Blue Moon Belgian White

Virou tradição: degustação de novas cervejas no fim da noite de Natal. Sendo assim, na noite que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, resolvemos abrir a Blue Moon que estava lá, quietinha na geladeira.

Birra del Borgo Re Ale

Viajar me apavora por mil motivos, desde o planejamento até o voo. O fato curioso é que incluir no roteiro visitas a cervejarias e/ou experimentar novas cervejas ajudou no meu interesse em viajar pelo Brasil e para o exterior. Foi assim que resolvemos viajar neste fim de ano pela Região dos Lagos: conhecendo novas praias e degustando novas cervejas. E, numa dessas degustações, 'esbarramos' com a Birra del Borgo Re Ale.

Ballast Point Habanero Sculpin

Já experimentaram um molho de pimenta com cerveja?

Este desafio, que é para poucos (diga-se de passagem), foi proposto aqui em casa durante a noite de Natal.

Tormenta Hoppy Night

Seria possível uma cerveja escura ser refrescante, ao ponto de amenizar o calor naqueles dias abafados? A Tormenta resolveu ousar e criou a Hoppy Night.

Mondial de La Bière Rio 2015: pontos positivos e negativos

No último fim de semana foi realizado o 3º Mondial de La Bière Rio, promovido e organizado pela Fagga | GL events Exhibitions. Ao contrário das primeiras edições, o festival não utilizou as instalações do Terreirão do Samba e decidiu desembarcar em um lugar bem mais amplo: o Pier Mauá, localizado na zona portuária da Cidade Maravilhosa.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Baltika #4 Original


Fim do ano é sempre a mesma coisa. Seja no trabalho, faculdade, curso ou família, a turma se reúne para realizar um amigo oculto (ou amigo secreto, dependendo do estado que você more).

Há uns 3 anos, um grupo de amigos que se conheceram virtualmente tiveram a brilhante ideia de realizar seu próprio amigo secreto. O mais bacana dessa ideia é que a entrega dos presentes seria via Sedex. Coisas que só o grupo Brazil With Lasers pode proporcionar.

No ano passado, fui sorteado pelo brother Carlos Lins, que tive oportunidade de conhecer pessoalmente na minha visita a Belo Horizonte. Antes disso, somente conversas via Orkut/MSN/Facebook/Whatsapp (gente, como estou ficando velho!).

Fui modesto na escolha do meu presente: um dvd de David Bowie (A Really Tour). Mole de achar e dentro da faixa estipulada.
Mas, como esse cara é brother, ele resolveu surpreender e enviou junto um presentaço: uma unidade da Baltika #4 Original, a cerveja de hoje.

Baltika Brewery
Inicialmente uma cervejaria estatal russa, inaugurada em 1990, a Baltika se privatizou em 1992 e hoje é a segunda maior cervejaria da Europa, exportando para mais de 70 países. Originária da cidade de São Petersburgo, estão entre as mais consumidas da Rússia, e são fabricadas por uma empresa pertencente á cervejaria Carlsberg, da Dinamarca. As vendas da Baltika respondem por 40% do mercado russo e as cervejas estão disponíveis em 98% dos pontos de venda do país. 
A Baltika #4 Original é uma das marcas mais antigas da cervejaria, produzida desde abril de 1994. Tradicionalmente, esta cerva só é produzida na unidade de St. Petersburg. Exportada para mais de 30 países, a Baltika #4 Original foi considerada em 2004 uma das 50 maiores marcas de acordo com o International Beer Challenge Contest. Em 2007 e 2008, a cerveja levou a medalha de prata no medalha no Australian International Beer Awards Contest, na categoria lager. Em 2008, foi medalha de ouro no European Beer Star Awards, categoria Red and Amber Beer.

A cerveja chama atenção antes mesmo de ser aberta, pois a garrafa é totalmente diferenciada das demais, com o logo da cervejaria em alto relevo no vidro. No copo, a cerveja apresentou uma coloração marrom, translúcida, com espuma de alta formação e média duração. No aroma, muito caramelo, acompanhado com um leve malte torrado e um dulçor que não soube identificar. O sabor acompanha o aroma, dando pra notar um leve amargor de lúpulo e uma certa acidez, mas nada que tire o destaque do caramelo, malte torrado e do dulçor. Carbonatação baixa e corpo leve. 

Conclusão: boa cerveja, viu. Considere-a obrigatória em sua lista, por sua importância no cenário mundial. Presentaço que recebi do meu brother! Valeu mesmo, Lins!

INFORMAÇÕES
Baltika #4 Original
Estilo: Euro Dark Lager
Álcool: 5,6%
Cervejaria: Baltika Brewery
País: Rússia
Comprada em: Presente =D

terça-feira, 28 de abril de 2015

Mercado Central - Belo Horizonte/MG

Acredito que o principal legado da Copa do Mundo aqui no Brasil foi dar a oportunidade para os brasileiros (que tinham dinheiro, claro) conhecerem seu próprio país. Com 12 capitais sediando jogos, a promessa que as companhias aéreas disponibilizariam passagens mais baratas não se concretizou. Somado aos preços pra lá de exorbitantes dos ingressos, o melhor mesmo foi ficar em casa assistindo aos jogos.

Como disse na postagem Devia ter valorizado a Copa do Mundo no meu país, queria eu ter me preparado financeira e psicologicamente para a Copa do Mundo. Não somente para conhecer os estádios, mas também para destinar um tempo para conhecer as cidades, os bares, restaurantes etc.

Tive muita sorte ao escolher Belo Horizonte como uma das duas cidades que visitei durante a Copa. Tenho grandes amigos por lá e que, enfim, pude destinar algumas horas para dar boas risadas, visitar alguns bares e encher a pança com muita comida.

De todos os lugares que conheci em BH (claro que foram pouquíssimos, mas tudo bem), o que mais me chamou a atenção foi o Mercado Central.

Inaugurado em 1929, o Mercado Central ocupa uma área privilegiada na região central da cidade. Localizado a uns 10 minutos da Rodoviária e de uma estação do Move (nome dado ao BRT de BH), o local possui mais de 400 lojas que vendem de tudo que você possa imaginar. Obviamente, os visitantes vão atrás do que Minas Gerais tem de melhor: queijos, doces mineiros, cachaça e cerveja.

Como meu tempo era reduzido, conheci poucos lugares, mas o suficiente para ficar impressionado e destinar algumas linhas neste no blog

Cachacaria Barroca
Localização: LJ 149 / 08

Uma das lojas de referência para quem quiser comprar uma cachaça de qualidade. Com atendentes super atenciosos, sempre rola uma degustação de uma cachaça que você quer comprar ou de alguma novidade que chegou no mercado. Já para quem prefere uma cervejinha gelada, a Cachaçaria Barroca tem um espaço para servir os clientes, cuja maioria dos rótulos é, obviamente, de Minas Gerais. Foi lá que provei a Backer Brown.


Sabores e Ideias
Localização: LJ 237 A

Sinceramente? Parada OBRIGATÓRIA para quem vai ao Mercado Central.
Excelente local para comer um lanche rápido, com muito sabor e atendimento de primeira.
Foi no Sabores e Ideias que descobri a joia da coroa bovina: maçã de peito! Que carne é essa, senhoras e senhores!



Na ocasião, pedimos um sanduíche chamado Paraibim (o guri da foto acima, que nada mais é que um pão de queijo recheado de carne seca desfiada, queijo coalho e molho especial) e um outro com maçã de peito. Para ajudar a 'descer', o local vende refrigerantes típicos de várias regiões do Brasil, como o Guaraná Jesus (MA), Itubaína Retrô (SP), Cajuína (CE) e os mineiros Ártemis, feito com maçãs, e Abacatinho, de folhas do abacateiro.
 

Bar da Lora
Localização: LJ 115/L2

Esse é um local para quem gosta de botecar e que gosta de beber uma gelada mesmo em pé. Vencedor do Comida di Buteco de 2010, o Bar da Lora é um tradicional ponto de encontro do Mercado Central, sempre lotado, com todos bem espremidos dentro de uma área delimitada por uma corda. Sim, foi isso mesmo que você leu: uma corda...
Minha sugestão fica para a porção de fígado com jiló ou uma porção de torresmo, tudo acompanhado com uma cerveja bem gelada.

Mercado Central
Avenida Augusto de Lima, 744 - Centro
Belo Horizonte/MG
Horário de Funcionamento: 2ª a sáb. das 7h às 18h, dom. e feriados das 7h às 13h.
Fone: (31) 3274-9434
Site: http://www.mercadocentral.com.br

Amstel


Hora de botecar pelo Rio de Janeiro e a escolhida foi mais uma cerveja internacional 'popularizada' nas mãos da Heineken: Amstel.

Além da Amstel (holandesa), a Heineken está vendendo no Brasil garrafas de 600 ml retornáveis da Sagres (portuguesa) desde o ano passado. São duas lagers leves, límpidas e refrescantes, com amargor muito baixo e que fazem parte de seu portfólio global. Não oferecem grandes desafios ao paladar e ao olfato, mas são agradáveis, fáceis de beber, e cumprem bem a função de matar a sede. 

Sinceramente, na humilde opinião deste blogueiro metido a besta, trazer estas marcas para o Brasil é uma estratégia da Heineken para disputar mercado com as cervejas de massa, pois a grande maioria dos consumidores não bebem Heineken por ser 'amarga demais'.

Amstel
A história da cerveja holandesa Amstel teve início no dia 11 de junho de 1870, quando a cervejaria começou a ser construída na cidade de Amsterdã. A cervejaria foi idealizada por dois empresários da cidade, Jonkheer de Pesters e J.H. van Marwijk Kooy, em virtude da alta popularidade da cerveja da região da Bavária na Holanda, que na época possuía aproximadamente 560 cervejarias espalhadas pelo país. Apesar da enorme concorrência, a cerveja foi lançada no mercado como AmstellL Lager Beer, tendo seu nome inspirado no Rio Amstel, onde estava situada a cervejaria e de onde era retirada a água para sua produção. As cores vermelha e branca foram adotadas por serem as cores da cidade de Amsterdã. Como diferencial, a nova empresa dedicou-se à fabricação de cerveja tipo pilsener, cuja produção trazia uma complicação técnica que reduzia o número de fabricantes a menos de uma dezena: o produto precisava ficar armazenado por dois meses sob temperaturas próximas à 0 graus. Para isso, a Amstel retirava gelo dos canais de Amsterdã durante o inverno, e o armazenava em locais cercados por muros duplos para utilização no resto do ano. A cervejaria livrou-se da dependência do rigor do inverno só uma década mais tarde, quando instalou sua primeira máquina de gelo.
Em 1968, a Amstel foi adquirida pela Heineken International, sua principal rival no mercado holandês. Pouco depois, em 1972, a cervejaria de Amsterdã foi fechada e a produção transferida para a fábrica da Heineken em Zoeterwoude.

Como se trata de uma SAL, praticamente não vai mudar muito das suas concorrentes: cerveja de cor dourada, translúcida, com espuma de curta duração e formação. Bem leve no aroma, sabor e no corpo, como esperado. Um pouco mais maltada e amarga para o estilo. Carbonatação média.

Conclusão: A Amstel fica entre as populares (Brahma/Antartica) e a Heineken em todos os quesitos. Seria um bom meio termo para quem quer algo com mais sabor. Entretanto, em alguns lugares, o custo-benefício não pode compensar.

INFORMAÇÕES
Amstel
Estilo: Standard American Lager
Álcool: 4,8%
Cervejaria: Cervejaria Heineken
País: Brasil
Comprada em: Há Controvérsia - Rio de Janeiro
Preço: Uns R$ 8,00

Backer Brown



Mais uma cerveja degustada em BH, dessa vez no Mercado Central.
Hoje falarei sobre a Backer Brown, uma cerva que me surpreendeu bastante.

Cervejaria Backer
Tudo começou com o sucesso do chopp Backer, lançado na  inauguração da churrascaria Porcão de Belo Horizonte. A grande aceitação que a receita do chopp artesanal teve, levou à produção da cerveja Backer, a primeira cerveja artesanal do estado de Minas, originária da Serra do Curral. Aposta dos irmãos Halim e Munir Khalil, a companhia chegaria ao mercado mineiro em Outubro de 2005.

Aqui no blog vou catalogá-la como Brown Ale, pois a Backer Brown é uma cerveja de alta fermentação. Entretanto, alguns apreciadores (como o site da Brejas, por exemplo) a enquadram em outro estilo (Specialty Beer), pois ela contém ingredientes estranhos à produção cervejeira, neste caso gotas de chocolate.

Cerveja de cor marrom bem escuro, quase opaca, com espuma de média duração e formação. No aroma, malte tostado, com chocolate meio amargo bem sutil. No sabor, parece um café gelado, com notas de chocolate e caramelo. Bem saborosa. O álcool está bem presente, não deixando a cerva ficar com gosto 'enjoativo' de café. Pra fechar, retrogosto amargo interessante. Desceu redonda.

Conclusão: Na boa mesmo? É uma cerveja bem honesta e que conquistou meu paladar. Tive certo receio ao prová-la, já que algumas pessoas comentavam que ela tinha traços de artificialismo. Se você gosta de cervejas com gosto de café,  assim como eu, prove a Backer Brown. Excelente custo-benefício. Tive sorte ao escolher a cerveja de número 200 =D

INFORMAÇÕES
Backer Brown
Estilo: Brown Ale
Álcool: 4,8%
Cervejaria: Cervejaria Backer
País: Brasil
Comprada em: Cachaçaria Barroca - Minas Gerais
Preço: Uns R$ 15,00

Áustria Dunkel


Voltamos com mais uma cerveja degustada pelo Grande Chico. 
Essa belezura na foto é a Áustria Dunkel, degustada lá no Krug Bier durante minha viagem a BH, junto com meus amigos Matheus Araújo, Carlos Lins e Halle Marques. 

Aliás, um grande abraço a estes brothers e a todos os amigos do Brazil With Lasers, cuja amizade virtual se estendeu ao mundo real.

Cerveja de cor marrom, ligeiramente translúcida, com espuma de curta duração e média formação. No aroma, um café bem sutil, com caramelo e chocolate nos 'bastidores'. No sabor, o malte sobressai bastante, com o café sendo notado no retrogosto. É uma cerveja ligeiramente seca, com boa carbonatação e álcool bem discreto.

Conclusão: poderia ser ligeiramente menos doce, mas vale experimentar. Boa para botecar, não espere muita coisa.

INFORMAÇÕES
Áustria Dunkel
Estilo: Munich Dunkel
Álcool: 4,7%
Cervejaria: Krug Bier
País: Brasil
Comprada em: Krug Bier
Preço: Uns R$ 10,00 (chopp)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Hopi Hari - Uma experiência única



Nunca fui a um parque de diversões na vida. Para mim, era coisa de outro mundo, de bacana, gente rica. Meus amigos mais próximos também nunca foram. Os amigos que tinham uma condição melhor sempre falavam das maravilhas que tinham no Tivoli Park ou da incrível montanha russa da Terra Encantada, a Disney carioca. Sendo assim, nunca achei que fosse algo 'para mim'.

Passados mais de 20 anos, eis que me surge a oportunidade de, enfim, conhecer o que seria um parque de diversões: ganhei um convite para visitar o Hopi Hari. Que maravilha!

1- Como fiz para chegar

Localizado no quilômetro 72 da Rodovia dos Bandeirantes, no município de Vinhedo (interior do estado de São Paulo), o parque está a 30 km de Campinas e 72 km da cidade de São Paulo. Até que pra chegar não é muito difícil.
• Se você optar por ir de carro, prepare-se porque a viagem é longa. Mais de 5 horas na estrada.
• Se você for de ônibus, o parque disponibiliza transporte saindo de alguns locais de São Paulo, Campinas e de outras cidades.
• Se você for de avião (que foi o meio que escolhi), também não é difícil: basta ir até ViraCopos e, de lá, tem um ônibus que deixa na entrada do Shopping SerrAzul. O problema desta escolha está justamente no trecho entre o shopping até o Hopi Hari, pois é uma caminhada de uns 20 minutos no acostamento da estrada que dá acesso ao parque.

Clique no mapa para abrir o Google Maps
Dica: ao invés de ir para a direita na rotatória, ande para a esquerda, beirando o Wet'n Wild

2- Hopi Hari
Inugurado em 1999, o Hopi Hari foi primeiro grande parque temático do país e a ideia dos criadores foi totalmente sensacional. O parque nasceu não apenas como mais um lugar cheio de brinquedos emocionantes para crianças e adultos, mas como um país fictício com hino, bandeira, povo e idioma próprios (hopês, uma mistura de línguas europeias) e uma colorida e inconfundível identidade visual. Além disso, o parque foi dividido em áreas temáticas com brinquedos e atrações para idades e gostos diferentes: espaço principal (Aribabida), com os brinquedos mais famosos; civilizações antigas (Mistieri), para os que gostam de sustos e emoção; espaço infantil (Infantasia), para as crianças pequenas, e velho oeste (Wild West) e espaço “mundial” (Kaminda Mundi), para quem procura diversão sem grandes emoções.
 
Atenção!
Antes de você continuar com esta leitura, saiba que as queixas/reclamações que virão abaixo são de uma pessoa que criou uma expectativa tremenda e acabou se decepcionando.
 
Recomendo a você que visite o Hopi Hari e veja com seus próprios olhos, tudo bem?

3- Panorama Inicial

A visão que tive do parque não foi das melhores. A decepção começou antes do 'Imigradero di Hopi Hari' (entrada do parque), justamente por causa dos guarda-chuvas que levamos. Pois é, mesmo com o parque disponibilizando um serviço de aluguel de armários, não é permitido que você entre com guarda-chuva, apenas com capas de chuva. Resultado: tivemos que jogar fora dois guarda-chuvas e aturar o mal humor dos atendentes.



4- Silig!
"Silig! Esta atração está temporariamente fora de uso. Danki".
Infelizmente, essa vai ser a frase que você mais vai ler durante a sua visita ao Hopi Hari.

Mesmo com a organização do Hopi Hari oferecendo a programação diária das atrações em seu site oficial, não dá pra negar o desrespeito com o consumidor. Afinal de contas, eram 12 atrações fechadas no dia que fomos (final de março), todas elas SEM PREVISÃO de volta.

A decepção já começa ao entrar no parque, com a Giranda Mundi e a La Tour Eiffel desativadas. Sinceramente, todo parque de diversões que se preze tem que ter uma roda gigante. Entram nessa lista o Rio Bravo, Crazy Wagoon, Evolution, Eléktron, Katapul, Ekatomb e algumas outras. Reconheço que os brinquedos precisam passar por um processo de manutenção preventiva, mas a quantidade de atrações desativadas é bastante elevada, desmotivando o visitante e superlotando as atrações que estão em funcionamento.
Então, a seguinte pergunta que fica no ar: será que vale a pena desembolsar R$ 80 para ter um dia de decepções?



5- Definição do Percurso

Como as atrações ficam superlotadas, a organização resolveu criar um 'passe VIP', com duas modalidades: uma por brinquedo (R$ 25) ou um combo para seis brinquedos diferentes (R$ 69, com direito a uma vez para cada um).

Para evitar gastar esse valor (já explico adiante o motivo, lá no item 7), pensamos num trajeto que incluísse a maior quantidade de atrações que seriam, de certa forma, novidade para nós. Sendo assim, fizemos o seguinte percurso: Vurang, Spleshi, West River Hotel e Montezum, com uma parada para almoço.

• Vurang: é uma montanha-russa em tamanho reduzido dentro de uma pirâmide. Além de curvas, subidas e descidas, os vagões dos trens giram em torno do próprio eixo. Se você já foi em outros brinquedos mais emocionantes, esse vai te dar só um calorzinho.
• Spleshi: É um ride aquático do modelo Log Flume, que possui botes em forma de tronco que transportam até 4 pessoas. Estes sobem uma certa altura, e depois passam por uma queda íngreme, caindo novamente na água. Você sai desse brinquedo MUITO molhado. Em dias sem sol, evite-o.
• West River Hotel: 3 minutos de PURO TÉDIO. Um passeio num vagão de madeira dentro de um hotel assombrado que não assusta nem criança. Sério, evite.
• Montezum: é a maior montanha russa de madeira da América Latina e, sinceramente, é o ÚNICO motivo para você visitar o Hopi Hari.


6- Montezum
Sempre tive vontade de andar de montanha russa, mas nunca tive a oportunidade. Encarar a Montezum seria um desafio para mim, já que nunca me aventurei em algo parecido.

Como dito anteriormente, é a maior montanha russa de madeira da América Latina, nos quesitos extensão (1030 metros), altura (42 metros), queda (44 metros), e velocidade (104 km/h). Mundialmente, ela é a 9ª mais rápida e a 7ª mais alta. São 58 segundos bem emocionantes, até porque o trem balança consideravelmente durante o percurso (característica natural das montanhas russas de madeira).


Foram mais de três horas na fila, embaixo de muita chuva para encarar a melhor hora do passeio.

A título de curiosidade, ficamos na terceira fileira. A força gravitacional em algumas curvas é algo indescritível. Não tinha forças para erguer meus braços, isso sem contar com o balançar do carro (sacode muito!) e o cagaço que deu quando passava embaixo da estrada.

No blog Hopi Hari Mania tem um bom texto explicando o melhor lugar para você curtir a Montezum

 
7- Passe VIP

E o tal Passe VIP, Chico?
Lembram que eu falei sobre seis atrações? Então, três delas estão na lista acima (Montezum, Vurang e West River Hotel). As demais são o Vulaviking (aqueles barcos piratas que tem em qualquer parque fajuto), Dismonti (carrinho bate bate) e Lokolorê (aquelas xícaras que giram no próprio eixo). Sinceramente, não dá pra gastar 69 reais nisso, sendo sincero.

Sugestão: gastem os R$ 25 para o Passe VIP SOMENTE NO MONTEZUM.



8- Theatro de Kaminda

O último ponto do nosso roteiro foi assistir a peça "Há Habi Taris". Praticamente, ela é a atração que fecha o parque, pois começa faltando uns 30min para o horário de encerramento.

O interessante dessa peça é que os atores chamam os próprios espectadores para subirem ao palco e os que ficam na plateia são encorajados a participarem reproduzindo sons ou fazendo gestos.

Se você NÃO quiser ser chamado para o palco, mas tá curioso em assistir a peça, é simples: basta ficar sentado no meio de cada fileira. Se você sentar nas pontas, a galera da organização vai te puxar pra participar. Por sorte, ficamos na plateia. Ufa!

 

9- Outros pontos negativos

Alimentação: você até pode levar produtos industrializados, desde que estejam lacrados. Recomendo fortemente que você leve algo na mochila, porque as opções disponíveis pelos restaurantes do Hopi Hari não são muito boas.

Arkadis: fliperama, com Pump It Up, fechado. Nem preciso comentar...

Lembranças: não há uma xícara decente ou então produtos ligados às atrações do parque. O máximo que tem é uma camisa do Montezum, mas a qualidade da malha não era das melhores. Lamentável.

Muitas lembranças da Looney Tunes e da Liga da Justiça
Do Hopi Hari mesmo, quase nada


10- Considerações finais

Resolvi criar esse espaço aqui para os amigos que comentam tanto no Facebook, quanto aqui no blog, sobre o que acharam e qual é a minha opinião a respeito. Afinal de contas, outras pessoas poderão ler essa postagem mais pra frente e ficar com a impressão que nada mudou, não é mesmo?

Então, meu brother André Tartaglia relatou no Facebook que "a comida lá dentro é péssima, o preço do refrigerante ou da água é abusivo, mas você deveria ter ido no cine 3D que é fera e no cine que simula uma montanha russa que também é muito bom".
Pois é, tenho que concordar com a alimentação. Os sanduíches são fracos (secos e sem sabor) e, para quem não bebe refrigerante ou cerveja, vai sofrer com as opções.
Não fui no Cine 3D, nesse simulador de montanha russa e nem no Saloon Show. Não tenho o que comentar, mas queria ter ido no Saloon. Entretanto, acredito que estas opções não pesariam ao ponto de querer voltar ao Hopi Hari.

Já o brother Jorge Botelho comentou que já foi no auge do Hopi Hari e que, desde aquele acidente, o parque nunca mais foi o mesmo.
Pra quem não lembra, uma adolescente veio a falecer no brinquedo "La Tour Eiffel", em 2012. Ao que tudo indica, foi falha humana, porque justamente aquele assento estava com defeito.
Aliás, tenho que confessar que estava num cagaço tremendo no Montezum justamente com a segurança do brinquedo, pois os elementos de segurança são uma trava que vai na sua coxa e um cinto de segurança. Medo de principiante =P
 
11- Conclusão
Se o passeio foi bom? Oras, foi excelente! Sair do RJ de madrugada, ir a SP, encarar um parque de diversões desconhecido e ir pela primeira vez numa montanha russa, tudo isso com uma excelente companhia, não tem preço!

Agora, no fim da viagem, a resenha que fizemos foi a seguinte: no passado, o Hopi Hari deve ter sido um excelente parque de diversões. Hoje, diante de tudo que foi exposto, a impressão que tivemos é que o parque poderá fechar a qualquer instante.
 
Por isso mesmo que a visita ao Hopi Hari é uma experiência única: para ir uma vez e nunca mais voltar.