguel
Chega de patrão
Eu quero é diversão
Bavaria! Bavaria! Bavaria! Bavaria! Bavaria!
Bavaria! ♫

Detalhe que, na busca por uma história da Bavaria, achei esse interessante texto no site Marketing Best, cuja campanha foi vencedora

Escolhida a marca, foram identificadas as regiões de maior potencial para o mercado teste. Uma análise do posicionamento das 4 maiores marcas brasileiras permitiu identificar 2 áreas principais de oportunidade. Entre as 2, foi selecionado o segmento de uma cerveja popular e jovem. A análise dos gostos e preferências desse segmento permitiu aos cervejeiros da Antarctica a criação de uma cerveja perfeita em cor, teor alcoólico, amargor, espuma e extrato. Bavaria Pilsen foi lançada, em todo o Estado de São Paulo, em agosto de 97. O design da embalagem aliou apelo visual e inovação, retratando fielmente a "alma" da nova cerveja. A DM9-DDB criou uma campanha utilizando a temática rural, juntando os maiores nomes da música sertaneja do Brasil Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano.

Vamos ao sacrifício: loura e translúcida. Comparada com a Nova Schin, a espuma se vai em menos tempo. Lúpulo e malte quase imperceptíveis, menos que na primeira cerveja. No sabor, o que fica mais evidente com o tempo é o gosto de guaraná, que incomoda ao longo do tempo. Carbonatação alta. Final seco, que deixa um amargor que não dá vontade alguma de beber o próximo gole.

Conclusão: disparado uma das piores cervejas que já bebi na vida. Foram três para tentar beber uma única lata (mãe, irmã e eu). Talvez crie coragem para comprar uma outra lata, para beber estupidamente gelada e ver se é isso mesmo. Prometo que vou atualizar esta postagem. 

INFORMAÇÕES
Bavaria
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,3%
Cervejaria: FEMSA Cervejaria
País: Brasil
Comprada em: Superprix - Riachuelo
Preço: R$ 1,98

Curiosidade: Jorge & Mateus na lata da cerva? Exatamente. É uma nova tentativa da Bavaria de estreitar o relacionamento com os apreciadores da música sertaneja, que são os principais consumidores da marca. Afinal de contas, ela é a "Cerveja dos amigos". 

Degustação Suicida #2 - Nova Schin


Porque o mundo não é feito somente de boas cervejas!
Depois de beber Cerpa Draft, Kaiser, Skol e Antárctica Sub Zero, chegou a hora de iniciar mais uma saga: Degustação Suicida #2

A galera do Facebook sugeriu diversos rótulos, interagiu bastante e isso foi realmente gratificante. Gostaria de deixar aqui toda minha gratidão a todos que valorizam este meu hobby. Muito obrigado a todos.

Desta vez, escolhi apenas três: Nova Schin, Bavaria e Itaipava.

Começamos pela Nova Schin. No excelente blog Mundo das Marcas tem uma análise bem bacana desta cervejaria, como a evolução da marca, slogans e fatos curiosos:

Tudo começou em 1989 quando a empresa Schincariol, fundada em 1939 pelo filho de imigrante italiano Primo Schincariol na cidade de Itu, interior do Estado de São Paulo, e que havia conquistado popularidade com o refrigerante Itubaína, para comemorar seu cinqüentenário resolveu expandir sua linha de produtos e ingressar em uma nova categoria no mercado com o lançamento da CERVEJA SCHINCARIOL. Quando a cerveja começou a cair no gosto popular e abocanhar fatias consideráveis do mercado, especialmente no interior do estado de São Paulo, a empresa não teve dúvidas, expandiu o negócio espalhando fábricas pelo Brasil. Em treze anos de produção a cerveja SCHINCARIOL já havia atingido 9.8% de participação de mercado, incomodando e muito as marcas líderes.


Como já era de se esperar de uma cerva que é feita para agradar o grande público, a Nova Schin segue o mesmo padrão: na aparência, ela é loura, translúcida, com espuma nada consistente e de curta duração. Sabor e aroma bem fracos, com lúpulo beirando a zero e malte quase imperceptível. Aguada e carbonatação alta.

Conclusão: CervejÃO? Maltes selecionados? Lúpulos importados? Fala sério, departamento de marketing. Se a Nova Schin estiver estupidamente gelada, no calor e com muita sede, se equipara a Skol. Fora isso, não chegue perto.

INFORMAÇÕES
Nova Schin
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,7%
Cervejaria: Schincariol
País: Brasil
Comprada em: Prezunic - Engenho Novo
Preço: R$ 1,70

David Bowie - The Next Day


Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2013. Uma amiga me conta, visivelmente emocionada, que o show do Bruce Springsteen mudou a vida dela. Um claro sinal do poder que a música tem, ao ponto de mudar por completo o destino de uma pessoa. Assim defino a 'relação' que tenho com David Robert Jones ou, se preferir, David Bowie. 

Vamos contextualizar: certo dia, conversando com amigos, um dos assuntos da mesa foi suicídio. Tema pesado, mas que em determinado momento (recente) de minha vida já foi algo a ser considerado. Não tenho vergonha alguma de partilhar isso publicamente, pois todos nós temos problemas. Pois bém, após esta conversa, em meio a uma tristeza sem fim, resolvi ouvir "Heroes". Uma música puxou a outra e resolvi ouvir o álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", mais conhecido como "Ziggy Stardust". No fim, tive o prazer de ouvir pela segunda vez a música "Rock 'N' Roll Suicide". Garanto a vocês, senhoras e senhores, que minha vida mudou após ouvi-la. Hoje, vejo que todo ser humano de bem tem o poder e que pode ajudar o próximo de qualquer problema, seja ele qual for. 

♫ Gimme your hands cause you're wonderful ♫


Como em março estava na correria para conseguir agilizar os papéis da faculdade, não dei a atenção devida ao último álbum de estúdio de David Bowie, "The Next Day". Já que ele vive em um exílio musical, o álbum foi todo desenvolvido em absoluto segredo e pegou a todos de surpresa. 

Assim como comentei sobre o "13" do Black Sabbath, o último trabalho de David Bowie está longe de ser revolucionário e que mudará a história da música. Trata-se de um bom disco de rock, com variações características dos grandes trabalhos de Bowie, com boas notas de modernidade e de experimentação. Isso torna “The Next Day” um álbum básico, comparando com os demais trabalhos dele, mas que não é um "mais do mesmo". Ou seja, acaba se destacando, tem o seu valor.

Não posso negar que tem faixas muito boas em "The Next Day", como a canção-título (bem dançante e de refrão marcante), "Love Is Lost" (a melhor música para mim, que mudou de ritmo da versão do cd para o clipe, sendo as duas muito boas), "Valentine's Day" (bem melódica, a cara dos anos 80, sendo esta a faixa que pode cair no gosto coletivo), “(You Will) Set the World On Fire” (a segunda melhor para mim, baladinha rock bem simples, com refrão cativante), "You Feel So Lonely You Could Die" (com uma das letras mais pesadas do álbum, assim como a canção-titulo) e "Heat" (última música do álbum, que remete o estilo instrumental que Bowie sempre trabalha). Mas, na boa mesmo, não há como desprezar nem mesmo as músicas mais fracas, pois o cd está bom. Ouvir "The Next Day" por inteiro é recompensador.


No fim, chego a seguinte conclusão: essa reclusão voluntária de Bowie foi prejudicial para ele mesmo. Tantos outros artistas da mesma época que ele estão aí, lançando cds e fazendo turnês mundiais, enquanto ele se amargurou do cenário musical e preferiu "tirar férias". Acabou que esse hiato de 10 anos fez com que ele mesmo afastasse os holofotes, período em que se dedicou a pinturas e obras de arte. Neste retorno, vejo que a pausa fez efeito, pois não foi feito um trabalho qualquer. "The Next Day" é um álbum extremamente satisfatório. Enquanto isso, vou ouvindo suas músicas, com a esperança de um dia ver um show do cara que salvou minha vida...

Tracklist:
1. The Next Day (3:26)
2. Dirty Boys (2:58)
3. The Stars (Are Out Tonight) (3:58)
4. Love Is Lost (3:58)
5. Where Are We Now? (4:09)
6. Valentine's Day (3:02)
7. If You Can See Me (3:12)
8. I'd Rather Be High (3:45)
9. Boss Of Me (4:09)
10. Dancing Out In Space (3:22)
11. How Does The Grass Grow? (4:34)
12. (You Will) Set The World On Fire (3:32)
13. You Feel So Lonely You Could Die (4:37)
14. Heat (4:27)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Seasons Green Cow IPA


Depois de provar a Bierland Vienna, fiquei tentado a provar uma cerveja nova. Ou melhor, uma IPA (India Pale Ale). Levei essa dúvida para o Vinícius da Hopfen e ele me sugeriu a Green Cow. Afinal de contas, como já diz o rótulo da cerva: de doce já basta a vida.

Começando a história pelo fim, após beber a cerva, corri pra cada para ler um pouco mais sobre a Green Cow e a Seasons, a cervejaria que produz esta beleza. Tirei esse texto do próprio site da Seasons:

Filhos de imigrantes alemães, o casal Leonardo Sewald e Caroline Bender chegou ao Brasil em 1800 - "e lá vai o índio correndo" para criar a cervejaria artesanal mais antiga do Brasil, fabricando cervejas com ingredientes selecionados, tais como o mais puro malte, lúpulo importado e água da melhor qualidade..."
Pois é, em um universo paralelo, a história da Seasons pode até ser isso aí. Mas por aqui a história é um pouco mais original. A Cervejaria Seasons é uma cervejaria não usual. Aqui, fazemos cervejas com criatividade, usando os mais diversos ingredientes e processos de forma a agregar mais sabor para nossas filhotas, as cervejas.

Localizada no bairro Anchieta, em Porto Alegre/RS, a cervejaria foi criada com o intuito não apenas de criar receitas originais, de cervejas de qualidade e consistência de sabor, mas também de disseminar a cultura cervejeira, através de projetos em conjunto com a comunidade de homebrewers, com outras cervejarias parceiras, apoiando toda e qualquer idéia que fortaleça o conceito da "boa cerveja" no Brasil.

Sobre a cerva: Coloração alaranjada, com espuma branca e bem persistente. No aroma, sinceramente, só dá lupulo. É de dar água na boca, ficando mais evidente limão e laranja. No sabor, é um amargor com predominância de frutas cítricas que, sinceramente, só para quem está acostumado com IPA vai conseguir curtir. O final dela é bem amargo e a carbonatação é média.

Conclusão: sabe aquele dia que você está amargurado da vida, que quer beber uma cerva que combina exatamente com seu estado? Então, a Green Cow combina perfeitamente. Caso sua vibe não seja esta, experimente somente se você realmente goste de IPAs, pois ela é muito boa.

INFORMAÇÕES
Green Cow IPA
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Álcool: 6,2%
Cervejaria: Seasons
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Não lembro, estava alcoolizado :P

Bierland Vienna


O ser humano tem a mania de fazer ranking de tudo. Por exemplo, todo ano algum site/revista especializada em automobilismo resolve fazer o ranking do "melhor piloto de F1 de todos os tempos". Senna? Schumacher? Fangio? Clark? São sempre os mesmos na lista. Só que as pessoas que montam essas esquecem do principal: os adversários que estes pilotos tiveram. Será mesmo que Senna seria o melhor se corresse na década de 70? E se Schumacher tivesse Lauda, Piquet e Prost como adversários, teria sido hepta? Desta mesma forma, vejo essas reportagens de "melhor cerveja do mundo" ou "melhor cerveja do festival x" com certa desconfiança.

Durante a Oktoberfest vi a seguinte reportagem


Os amantes de cerveja têm a oportunidade de experimentar mais de 30 diferentes tipos da bebida nesta 30ª edição da Oktoberfest, inclusive a "melhor cerveja do mundo”. No último dia 27 de setembro, a Bierland Vienna foi premiada no World Beer Awards (WBA), como a melhor cerveja do mundo no estilo Amber/Vienna Lager.

Por incrível que pareça, no mesmo dia dessa reportagem, o Hopfen (ainda vou fazer uma postagem deste excelente local) colocou um barril da Bierland Vienna à disposição dos clientes. Combinem com um casal de amigos da época de Grupo Jovem Santo Afonso de colocarmos o papo em dia e, claro, beber boas cervejas.

Cerva de cor vermelha/cobre, com uma boa espuma de média duração. Como eu gosto desse malte (vienna), sou suspeito para falar sobre o aroma, então direi apenas que me agradou, sobressaindo um pouco o caramelo. No sabor, confirma o caramelo e amargor bem agradável. O álcool não é tão evidente, mas não compromete.

Conclusão: Sem sacanagem? Se essa foi a melhor cerveja do mundo pela WBA, os concorrentes eram bem fracos. Talvez tenha criado uma grande expectativa por uma cerva 'normal'. Merece uma segunda chance, mas na versão garrafa. Esperava um chopp um pouco mais encorpado. No meu 'ranking' de Vienna Lager, ela não está no primeiro lugar (risos)

INFORMAÇÕES
Bierland Vienna
Estilo: Vienna Lager
Álcool: 5,4%
Cervejaria: Bierland
País: Brasil
Comprada em: Hopfen Cervejas Especiais
Preço: Não lembro, mas lá custou em torno de R$ 12,00 no máximo

Primeiro Festival Gastronômico do CADEG e Polo Benfica


Começou dia 18 e vai até o dia 29 de novembro. O Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara (mais conhecido como CADEG), promoverá seu primeiro festival gastronômico. Produto ícone do Mercado, o bacalhau foi a fonte de inspiração de 21 participantes, que criaram receitas especiais, entre petiscos e pratos principais, que estão participando do festival.

Trazido para as nossas terras pelos colonizadores portugueses, este peixe logo ganhou espaço na mesa carioca, caiu no gosto do povo e se tornou ingrediente tradicional da culinária luso-brasileira, por sua versatilidade e sabor.

Segundo o site da CADEG, "Vamos ter bacalhau cozido, frito, assado, ensopado, na brasa, em postas e desfiado, de todos os jeitos e para todos os gostos e bolsos". Neste fim de semana, obviamente, vou arrastar a família pra almoçar por lá. Conseguir uma mesa será pior do que conseguiu uma cadeira no metrô sentido Pavuna às 17h.

E o melhor de tudo: poder beber cervejas importadas/artesanais, já que na CADEG tem várias lojas.

Fim de semana promete!

INFORMAÇÕES
CADEG - Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara
Endereço: Rua Capitão Félix, 110 – Benfica – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – Via Láctea;
Como chegar:
- Ônibus: Linhas 261, 277, 284, 296, 298, 310, 311, 312, 313, 350, 472, 474, 476, 621, 622, 624, 630, 634, 665, 711 e 780;
- Metrô ou Trem: Saltar na estação Triagem + ônibus (dá pra ir andando, mas o trajeto não é muito seguro, então eu não escolheria essa opção. Melhor desembarcar na estação Central e pegar algum ônibus relacionado acima)
Horário de funcionamento: de Segunda a Sábado, de 01h às 17h; Domingos e feriados, de 01h às 14h;

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Laurentino Gomes e a trilogia 1808/1822/1889


Nunca fui fã de livros. Me lembro das provas de Português no colégio que tínhamos que ler aqueles livros clássicos da nossa literatura (como O Cortiço, Os Sertões etc), decorar aquilo tudo e fazer uma prova no fim do semestre. Como eu odiava aquilo. Minha aversão por esse método de avaliação é tão grande que hoje não tenho esse bom hábito de ler livros. Hoje, se leio três por ano é muito.  

Sim, me causa certa inveja daqueles amigos que tem esse hábito, que buscam as promoções em lojas virtuais ou que descobrem em sebos relíquias a preços baixíssimos. Sabe, ter aquela montanha de livros e arrumar algum tempo para ler...

(Sim, trocar o tempo na internet para ler livros pode ser uma solução)
(Sim, deixar de postar em um blog para ler livros pode ser outra solução)

Enfim, o número de livros que já li é baixíssimo se comparar com alguns amigos e extremamente alto se comparar com outros. É tudo questão de perspectiva! Admito que passei a ter esse gosto após ler a série completa do Harry Potter. Tudo bem, a história é legal, pode parecer infantil e tem um final ridículo. Mas, mesmo assim, gostei. Foi a partir do Harry Potter e a Pedra Filosofal que passei a ler outros livros.

Certo dia, navegando pela internet, soube do lançamento de um livro escrito por um jornalista, que relatava sobre a história da vinda da Família Real para o Brasil. Como sempre gostei de estudar história e acredito que para entender os problemas atuais de uma nação é preciso estudar o seu passado, resolvi fazer uma aposta e comprar um exemplar.

De certa forma, 1808 é de uma leitura muito fácil, ideal para quem quer aprender um pouco de história e que não estão preocupados com o rigor metódico das obras sérias e acadêmicas. É claro que, uma hora ou outra, o autor deixa transparecer sua opinião, ao dar um tom pitoresco a alguns personagens, mas nada tão absurdo quanto Marco Nanini, ao representar Dom João VI no filme Carlota Joaquina.

Ou seja, meus amigos: não vou aqui julgar a qualidade do livro e nem dos trabalhos anteriores de Laurentino Gomes. Deixo isso para os diversos críticos que já existem.

No embalo, resolvi comprar o 1822, que retrata a forma com que o Brasil estava prestes a se fragmentar em estados independentes e a salvação foi libertar-se de Portugal, tornando nosso país uma flor exótica na América: um império cercado por repúblicas. Esse, pra mim, é o período da história mais bacana de se ler. No fim do livro, me fiz a seguinte pergunta: por que ele não lança um livro sobre o início da República.

Estava eu, de boa na lagoa, suave na nave e vejo que, durante a Bienal desse ano, o autor faria o lançamento do 1889. Em seguida, faria uma noite de autógrafos na Saraiva do RioSul, pertinho do trabalho. Fiz questão de levar os dois livros anteriores, comprei o 1889 e fui pra fila para trocar algumas palavras com o autor. Sei que ele deve ter falado com milhares de leitores, cada um comentando o que achou de suas obras, os erros e acertos etc. Mas, fiz questão de agradecer a quem me deu a oportunidade de despertar o interesse em aprender um pouco mais sobre o Brasil.

Admito que comecei a ler o 1889 tarde demais, pois meu objetivo era terminá-lo hoje. Seria minha forma de celebrar a "Proclamação" da República. Considero o feriado de 15 de novembro como uma comemoração a um golpe militar, oficializado pela população 103 anos depois, num plebiscito totalmente tendencioso.

Mas, desde já, fica o conselho: leiam a trilogia de Laurentino Gomes.






sábado, 9 de novembro de 2013

Houblon Chouffe Dobbelen IPA Tripel


Numa dessas visitas descompromissadas no Il Piccolo Café, fui convicto a beber uma cerveja belga. Não fui atrás de uma específica, queria experimentar algo novo, algo que eles me indicassem. Nessa época estava conhecendo algumas IPA's e comentei esse detalhe com o atendente. Foi aí que ele me sugeriu a Houblon Chouffe Dobbelen IPA Tripel

Novamente, recorri a uma breve descrição da cervejaria no blog Para Que Você Cerveja:

A Brasserie D'Achouffe é uma cervejaria belga localizada em Achouffe, um pequeno vilarejo na Valônia. Nos anos 70, os cunhados Pierre Gobron e Christian Bauweraerts decidiram produzir sua própria cerveja. Tudo começou como um hobby, mas o crescimento da cervejaria foi tão grande que eles decidiram se dedicar em tempo integral à ela. Em 2006, o grupo Duvel Moortgat, da também famosa Duvel, comprou esta pequena cervejaria belga.

A Houblon Chouffe Dobbelen IPA Tripel foi produzida pela primeira vez em 2006. Houblon significa lúpulo em francês, principal língua falada na região da cervejaria. Conclui-se a partir do nome que a cerveja tem o lúpulo como destaque. Na realidade são usados 3 tipos de lúpulo na sua fabricação: Tomahawk para amargor, Saaz para aroma e Amarillo no dry hopping. São 59 unidades de amargor (IBU) proporcionadas por esta lupulagem.

Cerva bem dourada, com espuma de alta formatação, duração e consistência. Um conjunto tão bonito que, só de ver, já se tem vontade de degustar. No aroma, um frutado cítrico bastante assertivo (algo mais voltado para o limão e laranja), além do lúpulo. No sabor, ela é levemente adocicada, frutada (confirmando o limão e laranja), de amargor intenso, mas que não deixa a boca seca. Alta carbonatação. 

Conclusão: QUE CERVEJA, MEUS AMIGOS! QUE CERVEJA! Simplesmente é a melhor cerveja que já bebi na vida e será difícil que outra a supere. Para quem gosta de frutas cítricas então, é um espetáculo. Sim, ela tem um amargor bem forte, mas é uma cerveja excelente para se beber. Depois dessa, parava no Piccolo para beber uma garrafinha antes de voltar pra casa. Hoje, como minhas idas ao Centro não são tão constantes quanto antes, sempre há uma garrafa em casa para "situações emergenciais". Vale cada centavo e cada gota. Não deixem de provar.

PS: foi com essa cerveja que vi que, sim, anão consegue dar rasteira =P

INFORMAÇÕES
Houblon Chouffe Dobbelen IPA Tripel
Estilo: Belgian IPA
Álcool: 9,0%
Cervejaria: Brasserie D'Achouffe
País: Bélgica
Comprada em: Il Piccolo Café
Preço: Uns R$ 30,00

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Strong Suffolk Vintage Ale


Essa cerva eu descobri por um acaso. Na degustação promovida pelo Pivo Bier, comentei com um dos donos do bar sobre as cervejas que mais gostava e acabei citando a Abbot Reserve. Na mesma hora ele me falou: prove então a Strong Suffolk Vintage Ale que você vai gostar ainda mais. Assim que o orçamento ficou mais light, comprei uma garrafa para ver se realmente eu iria curtir a cerva.

Como de costume, um review da cervejaria. Dessa vez, o texto retirado é do blog Para Que Você Cerveja

A cervejaria Greene King foi fundada no ano de 1799 na cidade de Bury St. Edmunds do condado de Suffolk no leste da Inglaterra. Hoje a empresa é dona também de Pubs e cadeias de hotéis. Entre as cervejas produzidas por esta cervejaria temos várias que são possíveis de serem encontradas no Brasil, entre elas a Old Speckled Hen, Abbot Ale, Greene King IPA, Ruddles County, Hen's Tooth e a Strong Suffolk Vintage Ale.

Esta cerveja é fruto da mistura de duas Ales. Uma delas é a Old 5X, uma cerveja com alto teor alcoólico (12%ABV) que matura durante 2 anos em barris de carvalho. A outra é a BPA, uma Ale nova que é misturada pouco antes do engarrafamento. O resultado é uma cerveja maravilhosa, frutada e complexa com teor acoólico de 6%. A Strong Suffolk pode ser adegada durante alguns anos que evolui bem e sem problemas. 

Algo bem interessante que vale a pena ser citado é a frase presente no contrarrótulo: "Please take as much care enjoying our beers as we do brewing them." Ou seja, tenha todo o cuidado ao apreciar nossas cervejas quanto nós temos ao fabricá-las.

A cerva tem cor de madeira e a espuma, de início, forma grande volume, que com o tempo vai cedendo até ficar uma camada bem tênue. No aroma, sinceramente, fico devendo porque achei complexa demais, me falta instrução para identificar algo mais nítido. No sabor, ela fica mais fácil: malte, madeira, caramelo (bem fraco, mas dá pra sentir) e um amargor baixo. Baixa carbonatação.

Conclusão: Ótima cerveja, sensacional. Sinceramente, se você ver uma unidade, pode comprar que o sucesso é garantido. Se beber em um dia frio então, fica melhor ainda. Deixá-la esquentar no copo também é uma outra boa dica, já que o sabor dela fica melhor do que gelada.

INFORMAÇÕES
Strong Suffolk Vintage Ale 
Estilo: Old Ale
Álcool: 6,0%
Cervejaria: Greene King
País: Inglaterra
Comprada em: Pivo Bier
Preço: R$ 33,00

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Bamberg Hells


Há muito tempo que uma amiga me fala dos prazeres que é experimentar o sorvete de queijo com calda de goiabada da Livraria da Travessa de Ipanema. Acho que teve um mês que ela me falou dessa sobremesa umas três vezes, sem exagero. Até que, numa sexta-feira, trocamos o tradicional café no Starbucks para que eu conhecesse essa tal iguaria.

Porém, antes de pedir o sorvete, resolvemos jantar, já que estávamos morrendo de fome. Escolhi o cheeseburguer do Bazzar, que leva carne de picanha, coberta com queijo cheddar em estado de derretimento. Ao redor, alho confit, saladinha de rúcula, e dois molhos da casa (barbecue e mostarda). Para acompanhar, me sugeriram a Bamberg Hells.

Sobre a Cervejaria Bamberg
A micro cervejaria Bamberg nasceu no ano de 2005 em Votorantim, nas imediações de Sorocaba, interior de São Paulo. Os irmãos Alexandre, Thiago e Lucas visitaram várias cervejarias ao redor do mundo, e através de muita pesquisa e análise fundaram a Cervejaria e deu-se o nome de Bamberg em homenagem à cidade alemã que leva o mesmo nome, referência em produção de cervejas na Alemanha. A cidade de Bamberg é um importante centro turístico e cultural, que tem como uma de suas principais atrações turísticas a Cidade Histórica, famosa por sua rica arquitetura medieval, ainda preservada depois de séculos e reconhecida como patrimônio histórico mundial. Além disso, possui outra interessante característica: sua densidade de cervejarias por habitantes é a maior do mundo. 


Coloração dourada, espuma branca e de longa duração. Show de bola. O malte é levemente adocicado, sobressaindo tanto no aroma quanto no paladar. O lúpulo é bem discreto, assim como a carbonatação da cerva.

Conclusão: sinceramente? Uma boa cerveja, caso o objetivo seja uma conversa descontraída com os amigos. Agora, para harmonizar com o (ótimo) sanduíche, um fiasco total.

Ah sim, o sorvete de queijo é muito bom. Altamente recomendado! =D

Para fechar, uma equação simples:
Amiga de longa data (fechamento total, diga-se de passagem) + bom jantar + ótima sobremesa + Delirium Café = noite perfeita!

INFORMAÇÕES
Bamberg Helles
Estilo: Munich Helles
Álcool: 5,2%
Cervejaria: Cervejaria Bamberg
País: Brasil
Comprada em: Livraria da Travessa - Ipanema
Preço: Não lembro, mas não passa de R$ 20,00

domingo, 3 de novembro de 2013

Angra Holy Land


A Terra Santa,
Os anjos de asas brancas
Nascem da fonte, do banho de lágrimas
A lança e o penacho da Jurema, Rainha da Mata
Penas que protegem a coroa
Copo com ouro, ondas e vento
Oceano, barulho das águas.
Martírio. A mente se acalma.

Essa é a mensagem contida no rótulo da cerveja Angra Holy Land, lançada pela Cervejaria Magnus para celebrar os 20 anos da banda (aliás, André Matos está em turnê no Brasil - The Turn Of The Lights tour - e, de brinde, está tocando o primeiro cd da banda na íntegra - Angels Cry).

Como todos os visitantes aqui do blog já perceberam, meu gênero preferido é heavy metal e, neste caso, seria impossível não gostar de Angra. Seja com André Matos ou Edu Falashi, a banda é muito boa. Obviamente, comprar uma cerveja que leva o nome deles seria mais do que obrigatório.


Escolhi beber esta cerveja e deixei a Angels Cry para depois, já que me falaram que essa é melhor. Pois bem, assim como toda pilsen, a Holy Land é dourada, translúcida e com espuma de curta duração. No aroma, nada muito que sobressaísse, a não ser um malte bem leve. No sabor é que a parada complicou: apesar do álcool ser bem agradável, carbonatação na medida certa, amargor do lúpulo interessante, ela deixa um gosto metálico na boca que me incomodava demais. 

Conclusão: Olha... tenho outra garrafa aqui em casa. Vou colocar pra gelar para saber se este gosto metálico era só impressão minha. Por enquanto, fico com a impressão de o investimento não compensa, infelizmente. 

Informações
Angra Holy Land
Estilo: Bohemian Pilsner 
Álcool: 6,5%
Cervejaria: Cervejaria Magnus
País: Brasil
Comprada em: Cerveja Store
Preço: R$ 16,00

St. Bernardus Pater 6


Hora de registrar aqui no blog a terceira cerveja da linha St. Bernardus ou, como apelidamos aqui em casa, a cerveja do padre tarado. O rótulo de hoje é a St. Bernardus Pater 6.

Como de costume, um pouco da cervejaria. Achei essa bela descrição no excelente blog "Calmantes com Champagne 2.0"

A St. Bernardus é uma cervejaria fundada em 1946 em Watou, uma vila de cerca de 2 mil habitantes no Flandres Ocidental, na Bélgica, que girava em torno da Refuge Notre Dame de St.Bernard, uma comunidade de monges (Catsberg Abbey Community) que deixou o norte da França no final do século 19 devido ao anticlericalismo do país. Ali eles começaram a fabricar um queijo que se tornou famoso na região e, após a Segunda Guerra Mundial, a produzir uma cerveja chamada Westvleteren sob encomenda do mosteiro de St Sixtus. O mestre cervejeiro da St.Sixtus, Mathieu Szafranski (de origem polonesa), tornou-se parceiro da St. Bernardus e trouxe as receitas, o know-how e a cepa de levedura da cerveja que foi produzida por 46 anos em Watou – até 1992. Ao fim do contrato, o pessoal da Westvleteren decidiu produzir a cerveja em seu próprio mosteiro, enquanto os monges da St. Bernardus continuaram a produzi-la, agora sob nome próprio.

Sobre a St. Bernardus Pater 6: cerveja de cor marrom bem escura e de espuma bem alta e de longa duração. Bem aromatizada, onde sobressai mais caramelo e cravo. Uma beleza para ficar só cheirando, de boa mesmo. No sabor, como já percebi da escola belga, ela é frutada, evidenciando mais ameixa e uva passa no início. Não sei se estava procurando comparar com a Nocturnum, mas foi isso que percebi de início. Com o tempo, passei a notar café e chocolate. Carbonatação alta que, por incrível que pareça, não me incomodou.

Conclusão: Olha, apesar de ser uma cerveja escura, ela não tem aroma nem gosto de café torrado ou um dulçor assertivo. Pra quem gosta de cerveja belga e quer fugir das blondes e trapistas da vida, é uma ótima alternativa.

Informações
St. Bernardus Pater 6
Estilo: Belgian Dubbel
Álcool: 6,7%
Cervejaria: St. Bernard Brouwerij
País: Bélgica
Comprada em: Lidador Norteshopping (que agora está localizada no Nova América)
Preço: Kit com quatro unidades + cálice, custou R$ 135,00