domingo, 8 de setembro de 2013

6 Horas de São Paulo

Desde que me conheço como gente, tenho o automobilismo como meu esporte favorito. Muito antes de a Copa de 1990 e do bicampeonato do Vasco em 1989, minha lembrança mais remota no âmbito esportivo foi o primeiro título de Ayrton Senna em 1988, quando tinha apenas 6 anos de idade. De lá pra cá, é certo sentar em frente a TV no domingo de manhã  para acompanhar as transmissões das corridas de F1. 

Mesmo com todo esse fascínio por automobilismo, sempre me senti um pouco "frustrado" por nunca ter assistido uma corrida em um autódromo. Mesmo com o Autódromo de Jacarepaguá aqui "perto" de casa (é uma viagem de cerca de uma hora dentro de dois coletivos), não tive a $disposição$ de assistir as etapas da Fórmula Mundial, Stock Car e Fórmula Truck. Agora, com a demolição de Jacarepaguá, a incerteza da criação do circuito de Deodoro e com a vida agitada, quando que iria assistir uma corrida ao vivo?

Entretanto, uma ideia levantada na 2ª quinzena de agosto mudaria todo esse panorama. Dois amigos do clan Brazil With Lasers, um grupo de discussão sobre automobilismo, tiveram a excelente ideia de marcar um encontro interestadual para assistir as 6 Horas de São Paulo. De início, pensei duas vezes. Mas, com a turma se animando pra ir e com o domingo livre, que mal teria? Fiz minha mochila e parti para, finalmente,  assistir uma corrida ao vivo. E o melhor: de quebra, conhecer Interlagos.

Após cinco horas e meia de viagem, finalmente desembarquei em terras paulistanas. Com uma rápida pesquisa e, sobretudo, contando com a ajuda dos amigos, descobri como se chega em Interlagos partindo do Terminal Tietê.

Trajeto: Estação Portuguesa-Tietê à Estação Autódromo.
• Embarque na  Estação Portuguesa-Tietê sentido Jabaquara. (R$ 3,00)
• Desembarque na Estação Luz e faça transferência para Linha 4-Amarela - Metrô, sentido Butantã. (transferência gratuita)
• Desembarque na Estação Pinheiros e faça transferência para Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) - CPTM, sentido Grajaú. (transferência gratuita)
• Desembarque na Estação Autódromo

Ou seja, a gente anda em três concessionárias diferentes pagando um único valor. É nessa hora que carioca fica assustando quando sai do mundinho do Metrô Rio e sua fantástica malha metroviária e se depara com um sistema bem mais inteligente. Tudo bem que os paulistanos reclamam do sistema deles, tem que melhorar em muitos aspectos sim. Só que, comparando com o Rio de Janeiro, ganha de goleada.

A emoção já começou entre a estação Jurubatuba e Autódromo, pois já dá pra visualizar algumas partes de Interlagos, principalmente a subida da Junção. Estava chegando a hora...

Ao desembarcar, tive o prazer de conhecer três amigos virtuais de longa data: Rodrigo Munhoz, Ismael Raitz e André Tartaglia. Não parecia que estava conhecendo essa galera pela primeira vez. A impressão que tinha é que reencontrava velhos amigos. Essa sensação é única.

Poderia me alongar neste post contando como foi cada segundo das 6 Horas de São Paulo, dos carros que vi no pit walk, das lindas grid girls que estavam presentes no evento, dos xavecos mais pitorescos que a galera mandava para as meninas (aliás, meninas, em Interlagos só tem tarado, preparem-se para toda e qualquer tipo de piada machista), do barulho ensurdecedor de cada carro (menos os da Audi) ou das piadas que sempre surgiam no grupo. 

Prefiro contar o quanto que é gratificante assistir uma corrida ao vivo. De estar ali, presente no momento, de curtir cada segundo. É nessa hora que percebemos que todas aquelas histórias que acompanhamos na TV, como se fossem uma novela, realmente aconteceram. Os personagens, os carros, todo esse sonho que tantos fãs compartilham é real, é de verdade. E não há simulador que substitua isso.

Pontos positivos: assistir uma corrida por seis horas é uma tarefa para os brabos. Portanto, a organização do evento criou um espaço justamente para a galera se entreter, com várias lojas, restaurantes, espaço infantil, exposição de carros antigos e até um show com a banda "Mavericks". Acho que poderiam ter melhorado somente nas lojas que ofereciam suvenires aos visitantes, pois a variedade era bem reduzida. Por exemplo, senti falta de venderem uma camisa com o traçado do circuito de Interlagos.

Pontos negativos: ficamos no Setor A do autódromo, um pouco depois da Curva do Café. Nesse ponto, só há um quiosque de venda de tickets para alimentação, o que achei uma falha gravíssima. A forma com que o povo foi retirado dos pits também foi outro ponto que não me agradou. Achei que poderia ter um pouco mais de tempo para ficar no local e que, principalmente, os seguranças não fossem tão ignorantes. Por fim, a falta de educação de alguns espectadores com as mulheres, que mexiam mesmo com as meninas, mesmo se estavam acompanhadas ou não.

Por fim, fica a dica: se você gosta de automobilismo, não deixe para amanhã o que você pode aproveitar hoje. Gaste um dinheiro e vá para Interlagos. Graças aos meus amigos, tive o prazer de ter um dos melhores dias da minha vida.

Primeira imagem que tive de Interlagos.



Finalmente, representantes de três estados em um Encontro Interestadual do Clan BWL =D
Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina


Uma das belas grid girls do evento. Só menina bonita.



Toyota e Audi: os híbridos da WEC


Fernando Rees: simpático piloto do Corvette C6-R #50, 19º na geral e 6º na classe LMGTE-AM


Exposição de carros antigos
Penske Chevrolet vencedor das 500 MIlhas de Indianápolis de 1993, de Emerson Fittipaldi



A Curva do S é real.



1 comentários:

Unknown disse...

Chico! Muito f....!
Infelizmente aqui no Rio estamos órfãos de automobilismo...
Cheguei a ver etapas da última stock car e da GT3 aqui no Rio... É uma pena que nosso estado não está nem aí para esse esporte... a bola da vez para eles é a copa e olimpíadas...
Você mandou muito bem. Parabéns!